Em um encontro com políticos no Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, o candidato à Presidência pelo PDT, senador Cristovam Buarque (DF) acusou neste sábado (23) a Polícia Federal de esconder informações no caso do dossiê Vedoin.
Para Cristovam Buarque, a PF não divulga tudo o que sabe sobre a origem do R$ 1,75 milhão apreendido com petistas na semana retrasada. O dinheiro, entre reais e dólares, seria usado para comprar o dossiê contra tucanos. "Será que esse eleitorado votaria (no presidente Lula) se soubesse o que realmente está envolvido. O candidato do PDT disse ainda repudiar a declaração do presidente Lula, que acusou a oposição de ser "golpista".
Na opinião de Cristovam, as investigações sobre o dossiê antitucano não estão sendo tratadas como deveriam. "Não pode deixar como está faltando 200 horas para a eleição." O candidato do PDT defende que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), todos os candidatos que disputam a Presidência e a imprensa deveriam ser mais bem informados sobre as apurações.
Ele acredita que, com a sucessão de escândalos, a vitória do presidente Lula já no primeiro turno pode estar ameaçada. O pedetista disse ainda não saber quem vai apoiar num eventual segundo turno. "Isso não é uma decisão minha, mas uma decisão partidária", afirmou
Segundo Cristovam Buarque, não houve erro na sua estratégia de campanha, apesar dos baixos índices nas pesquisas de intenção de votos. "Erro é quando se poderia fazer diferente e não fez. Eu não teria como fazer nada diferente. O brasileiro está acostumado a ouvir que a solução é o progresso e chego eu dizendo que é a educação. É subversivo", afirmou.
O senador e ex-ministro da Educação acredita ainda ser pouco conhecido pelo eleitorado brasileiro, situação agravada, segundo ele, pelo pouco tempo a que tem direito no horárioeleitoral gratuito no rádio e na televisão.
