08/10/2012 07h56 - Atualizado em 08/10/2012 08h02

Toyota, Nissan e Honda devem cortar produção na China em 50%

Segundo o jornal Nikkei, disputa entre Japão e China prejudicou vendas.
Por outro lado, BMW, Audi e Mercedes-Benz ganham espaço.

Do G1, com informações da Reuters

Enquanto montadoras eurpeias como Mercedes-Benz e PSA Peugeot Citroën destacaram os investimentos no mercado chinês durante o Salão de Paris, as japonesas Toyota, Nissan e Honda planejam cortar praticamente pela metade a produção na China. De acordo com reportagem publicada nesta segunda-feira (8) no jornal Nikkei, a disputa territorial entre os países têm prejudicado as vendas das montadoras japonesas no maior mercado automotivo do mundo.

A Nissan suspenderá o turno noturno nas duas fábricas de veículos leves que tem na China e vai operar somente durante o dia, segundo o jornal. A montadora se negou a comentar o assunto.

Toyota e Honda planejam cortar a produção na China quase pela metade ao diminuir a jornada e a velocidade de produção, afirmou o jornal sem citar fontes.

As vendas da Toyota na China caíram 40% em setembro sobre um ano antes, e as da Mazda tiveram retração de 35%.

Montadoras alemãs ganham espaço
Enquanto isso, quem ganha mercado são as concorrentes. A BMW teve salto de 55% nas vendas na China em setemebro, enquanto as da Audi subiram 20% e as da Mercedes-Benz, 10%.

Por outro lado, as vendas da General Motors na China subiram apenas 1,7% em setembro, pouco se beneficiando da queda nas vendas das montadoras japonesas, ao contrário do que aconteceu com as concorrentes europeias e sul-coreanas.

"Montadoras alemãs e sul-coreanas são as maiores beneficiadas com o revés das japonesas, já que são muito competitivas no segmento de utilitários esportivos", disse o analista John Zeng, da LMC Automotive.

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Ilhas do mar da China
A tensão cresceu nos últimos dias entre os dois países vizinhos desde a nacionalização da ilhas do mar da China pelo Japão. Estas ilhas são chamadas de Senkaku pelos japoneses e de Diaoyu pelos chineses. Além de seu valor estratégico, as ilhas possuem ricas reservas submarinas de hidrocarbonetos.

O chanceler chinês chegou a dizer que o arquipélago é "território sagrado". Barcos de vigilância marítima e da administração de pesca chinesese entraram várias vezes no limite dessas águas territoriais, que se estende por 22 km nas margens das ilhas.

Este arquipélago de cinco ilhas se situa 200 km a nordeste das costas de Taiwan e 400 km a oeste de Okinawa (sul do Japão).

Taiwan também reivindica o arquipélago e uma pequena frota de 50 barcos de pesca escoltados por navios da Guarda Costeira entraram nessas águas territoriais em 25 de setembro passado, mas logo voltaram para casa.

Milhares de chineses participaram em manifestações antijaponesas, às vezes violentas, em meados de setembro em várias cidades chinesas.

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