Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça aponta que 68 mil crianças não têm o nome do pai no registro de nascimento no Distrito Federal. Para reverter situações do tipo, o Ministério Público promove há 12 anos o Programa Pai Legal. Ao longo deste ano, 1,2 mil meninos e meninas foram beneficiados depois de terem as mães convocadas.
Os mutirões ocorreram na própria sede do MP e em escolas de Samambaia, Recanto das Emas, São Sebastião e Planaltina. “A ausência da paternidade pode ser verificada em grande número nos registros de nascimento de recém-nascidos e em idade escolar. Muitos, já com a maioridade alcançada, nos procuram também em busca da paternidade”, disse o órgão em nota.
Não há estudo específico sobre o perfil das crianças e das mães. O Ministério Público afirma saber, porém, saber que Ceilândia é a região administrativa que mais apresenta jovens sem o nome do pai na certidão.
Ao todo, foram realizados dez atendimentos em 2015. Três foram em cartórios, com foco em recém nascidos; dois com a Secretaria de Segurança Pública e cinco em escolas.