Selo para Home - guia de compras - Aspirador-robô — Foto: Arte/g1
Ter um aspirador-robô em casa pode passar a ideia de que vivemos no futuro. Mas escolher um é tarefa complicada: a lista de recursos oferecidos por esses aparelhos é enorme e, a cada salto tecnológico, o preço aumenta - os modelos custavam de R$ 400 a mais de R$ 7.000 no início deste mês.
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Neste guia, o g1 mostra as diferenças e que você precisa entender para encontrar o aspirador-robô que melhor atenda você e que "caiba" no seu bolso.
Veja a lista de aparelhos em quatro categorias - do básico ao avançado, conforme os recursos que eles têm. E, ao final da reportagem, leia outras dicas dadas por quem já tem um aparelho desses.
Aspiradores-robô que não têm controle remoto são os mais básicos — Foto: g1
Multilaser Mars HO041
Multilaser Mars — Foto: Divulgação
O modelo da Multilaser se encaixa entre os modelos mais básicos: ele limpa piso frio, madeira e tapetes e vem com sistema antiqueda integrado, com um reservatório de poeira de 140 ml - para efeito de comparação, um aspirador convencional (do tipo sem saco descartável) comporta 1,5 litro de sujeira.
Este aspirador-robô não faz mapeamento do ambiente nem pode ser programado para funções independentes: ele segue um programa de limpeza que aspira, varre e passa pano seco no ambiente.
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Vem com uma fonte externa para carregamento na tomada, sem ter uma base de retorno quando a bateria fica fraca. A duração da bateria é estimada em duas horas e seu preço estava na faixa dos R$ 500 nas grandes lojas on-line no começo de novembro.
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Mondial Fast Clean RB01
Mondial Fast Clean RB01 — Foto: Divulgação
Também é um aspirador-robô básico que limpa madeira, piso frio e tapetes e tem sistema antiqueda. Possui frente emborrachada, para proteger os móveis e objetos da casa. Seu preço médio na primeira semana de novembro era de R$ 400 no varejo.
(Correção: o g1 errou ao informar que o modelo da Mondial é o único na categoria dos básicos a ter frente emborrachada. A informação foi corrigida às 12h29)
Tem bateria com duração estimada em duas horas, e aspira, varre e passa pano seco na casa, em pisos frios, madeira ou tapetes baixos - seu reservatório de sujeira tem 140 ml de capacidade.
O Mondial Fast Clean RB01 também não vem com base de retorno para recarga da bateria quando ela fica mais fraca.
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Aspiradores-robôs que têm controle remoto são considerados intermediários — Foto: g1
Midea Smart VRA81B
Midea Smart VRA81B — Foto: Divulgação
O modelo da Midea já se encaixa em uma categoria intermediária de aspiradores-robô, com um preço mais alto no varejo (R$ 900, valor consultado no início de novembro em lojas on-line), mas não tem mapeamento automático dos ambientes.
Seu controle remoto oferece cinco modos de limpeza (automática, especial, aleatória, bordas e cantos e zigue-zague), e o robô ainda passa pano seco. O reservatório de sujeira é um pouco maior que os aspiradores-robôs mais básicos (300 ml).
Diz a fabricante que a bateria tem autonomia de uso de 30 minutos, porém o aparelho vem com uma base de carregamento - próximo ao final da carga, o aspirador volta sozinho para a base e recarrega automaticamente.
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WAP Robot W300
WAP Robot W300 — Foto: Divulgação
Outro aspirador-robô intermediário, o WAP Robot W300 também vem com controle remoto e base de recarga.
A potência é de 18W (a WAP foi a única fabricante a citar esse número) e o aspirador tem reservatório de 300 ml, com filtro HEPA (que retém 99,9% de ácaros e bactérias). Segundo a fabricante, o aspirador funciona em pisos frios, madeira e tapetes, com sensor para prevenir queda e colisão, e cinco modos de limpeza (automática, especial, aleatória, bordas e cantos e zigue-zague).
No começo de novembro, o WAP Robot W300 custava em torno de R$ 1.000 no varejo.
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Philco PAS08C Mop
Philco PAS08C Mop — Foto: Divulgação
Com quatro modos de limpeza (controle, localizada, automática e aleatória), mas sem mapeamento automático de ambiente, o Philco PAS08C Mop funciona em pisos frios, madeira e tapetes, passa pano seco e vem com reservatório de 200 ml - um pouco menor que o dos concorrentes citados nesta categoria intermediária - com filtro HEPA.
A autonomia de bateria é estimada em 1 hora de uso - porém o aparelho não tem uma base de recarga, e sim uma fonte que precisa ser conectada de forma manual. Seu preço médio no varejo no começo de novembro era de R$ 900.
