Adesão integral

Beto Richa e bancada estadual do PMDB começam a se entender

A bancada estadual do PMDB e o governador Beto Richa (PSDB) começaram a discutir uma proposta de adesão integral do grupo à base aliada na Assembleia Legislativa. A primeira etapa da conversa foi na quarta-feira passada na casa do deputado Alexandre Curi, um dos defensores do alinhamento do partido ao governo tucano.

O encontro ocorreu sem a presença do líder do governo, Ademar Traiano (PSDB), que avisou ao governador sobre resistências à entrada de todos os peemedebistas no bloco. O líder do governo disse que deputados do PSDB e de partidos aliados aos tucanos na eleição do ano passado não aceitam dividir espaços com peemedebistas que atuam na mesma base eleitoral.

Traiano, assim como o presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni, foram convidados para a reunião na casa de Curi, mas não compareceram. A companhia de Beto no encontro com os peemedebistas foi o chefe da Casa Civil, Durval Amaral (DEM).

Sem posição

O líder da bancada do PMDB, Caito Quintana, disse que a bancada expôs seus pontos de vista, que o governador manifestou interesse em ter o PMDB na base, mas que outros encontros devem acontecer antes de um acordo final. E as negociações não devem chegar ao fim antes de julho, informou o deputado Nereu Moura.

Este seria o tempo necessário para que o governador contornasse as dificuldades internas à incorporação do PMDB à base. “Até lá, nós vamos continuar no nosso papel. Dissemos ao governador que a posição do PMDB vai ser única e decidida por maioria. Quando o partido tomar uma posição, todos terão que se submeter nem que para isso tenhamos de usar o estatuto”, afirmou o peemedebista. No cálculo da liderança da bancada, dos doze peemedebistas, sete estariam contra a participação no bloco de sustentação ao governo.

Empecilho

No encontro, os peemedebistas aproveitaram para se queixar de Traiano ao governador. Afirmaram que o líder do governo ataca os governos peemedebistas mesmo quando o momento não é de confronto. O exemplo citado foi a condução dada pelo líder do governo na discussão do projeto que regulamenta a Defensoria Pública. Alegaram os peemedebistas que Traiano não precisava ter criticado o PMDB, afirmando que apenas o tucano tinha proposto a regulamentação da instituição.

“O Pessuti também tinha mandado um projeto para cá. Nós vamos ajudar a aprovar o projeto que o Beto mandou. Era um momento de concordância. Não havia motivo para fazer acusações ao governo anterior”, comentou Quintana. 

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