Polícia faz cerco para prender seqüestradora de bebê

O Serviço de Investigações de Crianças Desaparecidas (Sicride) e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) investigam o seqüestro da recém-nascida Gabriele, ocorrido domingo (13) de madrugada na maternidade do Hospital Evangélico, em Curitiba. Desde que a polícia foi notificada, as rodovias de saída do Paraná para outros Estados e aeroportos estão sendo fiscalizados especialmente. A Polícia Federal também foi notificada para fazer o policiamento específico na fronteira. "Várias equipes de investigação do Sicride e do Cope estão com as atenções voltadas para achar a menina seqüestrada" disse a delegada-chefe do Sicride, Márcia Tavares.

Ainda no domingo (13), o retrato-falado da possível seqüestradora já havia sido divulgado pela polícia paranaense. Várias pessoas, entre elas testemunhas que alegam terem visto a mulher no momento em que retirou a criança da maternidade, já foram ouvidas pela polícia. De acordo com a delegada, a suspeita tem entre 25 e 30 anos, é branca, cabelos castanhos claros, olhos castanhos escuros e altura entre 1,55 e 1,60m. No momento que escapou do hospital com a criança, a mulher trajava calça e camisa escura e tinha um bolsa bege, do tipo mochila, com um bordado cinza. "Não vamos medir esforços para localizar o bebê. O Paraná é conhecido nacionalmente por ter acabado com o seqüestro de crianças e vamos manter nossas estatísticas positivas", disse a delegada.

A polícia não divulga ainda se já tem pistas da seqüestradora. A delegada conta com denúncias da população que pode, através do retrato-falado, ajudar a descobrir o paradeiro da criança e da criminosa.

Seqüestro

O crime aconteceu na madrugada de domingo (13), entre meia-noite e 1h, dentro do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, no bairro Bigorrilho. Uma mulher, vestida de enfermeira, entrou no hospital pela garagem, se identificando, na portaria, como enfermeira do Hospital Cajuru. Ela subiu, entrou no quarto coletivo do hospital, onde estava uma mãe amamentando e Joseane, mãe de Gabriele, deitada e sonolenta porque havia sido medicada com problemas de pressão alta. Com o pretexto de levar a criança para fazer exames, a seqüestradora levou o bebê. Fora do hospital, um homem que havia saído para comprar cigarros alega ter visto a seqüestradora e já prestou depoimento à polícia.

Eficiência

Desde 10 de agosto de 1995, quando o Sicride foi criado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, foram registrados 758 casos de crianças desaparecidas. Deste total, 750 crianças foram encontradas. No ano passado (2004), o Serviço atendeu a 111 casos de desaparecimentos de crianças e todas foram localizadas. As informações podem ser repassadas no telefone do Sicride, (41)224 6822. 

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