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Aspiradores-robô com wi-fi permitem controle por app ou até por voz — Foto: g1
Eufy by Anker Robovac G10
Eufy Robovac G10 — Foto: Divulgação
O aspirador-robô da Eufy pode ser considerado um “intermediário premium” da categoria: não faz o mapeamento de ambiente, mas passa pano úmido pela casa (tem um reservatório para água) e vem com conectividade wi-fi, permitindo controle e programação de uso pelo app e por assistentes digitais como Alexa e Google Assistente (e ligar o aparelho com comando de voz).
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É indicado pela fabricante para pisos frios, tem sensor antiqueda e volta para a base de recarga - a autonomia da bateria é estimada em até 80 minutos no modo padrão de sucção. Na primeira semana de novembro, seu preço médio era de R$ 2.000 nas lojas on-line.
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Samsung POWERbot-E VR5000RM
Samsung POWERbot-E VR5000RM — Foto: Divulgação
O aparelho da Samsung conta com wi-fi para ser comandado por meio do aplicativo SmartThings (sem integração com assistentes de voz), mas também vem com controle remoto.
Limpa pisos frios, tapetes e madeira com quatro tipos de programas, e pode passar pano úmido (o reservatório dispensa água conforme a necessidade) ao mesmo tempo em que faz a aspiração, em um modo dois-em-um.
A duração da bateria é estimada em 1h50, com retorno automático à base de recarga. Seu preço no varejo na primeira semana de novembro era de R$ 2.200.
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Aspiradores-robô que mapeiam o ambiente são topo de linha — Foto: g1
Electrolux Pure i9.2
Electrolux Pure i9.2 — Foto: Divulgação
O aspirador-robô em formato triangular utiliza câmera 3D e laser para detectar obstáculos no ambiente de forma automática, além de realizar mapeamento de toda a casa - se a bateria (estimada em 1h10) acaba, ele volta a limpar de onde parou.
O ajuste de sucção é feito de acordo com o tipo de piso, que é detectado pelo aspirador. Tem ainda wi-fi que permite controle via aplicativo - porém não passa pano no ambiente. O preço médio encontrado nas grandes lojas on-line no início de novembro era de R$ 3.500.
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iRobot Roomba i7+
iRobot Roomba i7 — Foto: Divulgação
A grande diferença do iRobot Roomba i7+ é ser um aspirador-robô que se limpa sozinho - e isso tem um preço: por volta de R$ 7.000 nas lojas consultadas na primeira semana de novembro.
O aparelho, com wi-fi, comandos de voz (Alexa, Google Assistente), permite criar paredes virtuais (impedindo o acesso do robô), mapeamento da casa e usa um sensor acústico para detectar sujeira.
Ao terminar o trabalho de limpeza ou com a bateria no final, volta sozinho para a base, onde esvazia o compartimento de sujeira sozinho e recarrega a bateria (que tem duração estimada em 75 minutos). Não passa pano, mas pode trabalhar em conjunto com outro modelo da marca (Braava Jet).
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Como funcionam
O funcionamento básico desses produtos é similar na maioria dos modelos: o aspirador-robô, de formato arredondado e rodinhas emborrachadas, usa escovas giratórias nas suas extremidades que ajudam a capturar a sujeira - incluindo em cantos difíceis, como quinas e proximidade de paredes - que, por sua vez, é empurrada para uma escova central e, de lá, para o reservatório de poeira.
As rodinhas são emborrachadas para não marcarem o piso, e ajudam o equipamento a subir pequenas superfícies, como desníveis de poucos centímetros criados entre o piso frio ou de madeira e um tapete na sala. Mas não espere que o aspirador suba ou desça de desníveis dentro de casa - da sala para a cozinha, por exemplo.
No geral, os aspiradores-robô limpam pisos frios, tapetes e madeira e têm sensores para não cair de degraus. Os modelos mais baratos têm uma espécie de protetor emborrachado na frente, que muda o aspirador de direção quando toca um objeto/cadeira/parede.
O publicitário Gabriel Borges foi um dos muitos que se renderam a um robô-aspirador durante a pandemia. “Precisei criar um plano de combate à sujeira”, conta.
Ele diz ter feito muita pesquisa e decidiu por um modelo da Xiaomi importado (Roborock S50) que faz mapeamento da casa, após perceber que os aparelhos mais baratos trabalhavam no modo tentativa-e-erro.
Conforme o preço sobe, os robôs domésticos voltam para uma base de recarga sozinhos quando a bateria está no fim ou a faxina já acabou, podem ser programados por controle remoto ou aplicativos no smartphone, até mesmo usando comandos de voz com assistentes digitais como Alexa ou Google Assistente.
Tirar a poeira do reservatório de poeira é uma tarefa que precisa ser feita pelo dono da casa - exceção para modelos topo de linha, que contam com uma torre de esvaziamento autônomo.
Esses aparelhos mais caros também utilizam tecnologia para mapear todo o ambiente e até mesmo retomar a retomar a limpeza de onde pararam, caso a bateria acabe.
