Um Paulo Autuori muito motivado. Esta foi a primeira impressão que o novo treinador do Atlético deixou na tarde desta sexta-feira (11), quando foi apresesentado oficialmente pelo presidente do clube, Luiz Sallim Emed. O novo comandante do Furacão por muito pouco não trocou a carreira para trabalhar com gestão de futebol, por estar desapontado com a forma que o futebol brasileiro vem sendo conduzido. Mas a proposta do Rubro Negro fez com que ele mudasse de ideia.
“É um orgulho, uma honra poder trabalhar no Atlético. Deve encher de orgulho qualquer profissional que possa trabalhar aqui. Todos sabem que sou crítico a tudo aquilo que ocorre no futebol brasileiro, eu estava com a minha agenda desviada de trabalhar como técnico por aqui, mas o que me seduziu no Atlético foram ideias e coerência que pude encontrar aqui. Nos outros clubes onde eu trabalhei, normalmente a iniciativa era minha de trabalhar com a formação. Nenhum clube terá futuro se não trabalhar com a formação e o Atlético busca isso. O processo agora foi inverso e reacendeu toda a minha esperança e me fez aceitar a proposta”, explicou Autuori.
Desta forma, a partir de agora, o Atlético dará mais oportunidades às revelações oriundas das categorias de base. Um sonho antigo do comandante atleticano, que pode se tornar realidade aqui em Curitiba. “Ninguém pode ser radical. A essência do clube é dar ênfase à formação dos jogadores. O que me deixou satisfeito foi ver essa ideia aqui. Mas é preciso desenvolver uma metodologia, que o Atlético me ofereceu. Meu trabalho agora será oportunizar, dar chances reais”, acrescentou ele.
Até por isso, Bruno Pivetti, até então técnico da base e interino da equipe principal nos últimos dois jogos, será uma espécie de segundo treinador, para ajudar Paulo Autuori nessa transição e observação da garotada.
Títulos
Embora o foco seja pensar no futuro, o novo treinador sabe que o futebol exige títulos para que o trabalho possa ter continuidade. No entanto, ele acredita que para alcançar os objetivos, é preciso confiar naquilo que vem se fazendo.
“A situação de títulos é consequência daquilo que se faz. O responsável pela equipe de cima tem que ser aberto a toda essa metodologia. Na minha perspectiva, este é o grande lance que pode criar um grande diferencial, além daquilo tudo que o Atlético oferece, é um fato fundamental para ter tranquilidade para se trabalhar. Mas a prioridade é suprir as necessidades do clube. Se no caminho pudermos agregar nossas vontades, será ótimo”, destacou Autuori, que garante não temer a pressão que virá daqui para frente.
“Tempo no Brasil ninguém pode pedir em relação ao futebol. A pressão existe, está aí e quem entrar no futebol e não estiver pronto para isso… Você precisa de convicções, argumentos. O profissional enfrenta qualquer coisa, então é uma situação natural do futebol e acontece no mundo todo. As pessoas querem ganhar, mas só um pode ser campeão. Mas é preciso ser inteligente para saber que você não ganhou, mas deu passos importantes”, completou.