Review Honor Magic6 Lite: intermediário tem boa bateria e desempenho

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• Tamanho da tela: 6,78 polegadas
• Resolução da tela: 2.652 x 1.200 pixels
• Painel da tela: AMOLED
• Câmera traseira: 108 MP (principal) + 5 MP (ultrawide) + 2 MP (macro)
• Câmera frontal: 16 MP
• Sistema: MagicOS 8.0 (baseado no Android 13)
• Processador: Qualcomm Snapdragon 6 Geração 1
• Memória RAM: 8 GB
• Armazenamento: 256 GB
• Cartão de memória: Sim
• Capacidade da bateria: 5.800 mAh
• Peso: 185 gramas
• Dimensões: 163,6 x 75,5 x 7,98 mm
• Cores: verde-esmeralda e laranja
• Lançamento: dezembro de 2023
• Preço de lançamento: R$ 3.499

A tela resistente a quedas é um dos principais destaques do Magic6 Lite. Segundo o site da Honor, o celular tem certificação SGS 5 estrelas contra quedas em todo o aparelho. A fabricante informa que existe amortecimento em todo o contorno, proteção com vedação profunda e reforço em pontos estratégicos. Embora eu não tenha arremessado o celular no chão — é claro —, nas poucas vezes em que o smartphone caiu da minha mão, de baixas alturas, não houve um arranhado sequer. Aliás, já veio aplicada uma película de segurança.

As configurações do painel também me agradaram muito, principalmente durante jogos e ao assistir a vídeos. Com tecnologia AMOLED, resolução de 1,5K e taxa de atualização de 120 Hz, o display proporcionou uma experiência realmente imersiva, com cores vivas, detalhes nítidos e alta fluidez. Além disso, o tamanho avantajado de 6,8 polegadas, as bordas laterais e os 1.200 nits de pico de brilho deram um toque especial à jogatina. O ajuste automático do brilho, aliás, é bastante funcional, assim como o uso noturno, que possibilitava leituras agradáveis.

O design do Honor Magic6 Lite é atraente e transmite uma impressão de sofisticação, apesar do acabamento em plástico — que, a distância, pode parecer aço escovado. As bordas laterais chamam atenção e reforçam a sensação de que este é um modelo mais refinado.

Quanto à traseira, onde estão os sensores das câmeras, confesso que, à primeira vista, achei o formato redondo e o tamanho do módulo um pouco estranhos. Contudo, em poucos dias me acostumei e mudei minha percepção para uma mais positiva. Considerando que grandes marcas como Samsung e Apple pouco modificam a disposição dos sensores da câmera, devo reconhecer que a Honor, pelo menos, tem o mérito de tentar inovar neste quesito — goste ou não do estilo.

A leveza e a finura do aparelho me surpreenderam. Segundo a fabricante, o Magic6 Lite tem 7,98 milímetros de espessura e pesa somente 185 gramas. Apenas uma lateral tem os botões de bloqueio da tela e volume. A outra lateral é lisa, e isso confere uma sensação mais "clean'" ao aparelho.

O conjunto de câmeras traseiro do Honor Magic6 Lite é triplo, com uma câmera principal (wide) de 108 megapixels (MP), uma ultrawide de 5 MP e uma macro de 2 MP. Além disso, há uma câmera de selfies de 16 MP. Veja abaixo como os sensores se organizam.

• Câmera principal de 108 MP com abertura de f/1.75
• Câmera ultra wide de 5 MP com abertura de f/2.2
• Câmera macro de 2 MP com abertura de f/2.4
• Câmera frontal de 16 MP com abertura de f/2.45

No geral, as imagens têm ótima qualidade quando em ambientes bem iluminados, principalmente aqueles ao ar livre e em dias bem ensolarados. As fotos de paisagens ficam bem bonitas. Aproveitei um dia com bastante sol no Rio de Janeiro e um passeio que fiz pela Zona Sul da cidade e fotografei alguns pontos. Fiquei bem satisfeito com o resultado, que você pode conferir a seguir.

• Fotos com a câmera traseira (principal e ultrawide):

Também gostei dos resultados com a câmera macro, projetada para capturar detalhes bem próximos. As fotos durante o dia ficaram bem nítidas, e os detalhes das flores e folhas foram bem captados.

Como não tem uma lente teleobjetiva, o Magic6 Lite não oferece zoom óptico, e sim zoom digital de até 8x. Aproveitei a visão da janela da redação do TechTudo para testá-lo. De frente para a minha mesa, avisto a torre da Central do Brasil, estação de transportes localizada no Rio de Janeiro. Conforme fui aproximando, a imagem escureceu, e a câmera perdeu estabilidade. Embora o site da Honor prometa zoom de três vezes sem perdas, como pode ser observado na sequência de fotos, houve perda na qualidade e cor a partir da segunda ampliação.

• Zoom 1x:

• Zoom 2x:

• Zoom 3x:

• Zoom 4x:

• Zoom 5x:

• Zoom 6x:

• Zoom 7x:

Os melhores resultados com a câmera frontal ocorreram em ambientes abertos, com abundante luz natural. No entanto, mesmo ajustando as configurações antes de fotografar, algumas imagens apresentaram o fundo borrado. Em locais fechados ou com pouca iluminação, o desempenho é ainda mais limitado.