No geral, a duração de bateria estimada pelos fabricantes vai de 30 minutos a 2 horas, dependendo do aspirador-robô e das condições de uso.
Expectativa x realidade
Comprar um aspirador-robô não significa o final da faxina completa dentro de casa.
“O aspirador-robô é mais eficiente na manutenção da limpeza da casa. Mas um aspirador de pó normal consegue limpar mais em uma única operação”, afirma Joel Nascimento, supervisor de qualidade e dono de um Eufy 11S desde 2019.
"Ele mantém a casa limpa por mais tempo, em termos de intervalos de uma faxina. Aqui em casa sempre há uma faxina geral nos finais de semana, e o robô consegue nos deixar livres da necessidade de varrer a casa durante a semana. Sem ele, seria necessário varrer a casa quase que diariamente, por causa dos gatos”, explica.
"Recomendo 110%, principalmente pra quem tem bicho em casa”, afirma o publicitário João Brunelli, sobre seu modelo comprado em 2017.
Ter um controle remoto ou usar um aplicativo (nos aspiradores conectados por wi-fi) é útil para programar as funções de limpeza. Os modelos mais baratos fazem tudo sozinhos, sem mudança no tipo de limpeza - em geral, o aspirador-robô faz uma limpeza automática no ambiente, depois nos cantos e termina em espiral.
Os que possuem controle/app ampliam as opções, com limpeza automática, mas também em zigue-zague ou modo especial, com maior sucção.
E, nos aspiradores mais caros, o aparelho até ajusta sozinho a potência de sucção, verificando o nível de sujeira.
Os aspiradores-robô que passam pano têm essa função como um complemento, o que também leva à conclusão de que usar um gadget vai dispensar a limpeza pesada, mas não é o que diz que tem um.
"Eu achei ele bem OK pelo preço, mas tem que umedecer o pano e prender na base, não tem reservatório e nem nada”, comenta o estudante e streamer Kevin Zhu Tokunaga, que tem dois modelos em casa, sendo um mais barato, que não tem reservatório de água para umedecer o pano.
"Tem sido uma experiência meio frustrante porque o novo é bem menor e entala mais fácil”, diz Tokunaga, que tem o Multilaser Mars e um importado (HAC-1000).
Modelos mais avançados têm um reservatório de água, que libera o líquido conforme a limpeza ocorre. Os fabricantes ressaltam que é apenas para usar água e não outros produtos no aspirador, para evitar danificar o aparelho.
No caso do publicitário Gabriel Borges, o recurso de passar pano não se mostrou eficiente e o pano/flanela que se encaixa embaixo do aspirador voltou para dentro do armário de limpeza.
Ele afirma que complementa a faxina da casa com um aspirador portátil para limpar os cantos das paredes e depois passa um mop com spray para finalizar.
Algumas marcas, como Samsung e iRobot, têm modelos específicos para apenas passar pano - o aspirador-robô com essa função é muito leve e não consegue fazer pressão sobre o piso para uma limpeza mais profunda, que é a promessa dos passadores-de-pano-robô. E outras, como Xiaomi, têm no exterior robôs específicos para limpar janelas por dentro e por fora.
Afinal, qual é o ideal?
Um item essencial a checar na hora de comprar um aspirador-robô é se ele consegue passar embaixo de móveis como sofás e camas, sem entalar.
No geral, esses aparelhos têm entre 7,5 cm e 10 cm de altura.
A vida útil da bateria é outro fator de decisão. Por usar baterias de íons de lítio, em algum momento os aspiradores-robô irão perder capacidade de carga e, com o tempo, até mesmo parar de funcionar.
As escovas precisarão ser trocadas também - é recomendável ver com o fabricante se os itens são fáceis de serem substituídos.
No caso de João Brunelli, a bateria do seu robô Ropoglass, comprado em 2016, foi o problema: “Uma nova custa R$ 400 e, francamente, não estou a fim de gastar isso”, afirma.
Já Nascimento, dono de um aspirador-robô há quase dois anos, tem menos problemas "Só preciso limpar a cada duas semanas. As peças de reposição (as escovas) da marca são fáceis de achar e custam pouco.”
E a vida com animais domésticos em casa pode precisar de adaptação com a compra de um aspirador-robô. O eletrônico novo vai limpar os pelos de cães e gatos, que podem se assustar ou atacar o dispositivo. "No início os gatos se assustavam um pouco. Agora, apenas ignoram”, completa Nascimento.
Por conta disso, é bom supervisionar os pets no início do uso e, caso seu bichinho faça necessidades fora do lugar, a internet está cheia de casos de horror de gente que programou seu aspirador-robô para limpar a casa à noite e acabou criando um rastro de sujeira pela casa toda.
Nada que não seja um problema para a tecnologia resolver - o iRobot j7+, à venda no exterior, usa uma câmera e recursos de inteligência artificial para identificar a sujeira e desviar a tempo.
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