O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), convocou uma reunião com o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, no Palácio Guanabara, sede do governo, em Laranjeiras, zona sul da cidade, para a tarde desta quinta-feira (24).
O encontro, que também contará com a presença do secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes Nogueira, irá avaliar se haverá mudanças no comando da PM após dois dias consecutivos de crise na cidade. Menezes assumiu a pasta em abril deste ano, após um pedido direto do secretário de Segurança ao governador.
Nesta quarta-feira (23), cerca de 280 torcedores do Peñarol foram detidos na Cidade da Polícia, e ao menos 20 foram autuados por vandalismo.
O prefeito Eduardo Paes afirmou que a prefeitura chegou a oferecer uma outra opção para a concentração dos torcedores. Já o secretário afirma que possui documentos da subprefeitura da região e da PM, nos quais todos concordavam com o local de encontro dos torcedores. Independente da autorização, a avaliação da cúpula da segurança é que houve falhas para a segurança do local.
Ainda nesta quinta-feira (24), seis pessoas foram baleadas e três delas morreram com tiros na cabeça após a Polícia Militar realizar uma operação no Complexo de Israel, na zona norte, para coibir roubos de carros e cargas. Segundo os policiais que participaram da operação, a reação dos traficantes teria sido desproporcional.
Moradores afirmaram que policiais chegaram a desafiar traficantes, mencionando o apelido de um chefe do tráfico rival enquanto estavam em um blindado, mas não há registro dessa suposta provocação.
O atual comandante da PM é formado em direito pela Universidade Gama Filho e em engenharia civil pela Universidade Estácio de Sá. O militar também foi gestor de Recursos Humanos na Coordenadoria Militar da Alerj, assessor especial da Subsecretaria Militar da Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro e comandante do 17º BPM (Ilha do Governador).
Na época da transição, Victor César inicialmente sugeriu o nome do coronel Ranulfo Brandão para o cargo, mas sua indicação foi rejeitada por Castro. Posteriormente, uma lista com seis opções foi apresentada, e Menezes foi o escolhido. Seu nome teria o apoio do deputado Rodrigo Bacellar, que negou envolvimento direto na escolha.
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