O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na noite desta sexta-feira (11) que a agenda econômica do governo é muito mais ampla do que o ajuste fiscal, e que a não é só a definição da meta fiscal para 2016 que importa, mas todas as reformas propostas até agora.
A declaração foi feita em discurso durante jantar com associados da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos)
"A questão da meta [de superávit primário para 2016], se vai ser 0,7% [do PIB], é o que eu digo, não são os '20 centavos', é todo o resto que importa", disse Levy, citando as reformas do PIS/Cofins, do ICMS e a abertura de crédito para o 'BNDES' focar onde é necessário".
Ele citou projetos do governo para incentivar a infraestrutura e a necessidade de ampliar investimentos no setor de óleo e gás como exemplos desta agenda 'mais ampla' que o ajuste.
Levy também defendeu a necessidade de aumentar o papel do mercado de capitais em substituição aos financiamentos do BNDES como única fonte de recursos de leilões e concessões.
O ministro foi aplaudido pelos presentes ao citar a reforma do PIS/Cofins, proposta do governo para gerar créditos a serem abatidos dos impostos devidos pelas empresas. "[A reforma] vai tornar as empresas brasileiras mais competitivas que as importadoras", disse.