e zika vírus (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)
O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado pelo Ministério da Saúde na terça-feira (24), indica sete municípios amazonenses em situação de alerta e um para risco de surto de dengue.
Segundo o LIRAa, municípios que detectaram focos de dengue em 1 a cada grupo de 100 prédios são incluídos na categoria "satisfatório". Acima de 1 até 3,9 foram enquadrados na categoria "alerta". As cidades com índice acima de 4, entram no nível de "risco de surto de dengue".
De acordo com os dados, Borba (1,2), Coari (1), Manicoré (1,3), Nova Olinda do Norte (1,3), São Gabriel da Cachoeira (3), Tapauá (2,2) e Tefé (1,7) foram classificadas em situação de alerta. Enquanto Guajará (5,5) tem risco de surto.
Outras 12 cidades tiveram índice satisfatório: Barcelos, Boca do Acre, Codajás, Itacoatiara, Maués, Nhamundá, Novo Airão, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Santo Antônio do Içá.
De acordo com o Ministério, realizado em outubro e novembro, o LIRAa teve adesão recorde para este período do ano, com 1.792 cidades participantes.
Entre as 18 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o LIRAa, apenas Rio Branco está em situação de risco. São sete as capitais em alerta (Aracaju, Recife, São Luís, Rio de Janeiro, Cuiabá, Belém e Porto Velho) e dez com índices satisfatórios (Boa Vista, Palmas, Fortaleza, João Pessoa, Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Campo Grande e Curitiba). As cidades de Macapá, Manaus, Maceió, Natal, Salvador, Vitória, Goiânia, Florianópolis e Porto Alegre não encaminharam os resultados.
Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.
LIRAa em Manaus
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) deu início ao LIRAa no dia 9 de novembro. A estratégia, que será executada em um período estimado de dez a 15 dias.
Durante a ação, profissionais de saúde devem visitar mais de 27 mil imóveis em todos os bairros de Manaus.
De acordo com a gerente de Vigilância Ambiental da Semsa, Alinne Antolini, o LIRAa realizado no mês de janeiro deste ano apontou que Manaus permanece em médio risco para doenças transmitidas por esse mosquito, com um índice de 3,5.
“É um índice que mantém Manaus em alerta para o controle do mosquito. E a população deve ficar atenta principalmente aos tipos de depósitos que, segundo o resultado do último LIRAa, mais contribuem para a proliferação do Aedes aegypti na cidade, e que são aqueles de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões, seguidos de lixo acumulado nos quintais”, alertou Aline Antolini.