Em solenidade realizada na quarta-feira (26), no Palácio do Planalto, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o projeto de lei que aumenta o número de doenças rastreadas pelo teste de triagem neonatal.
O popularmente conhecido teste do pezinho passará dos seis exames iniciais para mais de 40 exames preventivos de doenças congênitas, conforme propõe o projeto 5043/2020, do Deputado Dagoberto Nogueira (PDT/MS) e outros parlamentares. Entrará em vigor de forma escalonada 365 dias após a sua publicação no Diário Oficial.
O teste do pezinho, aplicado entre o terceiro e quinto dia após o nascimento do bebê, visa diagnosticar e tratar precocemente as doenças congênitas que resultem em graves sequelas quando não tratadas precocemente ou que provoquem elevada mortalidade em recém-nascidos.
Como a fenilcetonúria, na qual o organismo infantil não metaboliza proteínas derivadas de carne e vegetais; ou o hipotireoidismo congênito não tratado que provoca deficiência intelectual.
O programa de triagem neonatal foi introduzido em nosso meio em 1976 pelo professor Benjamin José Schmidt em colaboração com a Apae de São Paulo, atualmente Instituto Jo Clemente.
Schmidt, ainda estudante de medicina fundou laboratório de análises clínicas para subsidiar seus estudos e no exercício da medicina tornou-se titular de pediatria da EPM/Unifesp e colaborou para tornar obrigatório por lei o teste de triagem nas maternidades.
Pediatra destacado no panorama internacional da especialidade médica, foi o primeiro brasileiro a assumir a presidência da Associação Internacional de Pediatria.
Benjamin J. Schmidt faleceu em 2009, aos 77 anos. Deixou publicados cerca de 300 artigos originais, entre eles a descoberta de duas doenças ligadas ao metabolismo em crianças.
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