Amigos, colegas e familiares lotaram o cemitério Jardim da Memória, em Novo Hamburgo (RS), para se despedir do policial militar Everton Raniere Kirsch Júnior, na manhã desta quinta-feira (24).
Kirsch, que tinha 31 anos, foi morto no ataque a tiros que começou na noite de terça-feira (22) e terminou na manhã de quarta (23). Também morreram o atirador Edson Fernando Crippa, 45, seu pai, Eugênio Crippa, e seu irmão Everton Crippa, 49.
Dentro e fora da capela funerária, a reação do público presente se dividia entre lágrimas e consternação com o ataque, que surpreendeu a cidade localizada a 42 km de Porto Alegre. Nas conversas, Kirsch era chamado de herói.
O policial deixou a esposa, um filho com menos de 50 dias de vida e os pais. Uma familiar idosa ficou muito nervosa e precisou ser levada para fora da capela.
Uma bandeira do Rio Grande do Sul foi colocada sobre o caixão. O governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), esteve no velório e prestou condolências à família.
A cerimônia terminou com uma salva de aplausos, e o cortejo foi acompanhado pelo som de sirenes de viaturas policiais, ligadas em homenagem à morte em serviço. O corpo do soldado foi sepultado às 11h, sob continência de dezenas de colegas policiais.
Kirsch estava na Brigada Militar do RS desde 2018 e passou a integrar o 3º Batalhão de Polícia Militar de Novo Hamburgo neste ano.
Ele foi baleado na cabeça na noite de terça logo após chegar à casa da família Crippa para atender à ocorrência. O chamado havia sido feito pelo pai de Edson Crippa, alegando maus-tratos.
O atirador abriu fogo quando viu a polícia chegar. Além de matar três pessoas, ele feriu outras nove, dentre elas a própria mãe e a cunhada.
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