A funkeira Valesca Popozuda recebeu um convite inesperado dos formandos de Estudos de Mídia da Universidade Federal Fluminense e foi patronesse da turma. Valesca revelou ter ficado surpresa e contente com o convite da turma, recebido na semana passada. “Foi uma honra, fiquei muito feliz. Eu perguntei se não era pegadinha, mas cheguei à conclusão de que não faço sucesso por causa da minha bunda. Se meus fãs me amam, não é por causa do meu corpo, é por causa da minha música”, diz.
A escolha dela veio da vontade de reconhecer a cultura de massa, revelou Letícia Gabbay, uma das alunas da turma de Estudos da Mídia: “A gente quis homenagear a cultura de massa. E o movimento funk hoje é muito forte e a gente quis estar junto disso”.
A estudante acrescentou que o fato de Valesca ser polêmica também pesou na decisão quando eles decidiram romper com a escolha de professores para o cargo. “A Valesca é polêmica, uma mulher que canta o erótico e a gente quis chocar”, explicou.
A cantora acredita que está contribuindo para marcar uma geração com suas músicas. “Claro que não sou um Caetano Veloso nem um Roberto Carlos da MPB, porém acredito que assim como eles, em suas épocas, quebraram barreiras e marcaram uma geração com suas músicas e letras, eu também esteja fazendo isso”, afirma.
Para ela, os temas que costuma abordar em suas canções contribuem para a cultura da nova geração. “Ao falar da liberdade sexual, da mulher que é traída e não fica em casa chorando e das minorias, eu entendo que sim, para a cultura da nova geração e da geração do funk eu estou contribuindo. E fico muito feliz por isso”.
