29/12/2015 10h44 - Atualizado em 29/12/2015 12h10

Veja como combater o Aedes aegypti e entenda a vacina contra a dengue

Aedes aegypti transmite a dengue, chikungunya e zika vírus.
Combate ao mosquito é alvo constante de pesquisas.

Do G1, em São Paulo

Todo mundo quer ficar longe do Aedes aegypti. O mosquito transmite a dengue, chikungunya e o zika vírus. O Bem Estar desta terça-feira (29) mostrou que algumas estratégias podem evitar que o mosquito nasça e também apresentou o mosquito transgênico, que é estéril e não consegue se reproduzir. Convidamos a bióloga da Fiocruz Denise Valle o biólogo da USP Paolo Zanotto para ajudar a entender o mosquito e como combater, e a diretora médica da Sanofi Lucia Briks para falar sobre a vacina contra a dengue.

 

Eliminar, vedar e cuidar. Esses são os meios de evitar que o Aedes nasça e possa se transformar em vetor de doenças. Elimine tudo que pode acumular água – água parada é um dos maiores atrativos; vede as caixas d’água e recipientes que guardam a água; e cuide dos potenciais criadouros que não podem ser eliminados.

O combate ao Aedes aegypti é alvo constante de pesquisas. Impedir que ele se reproduza ou tentar evitar que ele consiga transmitir doenças são algumas das estratégias da ciência. No Instituto de Ciências Biomédicas da USP, os pesquisadores quebram a cabeça para combater o mosquito. “A gente introduz um determinado gene ou pode deletar também outro tipo de gene. Ele foi alterado com um objetivo, para tentar impedir a transmissão de vírus, por exemplo”, explica a pesquisadora Helena Rocha de Araújo.

Uma das estratégias é alterar o DNA, para que os machos nasçam estéreis. Assim, eles não vão conseguir se reproduzir e, com o tempo, a população de mosquitos diminui. Os cientistas também testam mudanças no DNA para que os mosquitos infectados morram, antes de transmitir o vírus.

Outra mudança no DNA faz com que os mosquitos não consigam transmitir o vírus quando picam uma pessoa. “Ele tem uma alteração genética que faz com que o vírus não alcance a glândula salivar, que é o local onde o vírus é transmitido”, completa a pesquisadora.

Vacina contra a dengue
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro da vacina contra a dengue produzida pela Sanofi. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (28) no Diário Oficial da União. Na prática, fica comprovada a segurança e a eficácia da vacina.

Com isso, a empresa poderá comercializar a 'Dengvaxia', que já tinha sido aprovada no México e nas Filipinas no início deste mês, de acordo com a Reuters. Essa é a primeira vacina contra a doença a ser aprovada no Brasil.

A vacina é considerada eficaz na prevenção dos quatro tipos de dengue e poderá ser aplicada em pessoas de 9 a 45 anos, segundo comunicado divulgado pelo laboratório.

A Anvisa alerta, no entanto, que a vacina não protege contra os vírus Chikungunya e Zika, transmitidos pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti.

 

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