15/06/2016 17h01 - Atualizado em 15/06/2016 17h14

Dólar fecha em queda pelo 2º pregão seguido

Moeda norte-americana caiu 0,39%, a R$ 3,4665 na venda.
Dia foi marcado por proposta de teto para gasto público e decisão do Fed.

Do G1, em São Paulo

O dólar fechou em queda nesta nesta quarta-feira (15), pelo 2º dia consecutivo, em dia marcado pelo anúncio da proposta de prazo de 20 anos para a regra de limite do crescimento dos gastos do governo e pela decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, de manter os juros nos Estados Unidos.

 

A moeda norte-americana recuou 0,39%, a R$ 3,4665 na venda. Veja a cotação do dólar hoje.

Segundo a agência Reuters, o dólar caiu a R$ 3,4455 na mínima do dia e chegou a R$ 3,5019 na máxima, após a divulgação de delação premiada citando o presidente em exercício Michel Temer.

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou, em delação premiada, que Temer teria pedido recursos ilícitos para campanha de Gabriel Chalita (PMDB) à prefeitura de São Paulo.

No mês de junho, o dólar acumula queda de 4,04%. No ano, a moeda dos EUA recuou 12,2% frente ao real.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,46%, a R$ 3,4639
Às 10h10, alta de 0,42%, a R$ 3,4948
Às 11h, queda de 0,1%, a R$ 3,4765
Às 11h40, queda de 0,31%, a R$ 3,4691
Às 12h20, queda de 0,02%, a R$ 3,4791
Às 13h19, queda de 0,7%, a R$ 3,4556
Às 14h, queda de 0,64%, a R$ 3,4577
Às 14h37, queda de 0,28%, a R$ 3,47
Às 15h50, queda de 0,59%, a R$ 3,4594


Teto para gastos
O governo enviará ao Congresso Nacional uma proposta de emenda constitucional que institui um teto para os gastos públicos por um período de 20 anos. Durante os primeiros nove anos o limite não poderá ser modificado, mas a partir do décimo ano poderão ser apresentadas alterações nesses limites.

A proposta é que a despesa não possa ter crescimento acima da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a partir de 2017 – envolvendo a União, o Legislativo, o Tribunal de Contas da União, o Judiciário, o Ministério Público, e a Defensoria Pública da União.

"(O limite do crescimento do gasto) é uma medida boa, melhor do que parecia. Agora é preciso ver como o Congresso vai lidar com isso", disse à Reuters o operador da corretora Renascença Thiago Castellan Castro.

Para economistas ouvidos pelo G1, a fixação de um teto para os gastos públicos vai na direção correta, mas, sozinha, é insuficiente para gerar superávits primários (receitas menos despesas, sem contar juros da dívida pública) no curto prazo.

Decisão do Fed
O banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve) confirmou as expectativas de analistas e decidiu manter as taxas de juros do país entre 0,25% e 0,50%, mas passou a projetar crescimento econômico mais baixo do que na projeção anterior. Além disso, sinalizou postura mais cautelosa sobre quando pretende voltar a elevar os juros.

Uma trajetória mais gradual de aumentos de juros nos EUA tende a favorecer ativos emergentes, que oferecem rendimentos financeiros mais elevados.

Mesmo antes da decisão do Fed, o dólar já vinha tendo uma sessão de intensa volatilidade. Embora a moeda norte-americana viesse perdendo força contra moedas emergentes desde cedo, o mercado brasileiro descolou-se do exterior pouco antes da divulgação do comunicado diante do cenário político conturbado no Brasil.

 

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