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Coronavírus

Setor de serviços tem recorde de 1,6 milhão de empresas ativas e 14,2 milhões de empregados

Dados de 2022 do IBGE mostram que, em apenas um ano, foram abertas mais de 145,9 mil empresas e criados 773,1 mil postos de trabalho; resultado se deve à intensificação do retorno da atividade econômica após o auge da pandemia

28 ago 2024 - 10h10
(atualizado às 14h28)
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RIO - Passado o choque inicial provocado pela pandemia de covid-19, o setor de serviços no País atingiu em 2022 o ápice de 1,640 milhão de empresas ativas, que empregaram um contingente recorde de 14,203 milhões de trabalhadores. Em apenas um ano, foram abertas mais de 145,9 mil companhias, e o setor criou mais 773,1 mil postos de trabalho. Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) de 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Prestação de serviços não financeiros movimentou R$ 518,024 bilhões em salários e outras remunerações em 2022
Prestação de serviços não financeiros movimentou R$ 518,024 bilhões em salários e outras remunerações em 2022
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Estadão

"Parte determinante do desempenho do setor de serviços pode estar associada à intensificação do retorno da atividade econômica após o auge da crise da pandemia de covid-19, além do impulso em setores com forte integração com outras áreas da economia", justificou o IBGE.

"Os resultados da PAS 2022 estão inseridos nesse contexto de plena retomada das atividades produtivas e intensificação de setores-chave na vida de cidadãos e empresas, como é o caso de transportes e tecnologia da informação."

Em relação ao nível pré-pandemia, o País ganhou mais 255,6 mil novas empresas de serviços, uma expansão de 18,4%, e 1,331 milhão de empregos no setor, o equivalente a um aumento de 10,3% no número de ocupados.

Prestação de serviços não financeiros movimentou R$ 518,024 bilhões em salários e outras remunerações em 2022
Prestação de serviços não financeiros movimentou R$ 518,024 bilhões em salários e outras remunerações em 2022
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Estadão

A prestação de serviços não financeiros movimentou um auge de R$ 518,024 bilhões em salários e outras remunerações no ano de 2022. A receita operacional líquida totalizou R$ 2,712 trilhões, e o valor adicionado foi de R$ 1,537 trilhão, a preços correntes de 2022.

O segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio detinha a maior participação na receita operacional líquida dos serviços não financeiros, 29,8% do total, seguido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares (27,8%); serviços de informação e comunicação (19,4%); serviços prestados principalmente às famílias (10,7%); outras atividades de serviços (8,4%); atividades imobiliárias (2,4%); e serviços de manutenção e reparação (1,3%).

Entre os setores mais empregadores em 2022, os destaques foram os serviços profissionais, administrativos e complementares (6,2 milhões), serviços prestados principalmente às famílias (2,8 milhões) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,6 milhões), seguidos por serviços de informação e comunicação (1,3 milhão), outras atividades de serviços (642,1 mil), serviços de manutenção e reparação (429,0 mil) e atividades imobiliárias (315,5 mil).

Quando consideradas as 34 diferentes atividades que compõem o setor de serviços, serviços de alimentação foi a categoria que mais empregou, com 11,6% do total, seguido por serviços técnico-profissionais (11,4%), transporte rodoviário de cargas (8,4%), serviços para edifícios e atividades paisagísticas (8,2%) e serviços de escritório e apoio administrativo (7,7%).

"Portanto, quase metade dos empregos do setor de serviços estava concentrada nessas cinco atividades (47,3%)", ressaltou o IBGE.

O salário médio do setor de serviços foi de 2,3 salários mínimos em 2022, ante um resultado de 2,2 salários mínimos visto em 2021.

Em 2022, o Estado de São Paulo concentrou 45,3% da receita bruta de serviços do País, seguido por Rio de Janeiro (10,7%), Minas Gerais (7,9%), Paraná (5,3%) e Rio Grande do Sul (4,8%).

Estadão
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