O Linhão de Tucuruí deverá ser concluído em julho de 2013. A informação é do engenheiro eletricista e coordenador estadual do Programa Luz Para todos no Amazonas, Robson de Bastos. Segundo ele, as obras estão dentro do prazo, e existe a possibilidade do adiantamento da conclusão para maio do ano que vem.
A obra, que começou orçada em R$ 1,5 bilhões, vai ser concluída com um investimento de R$ 2 bilhões, o que, para o coordenador, é normal. "Tivemos alguns imprevistos durante a obra, como por exemplo, o linhão passar por dentro de propriedades particulares. Diante desses entreveros, foi preciso que o valor investido aumentasse para a conclusão da obra", disse Bastos ao G1.
A previsão do Governo Federal e da coordenadoria estadual do ‘Luz para todos’ é de que até dezembro deste ano todos os cabos da rede estejam instalados. Cerca de 1,5 milhões de pessoas em sete municípios do Amazonas, incluindo Manaus, devem ser beneficiadas pela usina, que segundo Robson de Bastos, produz 50 vezes mais energia que Balbina.
"Com o Linhão, não teremos problemas com abastecimento de energia a médio e longo prazo, e ainda existe a possibilidade de uma interligação entre a Usina de Belo Monte, no Pará, e Jirau, em Rondônia, fortalecendo ainda mais a rede", prevê o coordenador.
A expectativa é de que a obra permita que o consumo de combustível fóssil para geração de energia, que tem um alto custo e é extremamente poluente, seja eliminado nas capitais Manaus, Macapá e Boa Vista, além dos outros municípios pelos quais o Linhão vai passar, evitando, segundo o Governo Federal, a emissão de 3 milhões de toneladas de gás carbônico por ano, reduzindo o consumo anual de 1,2 bilhões de litro de óleo combustível e diesel.
Ainda de acordo com o Governo, a conclusão do Linhão representa uma economia de cerca de R$ 2 bilhões por ano, o que pagaria em 18 meses os custos da linha de transmissão, fornecendo energia limpa e renovável.
No dia 25 de janeiro deste ano foi assinado o contrato de concessão para a construção da Linha de Transmissão Manaus/Boa Vista, que terá 715 Km de extensão, nos estados do Amazonas e Roraima, mais as subestações Equador 500 Kv e Boa Vista 500 Kv.