Jornais são a principal fonte de informação

São Paulo

– Mesmo com um alcance bem mais limitado que outros meios de comunicação de massa, como a TV, os jornais são a principal fonte de informação a que o consumidor brasileiro recorre quando decide realizar uma compra. É o que revela pesquisa da Ipsos-Marplan, divulgada esta semana durante o 4.º Congresso Brasileiro de Jornais: para 28% dos brasileiros, o jornal é a principal fonte de informação consultada antes de realizar uma compra. A segunda maior fonte são os vendedores ou corretores, com 21%, e 14% dizem recorrer a informações da TV.

“No momento da compra, o jornal revela toda a sua força, porque é barato, traz informações diversificadas, sempre atualizadas, e é prático”, diz o diretor-executivo da Ipsos Opinion, Örjan Ölsen, divisão responsável pela pesquisa.

Ele observa que os resultados da pesquisa são importantes também porque, ao contrário da TV, que está presente em 98% dos domicílios urbanos do país, a circulação diária dos jornais brasileiros é bem mais restrita: 6,9 milhões de exemplares em 2002, segundo número da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

A Ipsos-Marplan ouviu 960 pessoas dos mais diferentes perfis sócio-econômicos nas principais capitais do País. Apenas 13% dos entrevistados, por exemplo, lêem jornal diariamente, enquanto 30% o fazem uma única vez por semana. Apesar disso, observa Ölsen, a pesquisa revela que, pela freqüência com que recorre ao jornal quando está pensando em comprar algo, o leitor é muito pragmático: adquire o jornal e vai direto à seção que o interessa.

Quando indagados sobre o principal meio a que recorreu para se informar, decidir sobre cinema, teatro ou outro tipo de lazer, 48% dos entrevistados responderam jornal. A TV, nesse caso, aparece como segunda opção mais procurada, com 17% das respostas. Para alugar uma casa ou apartamento, 52% optam pelo jornal, contra 30% que recorrem a um corretor. Para comprar um veículo, 39% recorrem ao jornal, contra 23% que procuram um vendedor e 13% que consultam amigos.

“Para o consumidor a questão não é mais simplesmente ter lazer, mas exercer a opção de lazer que lhe vai despender menos tempo e dinheiro. E o jornal oferece opções atualizadas de maneira prática e organizada para que ele também possa comparar preços”, diz Ölsen.

Mas a TV leva vantagem em alguns casos. É o caso de roupas e calçados (23% contra 18% para o jornal), ou a abertura de conta bancária (19% contra 9%).

“O jornal é o meio mais indicado quando se pergunta onde se informar sobre qualquer assunto. Mas o anunciante deve estar atento, porque as pessoas hoje usam os veículos de forma diferente. Ele é muito mais ativo do que simples espectador e recorre aos veículos de forma complementar, em busca de valores específicos.”

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