G1 traz guia dos roteadores mesh, que têm como principal vantagem espalhar melhor o sinal do wi-fi pela casa toda e gerenciar toda a rede — Foto: g1
Se o streaming da sua TV conectada trava e as videochamadas de trabalho também, está na hora de trocar de roteador wi-fi e adotar uma tecnologia mais moderna, conhecida como wi-fi mesh (“malha" em inglês).
O g1 listou sete roteadores mesh que têm como principal vantagem espalhar melhor o sinal do wi-fi pela casa toda, além de fazer um gerenciamento de toda a rede - permitindo criar um wi-fi só para visitantes e controlar o acesso à internet das crianças em um local, por exemplo.
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Eles são mais caros que roteadores comuns, aqueles com antenas visíveis, por conta da tecnologia mais avançada. Além de terem recursos integrados, são vendidos em kits de 2 ou 3 módulos, em geral, que já permitem uma boa cobertura na casa, e outros podem ser comprados separadamente.
Ao final da reportagem, veja mais dicas de como escolher o melhor modelo ideal.
D-Link COVR 1102
D-Link COVR 110s — Foto: Divulgação
O modelo da D-Link vem em um kit com 2 módulos (roteador e repetidor), Gigabit Ethernet (para conexão de até 1.000 Mbps - megabits por segundo), segurança WPA2 e WPA3 e pode ser controlado por assistentes digitais como Google Assistente ou Amazon Alexa.
O COVR 1102 permite adicionar novos módulos adicionais comprados separadamente, para instalação em locais com mais necessidade de cobertura de rede. Mas os módulos do kit permitem uma cobertura de cobertura de até 325 metros quadrados, segundo o fabricante. Seu preço no varejo no início de novembro era em torno de R$ 1.000.
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Google Wi-Fi
Google Wi-Fi — Foto: Divulgação
O Google também tem um roteador mesh, recém-lançado no Brasil e que vem em pacotes com um módulo (R$ 1.000 em média nas lojas on-line, na primeira semana de novembro) ou três módulos (R$ 2.000).
Tem visual futurista com LED integrado, Gigabit Ethernet (até 1000 Mbps), cobertura estimada de 110 metros quadrados por módulo e segurança WPA3 (mais seguro que o padrão, WPA2).
A configuração do roteador é feita pelo app Google Home, que permite selecionar aparelhos com prioridade de sinal, como a smart TV e criar uma rede para visitantes - o Home também comanda outros dispositivos conectados, como lâmpadas, tomadas com wi-fi, além do Chromecast, de streaming.
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Intelbras Twibi Giga+
Intelbras Twibi Giga+ — Foto: Divulgação
O kit da Intelbras promete cobertura de até 360 metros quadrados com dois módulos (no início de novembro, custava R$ 600 nas lojas on-line), com Gigabit Ethernet (até 1.000 Mbps) e segurança WPA2 (padrão).
Traz um recurso interessante para facilitar a instalação de produtos para casa inteligente, que costumam se conectar somente na rede de 2,4 GHz: por um tempo limitado, só essa frequência fica ativa para ajudar os produtos inteligentes a se conectar - depois reativa a rede de 5 GHz também.
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Multilaser Cosmo AC1200
Multilaser Cosmo — Foto: Divulgação
O modelo da Multilaser vem em um kit com dois módulos e é mais indicado para quem tem conexões de internet abaixo de 100 Mbps (Fast Ethernet, mais lenta) em casa, apesar de ter área de cobertura estimada em 200 metros quadrados.
O aplicativo para Android comanda toda a instalação e controle do roteador, e também permite criar rede para visitantes e ajustar o tempo de uso da internet por crianças com o controle parental.
A segurança segue o padrão WPA2 (padrão) e, na primeira semana de novembro, era encontrado no varejo por R$ 500.
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Positivo Casa Inteligente Mesh Fast
Positivo Casa Inteligente Smart Roteador Mesh — Foto: Divulgação
A Positivo tem dois modelos de roteador mesh: um Fast (com Fast Ethernet, que vai até 100 Mbps) e um Giga (veloz, com Gigabit Ethernet, de até 1.000 Mbps), ambos com um visual de roteador mais antigo de caixinha com antenas.
O kit com duas peças promete cobertura de até 400 metros quadrados.
A segurança é padrão WPA2 e o app (que também serve para outros produtos de casa inteligente da marca) permite criar rede de visitantes e ativar o controle dos pais. A versão Fast custava R$ 600 no início de novembro, e a Giga, R$ 800.
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Tenda Nova MW3
Tenda Nova MW3 — Foto: Divulgação
O roteador mesh da Tenda pode atingir até 300 metros quadrados de área de cobertura, mas também vem com Fast Ethernet, indicada para conexões abaixo de 100 Mbps. No começo de novembro, seu preço era de R$ 600 no varejo.
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O app para Android e iOS permite criar rede para visitantes, ativar controle dos pais e toda atualização de sistema é feita de forma automática. A segurança segue o padrão WPA2.
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TP-Link Deco M9 Plus
TP-Link Deco M9 Plus — Foto: Divulgação
O modelo da TP-Link, com design de disco voador, vem com duas unidades no pacote, com cobertura prevista de 230 metros por módulo - e era encontrado no varejo por R$ 1.500 na primeira semana de novembro.
Tem um modo de gerenciamento unificado pelo aplicativo, incluindo dispositivos de casa inteligente que usam tecnologia Bluetooth e Zigbee (presente em algumas lâmpadas conectadas e outros dispositivos). E oferece controle dos pais, ajuste de disponibilidade de rede para determinados equipamentos (como a TV) e mais recursos de segurança integrados, como antivírus.
