09/12/2015 23h20 - Atualizado em 09/12/2015 23h23

Manaus tem 16 casos notificados de zika vírus, aponta Semsa

Duas grávidas estão entre pacientes com suspeita de ter contraído vírus.
Capital apresenta médio risco para zika, dengue e febre chikungunya.

Do G1 AM

Há 'fortes indícios' de que zika vírus, transmitidos por mosquitos Aedes aegypti, tenha correção com aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré  (Foto: AFP Photo/Patrice Coppee)Há 'fortes indícios' de que zika vírus, transmitidos por mosquitos Aedes aegypti, tenha correção com aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré (Foto: AFP Photo/Patrice Coppee)

Manaus contabiliza 16 casos notificados de zika vírus. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), nesta quarta-feira (9). Entre os pacientes com suspeita de ter contraído o vírus há duas grávidas, que estão na fase final da gestação.

A Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência em razão da epidemia por doenças infecciosas virais, em especial às de transmissão pelo mosquito Aedes aegypti. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município na sexta-feira (04). A situação de emergência terá vigência pelo período de 180 dias.

 

De acordo com a secretaria, os casos notificados de zika estão à espera dos resultados dos exames laboratoriais. Apenas um caso foi confirmado até agora na cidade. O zika vírus é apontado como causador de microcefalia em recém-nascidos.

“Não temos casos de microcefalia em bebês durante a gestação, mas a população tem que continuar sendo a nossa grande parceira, evitando focos do mosquito dentro de casa”, disse o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, por meio de assessoria.

De acordo com o último levantamento do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado no dia 1º de dezembro, Manaus apresenta médio risco para transmissão do zika vírus e também dengue e febre chikungunya.

A orientação da Semsa é que a população procure as unidades de saúde do município em caso do aparecimento de sintomas, que incluem febre, dor nas articulações e músculos, além de conjuntivite e manchas vermelhas na pele.

O zika vírus não é contagioso, não passa pelo contato direto de uma pessoa para outra. A única forma de pegar esta doença é sendo picado pelo mosquito contaminado.

Preocupação
Com a proximidade do período chuvoso - quando há maior proliferação do mosquito Aedes aegypti - algumas gestantes de Manaus adotaram medidas preventivas para evitar o zika. É o caso da assistente de relações externas Leily Costa, de 30 anos. Grávida de 27 semanas, ela mudou a rotina e redobrou os cuidados em relação ao mosquito.

"Nós evitamos contato em áreas que possam ter foco do mosquito, colocamos tela de proteção nas janelinhas de casa, mantemos o ambiente muito mais fechado. Aqui em casa a gente não tem muito foco porque é apartamento, mas ainda assim a gente se protege. Eu estou usando repelente todos os dias, de três em três horas. Recentemente, fiz uma bateria de exames e deu tudo certo", contou.

Microcefalia
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com um crânio de um tamanho menor do que o normal – com perímetro inferior ou igual a 33 centímetros. A condição normal é de que o crânio tenha um perímetro de pelo menos 34 centímetros. Essas medidas, no entanto, valem apenas para bebês nascidos após nove meses de gestação, e não são referência para prematuros.

Na maior parte dos casos, a microcefalia é causada por infecções adquiridas pelas gestantes, especialmente no primeiro trimestre de gravidez – que é quando o cérebro do bebê está sendo formado.

Outros possíveis causadores da microcefalia são o consumo excessivo de álcool e drogas ao longo da gestação e o desenvolvimento de síndromes genéticas, como a síndrome de Down.

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