O terminal público Barão de Teffé, no Porto de Antonina, voltou a funcionar em junho desse ano, após ficar paralisado durante quase um ano. Desde então, já foram movimentados mais de 100 mil toneladas de granéis sólidos (fertilizantes), sendo que já está escalada a movimentação de 206.726 toneladas de granéis sólidos até o final de setembro. A expectativa é que o terminal público movimente cerca de 1,2 milhão de toneladas de granéis sólidos por ano.
A paralisação do terminal público em Antonina ocorreu na gestão do governo anterior, quando o Consórcio Ponto Forte, empresa paranaense dona dos equipamentos (barcaças e guindaste especial), transferiu suas operações para os terminais de São Francisco e Itajaí, em Santa Catarina. Quando a atual diretoria da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) assumiu, o Porto estava parado, sem equipamentos.
A partir de negociação intensa do superintendente da APPA, Eduardo Requião e do diretor do Porto de Antonina, Juarez Morais e Silva, a empresa voltou a operar em Antonina e as barcaças já estão fazendo a transferência de mercadorias dos navios para o terminal Barão de Teffé. Os navios não podem atracar diretamente no terminal público porque o calado é raso e não comporta o tráfego de navios de grande porte. As operações são feitas com transbordo por barcaças entre os navios e o cais do porto.
Potencial
Em 45 dias de operação, o terminal público Barão de Teffé já arrecadou mais de R$ 300 mil, sendo que o potencial de arrecadação é de R$ 2 milhões, destacou Morais e Silva. Para 2004, as empresas do agronegócio já contrataram a movimentação de 600 mil toneladas de fertilizantes no terminal público.
A reativação do terminal público, no porto de Antonina, aumentou em 25% a capacidade de recepção de granéis sólidos do Porto de Paranaguá, informou Morais e Silva. Ele acredita que a fila de espera para descarregar fertilizantes em Paranaguá que hoje demora de 25 a 30 dias, gerando prejuízos para as empresas, será revertida.
A reativação provocou impactos também na geração de empregos. Cerca de 100 empregos diretos já foram gerados, com a expectativa de serem contratadas mais 200 pessoas dentro de 90 dias. Através do envolvimento de estivadores, arrumadores, conferentes já foram criados cerca de mil empregos indiretos.