Varas Judiciais auxiliam investigação, afirma Dipp

São Paulo  – As varas judiciais criadas este ano para julgar casos de lavagem de dinheiro estão sendo fundamentais no combate ao crime organizado, impedindo que dinheiro ilícito seja colocado no mercado de forma legal, afirmou hoje o ministro do Superior Tribunal da Justiça (STJ), Gilson Dipp. “Eles (os criminosos) atuam como empresas. Se uma empresa não tem dinheiro legal circulando, ela deixa de existir”, explicou Dipp durante a conferência A Prevenção e o Combate à Lavagem de Dinheiro.

Já estão em funcionamento as varas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará e Pernambuco. Uma nova vara será instalada em breve em São Paulo, informou o ministro. A criação de varas especializadas é inédita no mundo. Em Foz do Iguaçu, onde fica a tríplice fronteira, está concentrado o maior número de incidência de atividades ilegais. Só em Curitiba, estão em andamento 1.500 processos de lavagem de dinheiro.

Justiça já recebeu 8 denúncias

Das nove denúncias apresentadas pela força-tarefa do Ministério Público Federal em 1.º de agosto à 2.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, especializada em crimes contra lavagem de dinheiro, já foram recebidas oito. As duas maiores foram aceitas no dia 7 de agosto. Outras seis foram recebidas nos dias seguintes. Apenas uma das denúncias está em fase de conferência de alguns documentos. As nove denúncias resultaram de cerca de 500 inquéritos e envolvem 194 denunciados, que praticaram, em tese, remessa ilegal de dinheiro para o exterior, utilizando-se principalmente de bancos e casas de câmbio em Curitiba e Foz do Iguaçu.

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