• Fotos com a câmera frontal:

Se você quer um celular para fazer vídeos, por exemplo, preciso alertar que, apesar da boa resolução das capturas, a estabilidade deixa bastante a desejar. Como não há estabilização digital ou óptica, será preciso um tripé ou um estabilizador para reduzir os tremores, que ficam bastante evidentes ao andar. A resolução da gravação vai até 1080P.

Com processador Qualcomm Snapdragon 6 Geração 1, o Honor Magic6 Lite teve excelente desempenho durante os testes. O chipset trabalha com 256 GB de memória interna e 8 GB de memória RAM, que podem ser expandidos em mais 8 GB. As configurações garantiram uso fluido de aplicativos do dia a dia e boa performance em jogos.

Um dos testes envolveu instalar o jogo Call of Duty Mobile e jogar por várias horas ao longo de vários dias, durante os quais o smartphone não esquentou. Quando testei o Galaxy M34, intermediário da Samsung, lembro de que o celular esquentou muito, mesmo em jogos muito mais leves. Por isso, para quem quer jogar, o celular da Honor manda muito bem. Além da fluidez na reprodução de gráficos, as imagens têm cores vivas, e as bordas conferem uma experiência imersiva à partida.

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A performance do aparelho também agradou com os aplicativos de uso cotidiano. Usei os apps de streaming Netflix, Spotify, YouTube e todas as redes sociais mais comuns — WhatsApp, Instagram, Facebook e X (antigo Twitter). As aplicações de bancos também funcionaram tranquilamente. Não houve travamentos ou outras falhas que impedissem o bom funcionamento do smartphone.

A bateria do Honor Magic6 Lite é de 5.800 mAh. Segundo a fabricante, a capacidade é suficiente para até dois dias de autonomia, dependendo do tipo de uso do aparelho. Este é, definitivamente, um ponto positivo do smartphone da Honor. Para uso básico, como consultas frequentes às redes sociais, visualização de vídeos no YouTube e sessões de jogos por alguns minutos, a bateria durou um dia inteiro. Quando eu não jogava, a bateria durava quase dois dias completos.

Após a bateria atingir 100%, o próprio celular indicava que havia 44h58min restantes de tempo de carga. Ou seja, quase as 48 horas prometidas pela marca. Esses valores aumentavam se eu acionasse o "Modo Economia de energia" (duração de 52h10min), que ativa o modo escuro, ou o "Modo Ultra economia de energia" (126h19min), que, além de habilitar o modo escuro, desativa a maioria dos aplicativos e recursos que esgotam a bateria.

Enquanto a duração da bateria pode ser um diferencial do Magic6 Lite, o tempo de carregamento não deve não agradar quando comparado ao de celulares concorrentes. Isso porque o celular vem com o carregador Honor SuperCharge de 35 W, potência que não dá conta de repor uma bateria tão grande com rapidez. Com o acessório, o smartphone foi de 0 a 100% em 1h32min.

Na tabela abaixo estão discriminados os percentuais de carga a cada 15 minutos. Para fins de comparação, o modelo concorrente Motorola Edge 50 Fusion, por exemplo, tem suporte para carregamento rápido de 68 W, indo de 0 a 50% em 15 minutos — metade do tempo que levou o celular da Honor.

O Honor Magic6 Lite roda a interface MagicOS 8.0. Baseada no Android 13, ela é bastante fluida e facilmente personalizável. O sistema é intuitivo, com menus bem organizados e transições suaves, o que torna a navegação agradável. Embora o sistema venha com alguns aplicativos pré-instalados, é possível desativar ou desinstalar a maioria, o que libera espaço e deixa o software mais leve.

Entre as funcionalidades interessantes do Honor Magic6 Lite estão a possibilidade de esconder aplicativos, o que garante mais privacidade, e os gestos por movimento, que permitem capturar a tela ou atender chamadas sem tocar no aparelho, por exemplo. A segurança é reforçada com desbloqueio por impressão digital e facial. As especificações de conectividade incluem NFC, para pagamentos por aproximação; suporte a Bluetooth 5.1; Wi-Fi dual-band e redes 5G.

Na caixa, o Magic6 Lite acompanha os itens essenciais, incluindo carregador, cabo USB-C, pino ejetor e capa protetora.

Considerando o desempenho do celular, sim, vale a pena investir no Honor Magic6 Lite. Ele entrega certa sofisticação, é muito leve, tem boas funcionalidades, é resistente e tem bateria potente. No entanto, se você busca custo-benefício, este não é o modelo mais indicado. É possível encontrar smartphones concorrentes com especificações parecidas e por preços bem menores.

O Motorola Edge 50 Fusion, por exemplo, pode ser encontrado por R$ 1.999 no varejo online brasileiro. Ele é superior na câmera frontal, cuja resolução (32 MP) é o dobro da do Magic6 Lite, e no carregamento rápido. Em contrapartida, a câmera principal do celular da Motorola tem resolução inferior, com 50 MP, contra 108 MP do concorrente. Neste caso, cabe ponderar qual é sua real necessidade e interesse.

Um outro smartphone concorrente é o Galaxy A35, que sai por a partir de R$ 1.499. O modelo da Samsung usa a interface One UI, bastante otimizada e elogiada pelos usuários, além de ter melhor custo-benefício. Mas saiba que, se optar pelo Galaxy, possivelmente vai perder em desempenho. O Magic6 Lite, que não está disponível no Brasil e precisa ser importado, tem o menor preço encontrado em R$ 2.209.

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