Outro caso

Carro zero vira dor de cabeça para consumidor

Mais um consumidor teve problemas menos de um ano depois de comprar o carro zero quilômetro. Na última terça-feira (09) o caso da dona Odete, que batalha para trocar um Celta com defeito no câmbio comprado em maio do ano passado, foi noticiado pela Tribuna.

O analista de manufatura Fábio Ambonatti Brito, de 24 anos, passa por uma situação parecida. Ele comprou um Corsa, coincidentemente também fabricado pela Chevrolet, em maio de 2012.

Em dezembro o veículo foi levado para revisão dos 10 mil quilômetros e voltou com um problema no freio. De lá para cá foi muita dor de cabeça e nada resolvido.

Foram quase três anos para Fábio e sua mulher, Neuciane Osana de Souza, juntarem o dinheiro para comprar o primeiro carro. Ele queria comprar um semi-novo, para “pegar um mais completo”, mas ela preferiu um zero quilômetro, para evitar os problemas mecânicos. O pagamento do Corsa, comprado na Gran Park, foi feito à vista.

Segundo Fábio, estava tudo certo com o veículo até a revisão dos 10 mil quilômetros em dezembro de 2012, feita na Metrosul. “Voltou com problema no freio, quando pisa no freio o carro inteiro trepida”, conta.

Nos últimos cinco meses ele levou o veículo à concessionária várias vezes e, apesar da troca de muitas peças, o defeito persiste. “Ando com medo, mas enquanto não resolve é o que tenho. Não tem jeito nem de viajar com o carro assim”, relata.

Fábio não conseguiu resposta da Chevrolet e continua tentando a troca do veículo na concessionária. “Se não resolveu em cinco meses, não vai ser em um ou dois dias que isso vai acontecer”, afirma.

Ele não entrou com uma ação no Procon até agora. A coordenadora do Procon-PR, Cláudia Silvano, orienta que ele procure o órgão de defesa do consumidor para que a situação seja apurada e seus direitos defendidos.

Problema de fabricação

O advogado da Metrosul, Joel Oliveira, destaca que o problema do carro é de fabricação, e a empresa como fornecedora não tem deixado de atender Fábio e fará todos os ajustes necessários. “É uma questão de ajustes, porque o problema não é um vício, que seria um defeito que torne o bem imprestável ou diminua o valor substancial”, explica.

Joel diz ainda que na revisão de dez mil quilômetros não é feito nada que possa afetar o sistema de frenagem ou a suspensão do veículo. “Talvez o problema já existisse e eles não tenham percebido”, complementa.

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