Água no umbigo é sinal de perigo. Toda criança já ouviu isso uma vez na vida. E, se você gosta de nadar, é preciso tomar muito cuidado mesmo.
Segundo dados da World Waterpark Association (Associação Mundial de Parques Aquáticos), afogamento é a principal causa de mortes acidentais de crianças entre 1 e 4 anos de idade, em 48 de 85 países monitorados, além de ser a segunda causa de mortes acidentais de crianças até 14 anos.
Por isso, enquanto a piscina não dá pé, o uso de boia é obrigatório. E aprender a nadar é essencial para que se possa aproveitar a água melhor quando crescer.
Foi essa importância que a 11ª edição da Maior Aula de Natação do Mundo buscou mostrar. O evento, organizado pela Associação Mundial de Parques Aquáticos, mobilizou milhares de pessoas em mais de 20 países no fim de junho. A Folhinha acompanhou a ação no Beach Park, em Aquiraz, a 28 km de Fortaleza, no Ceará.
Eram quase mil crianças de projetos sociais de Aquiraz e Maracanaú nas muitas piscinas do parque aquático. Tinha de todos os tamanhos. Algumas crianças eram tão pequenininhas que a mochila com a roupa de mergulho nas costas fazia lembrar as daquele meme famoso.
Sabe quando muitas crianças se reúnem na hora do intervalo e fica aquela gritaria e correria? A sensação de quem estava no local era essa, mas ainda mais barulhento.
Para organizar a bagunça, os instrutores usavam um cordão de isolamento e crianças de tamanho parecido entravam no círculo formado pela fita. O grupo ia andando junto, devagarinho, quase como uma minhoca.
Ao chegar na piscina, era quase impossível controlar a criançada, embora, para felicidade dos adultos, elas permanecessem dentro da área delimitada.
Quando já havia centenas de crianças posicionadas dentro da água, a aula começou. Um instrutor ficava no alto, com um microfone, fazendo as vezes de professor.
Antes de tudo, dicas importantes: passar o protetor solar, nunca ficar longe de um adulto e respeitar as ordens sempre. Sem isso, não há diversão possível na água.
E, então, a parte mais prática. "Quem sabe mergulhar?", perguntou o professor, orientando como tudo deveria ser feito. Simultaneamente, a cabeça de centenas de crianças ficava submersa por breves segundos.
Depois, hora de cair de costas na água. Por fim, elas aprenderam a bater o braço da maneira correta.
A "maior aula de natação do mundo" foi, na verdade, uma série de atividades lúdicas aquáticas. Mas sem perder de vista a verdadeira lição do dia: muito cuidado com a água. Ela é para brincar, mas precisa ser usada com sabedoria.
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