O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Curitiba define nesta sexta-feira o caminho a ser seguido pela legenda nas eleições para a prefeitura da capital do Estado. A decisão foi delegada a 300 militantes escolhidos por duas chapas: uma que defende a candidatura própria e outra pretende a coligação com o PDT, tendo o ex-deputado Gustavo Fruet como candidato. Até mesmo defensores da primeira alternativa, entretanto, não acreditam que saiam vitoriosos.
A chapa que propõe coligação saiu na frente na disputa, após eleições realizadas no último dia 15. Por terem conseguido 57% dos votos de 1.921 filiados que compareceram às urnas, podem indicar 172 delegados para o encontro desta sexta-feira. Os que querem candidatura própria elegeram 128 delegados.
Entre os defensores da coligação estão os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o das Comunicações, Paulo Bernardo, além da presidente do diretório municipal, Roseli Isidoro.
Defensor da candidatura própria e pré-candidato do partido, o deputado federal Dr. Rosinha acredita que deve ser mantido praticamente o mesmo porcentual na votação. “Em minha opinião, infelizmente”, destacou. Ele descarta, porém, que o PT saia desunido após o debate que, em alguns momentos, chegou a ser bastante árduo. “Demora um pouco para baixar a poeira, mas depois tudo se adapta.” Além de Rosinha, o deputado estadual Tadeu Veneri se declarou pré-candidato.
Com a provável vitória da tese da coligação, o PT deve indicar o candidato a vice na chapa. O nome mais cotado é o do deputado federal Ângelo Vanhoni, que já disputou a prefeitura por três vezes. “Ele conseguiria unificar todas as correntes”, acredita a presidente do diretório municipal, Roseli Isidoro. Ela observa, contudo, que, mais importante do que indicar o vice agora, é preparar as diretrizes de governo. “As questões programáticas precedem a indicação do vice.”