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Como funciona
Roteadores mesh permitem criar uma rede sem fios única espalhada em uma casa, com a ajuda de módulos. Um módulo principal fica conectado ao modem da operadora de banda larga. Para expandir a cobertura, é possível adicionar novos módulos pela casa, que podem ser comprados separadamente.
A maioria dos roteadores mesh vem com um design diferente, sem múltiplas antenas de transmissão e com um acabamento em formato de cubo, quase sempre branco, para disfarçar um produto tecnológico no meio da decoração.
Entre os recursos adicionais, estão a capacidade de criar uma rede wi-fi separada para visitantes e a adoção de protocolos de segurança avançados para proteção dos dispositivos.
Os pais preocupados com o que os filhos veem na web podem ativar os controles parentais, bloqueando sites e limitando horários, tudo por um clique nos aplicativos para Android e iOS.
Esses módulos trabalham em conjunto para manter a qualidade de sinal em todo o ambiente. Assim, a velocidade da internet continua estável por todo lugar, fazendo com que o streaming em resolução 4K e a reunião não caiam mais, mesmo com muitos aparelhos conectados.
Dependendo do modelo, até 100 dispositivos podem ser conectados a uma rede mesh - da TV 4K ao interruptor e lâmpada inteligente.
Para dar um exemplo, o smartphone “entende" que é a mesma rede sem fios no escritório, na cozinha e no quintal, sem ficar sem sinal (com apenas um roteador tradicional) ou alternar de rede (no uso de repetidores de rede, daqueles para colocar na tomada).
O roteador mesh usa frequências de transmissão de 2,4 GHz e 5 GHz na mesma rede, e é aconselhável dar o mesmo nome na hora de criar a sua rede com o roteador mesh - alguns modelos já fazem isso de forma automática.
De olho na compra
Alguns itens precisam ser observados na hora de comprar um kit. O primeiro é a velocidade da porta de entrada de rede no dispositivo - para conectar o cabo da operadora. Se for um cabo Fast Ethernet, a velocidade máxima que ele consegue transmitir é de 100 megabits por segundo, o que pode causar um gargalo.
O recomendável é que seja uma porta Gigabit Ethernet, que permite maiores velocidades (1 gigabit por segundo) - caso a conexão à internet tenha uma velocidade alta (como 200 megabits por segundo ou superior). Em grandes cidades brasileiras, as operadoras já vendem pacotes de velocidade de 500 Mbps ou mais, e um modelo mais simples não é indicado para essa conexão veloz.
Os modelos mais baratos de roteador mesh têm portas Fast Ethernet, que são mais lentas e, caso a conexão à internet fique mais rápida, o wi-fi não necessariamente vai acelerar junto, criando um gargalo.
Outro ponto importante, explica Eduardo Lima, especialista em redes, é a configuração do modem da operadora na hora de ligar ao roteador sem fios.
As empresas de telecomunicações costumam instalar nas casas dos clientes equipamentos já com wi-fi integrado, e isso pode ter problema com a rede mesh.
“O aparelho da operadora precisa ser configurado para desligar o wi-fi próprio e em um modo chamado bridge para que o roteador funcione com toda sua capacidade”, orienta Lima.
Essa etapa - desligar o wi-fi da operadora e deixar o roteador em modo bridge - pode ser feita pelo próprio técnico de instalação da operadora.
No mais, basta conectar com o cabo de rede do modem da operadora ao equipamento e seguir passos rápidos usando um aplicativo que, na maioria dos casos, é bem amigável, de fácil entendimento.
Não é mais preciso usar o navegador e digitar endereços IP complicados (como 192.168.0.1) para encontrar a configuração do roteador - isso ainda é possível, mas quase sempre os apps oferecem mais recursos de ajuste.
Como smartphones e outros eletrônicos de consumo, o roteador mesh também necessita de atualizações ocasionais de sistema, e nesse tipo de equipamento o processo é mais simples e rápido.
A segurança da rede é mais um item a ser verificado: o mínimo é que o roteador mesh utilize padrão WPA2, mas alguns modelos mais novos já usam o padrão WPA3, ainda mais seguro. A diferença entre WPA2 e WPA3 é o aumento da segurança na transmissão de dados quando um novo computador ou dispositivo é conectado à rede.
Preciso de quantos módulos?
Quanto mais módulos instalados, maior a cobertura.
A área varia dependendo do equipamento e quase sempre é um pouco menor do que os fabricantes prometem, vale notar.
Mas um módulo promete cobrir um raio de 180 metros quadrados, em média. “Tudo em volta do roteador degrada o sinal, das paredes à fiação elétrica”, comenta Lima. Então, o alcance parece ser grande, mas nem tanto.
“Usando o aplicativo e seguindo as configurações de acordo com o manual, as redes funcionam direito. E, muitas vezes, quando ocorre um problema de sinal, ele é resolvido com mais um módulo”, explica Lima, especialista em redes.
Segundo ele, o "mundo ideal" para ambientes grandes, é usar um cabeamento pela casa para ligar cada módulo pelo cabo Gigabit Ethernet (do tipo Cat6). Mas isso envolve mais investimento em infraestrutura de rede, que nem sempre vem ao caso.
Em um sobrado de 90 metros quadrados, um módulo seria suficiente, porém a sala de TV pode ficar longe do módulo principal no escritório, no andar de cima. Nesse exemplo, um segundo módulo complementa a conexão e mantém a velocidade rápida da internet. Já em um apartamento de 40 metros quadrados, um módulo apenas é suficiente para a casa toda.
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