OLED vs QLED: entenda as diferenças entre os tipos de telas de TV
As tecnologias dominam o mercado de TVs intermediárias e premium, mas têm diferenças pontuais entre elas. Conheça os padrões OLED e QLED e veja qual é o ideal para você.
Por Filipe Garrett, para o TechTudo
OLED e QLED são as tecnologias de tela dominantes no mercado de smart TVs. Embora ambos os padrões costumem apresentar imagens com alta qualidade, eles possuem algumas diferenças importantes. Enquanto o OLED é a referência nas imagens exuberantes, painéis QLED atingem brilho muito mais alto. Nas desvantagens, se o OLED tem risco maior de burn-in e sofre desgaste mais acentuado, telas QLED variam muito em qualidade e podem decepcionar no ângulo de visão. Por isso, antes de decidir qual comprar, vale saber as especificidades de cada tecnologia.
Abaixo, nós comparamos esses dois tipos de tela, que são bem comuns no mercado brasileiro — especialmente o QLED, usado por Samsung, TCL e LG. Conheça as qualidades, limitações e indicações associadas a cada uma das duas tecnologias.
QLED vs OLED
QLED e OLED são duas tecnologias de tela usadas em TVs que dominam o mercado brasileiro. O padrão OLED acena com a promessa de imagem com grandes níveis de contraste, qualidade de cor e imagem. Enquanto isso, o QLED se destaca porque pode gerar imagens muito mais brilhantes, tem vida útil mais longa, além de aparecer em produtos com custo mais baixo.
O que complica as comparações é que, de certa forma, tudo que é vantagem em uma tecnologia é desvantagem na outra. A durabilidade do QLED, por exemplo, é um dos grandes problemas do OLED — sujeito a burn-in e desgaste mais acentuado dos componentes que produzem imagem. Do outro lado, a riqueza no contraste é um ponto fraco do QLED que, usando a mesma tecnologia de telas LED comuns, gera imagens com tons de preto menos intenso e naturais. Isso diminui muito a intensidade da diferença entre cores e intensidades na comparação com o OLED.
Vantagens do QLED sobre o OLED
A tela QLED é, em linhas gerais, um display LED convencional que usa a tecnologia de pontos quânticos para gerar cores mais intensas e vivas. Painéis QLED são mais fáceis de fabricar e, por isso, mais comuns. Eles aparecem, inclusive, em televisores mais baratos. A Samsung, por exemplo, já tem linhas intermediárias mais acessíveis com a tecnologia.
Na comparação com o OLED, uma das grandes vantagens do QLED é que essas telas podem atingir níveis de intensidade de brilho muito mais altos. Em geral, é a melhor escolha para televisores que serão instalados em ambientes muito iluminados, já que o brilho maior acaba compensando a luz natural do cômodo.
Além disso, mesmo que você tenha uma OLED particularmente brilhante, não é uma boa ideia deixar o televisor OLED em brilho máximo o tempo todo. A prática acentua o desgaste sobre os diodos que emitem luz e formam imagens, podendo facilitar a retenção de imagens estáticas no painel — o famoso burn-in. Além disso, também pode gerar desgaste e perda de qualidade dos pixels.
Com o tempo, o OLED vai perdendo cor e brilho. Esse problema vai ser diluído em milhares de horas de uso, mas é importante lembrar que o QLED é muito menos propenso a burn-in e sofre desgaste em escala bem mais prolongada que o OLED.
Um fator de atenção sobre o QLED é que há um nível de variação grande na qualidade desse tipo de tela: como são mais fáceis de fabricar, os displays podem aparecer em aparelhos mais em conta, cenários em que sua qualidade geral pode deixar a desejar. Uma dica para encontrar telas que possam chegar perto do OLED em qualidade de imagem é ficar atento a produtos que ofereçam tecnologias de dimming, como o mini LED.
Vantagens do OLED sobre o QLED
OLEDs são telas que não usam LEDs para iluminar a matriz de pixels onde as imagens são criadas. Nessas telas, você pode imaginar cada um dos pixels que forma a imagem — são mais de 8 milhões deles no 4K — como pequenas lâmpadas, cada uma responsável por regular seu nível de brilho e cor. Como vantagens, telas OLED têm níveis maiores de contraste, qualidade mais uniforme entre diferentes modelos e marcas, além de ângulos de visão mais abertos.
Essa natureza da tecnologia permite que os OLED atinjam uma qualidade e precisão de cor muito superior em tons de preto. Como os pixels que precisam emitir o preto se desligam, a diferença entre tons claros e escuros na imagem fica mais intensa e natural. Isso proporciona uma qualidade que vai impressionar mesmo quem não é tão ligado no assunto.
É verdade que o OLED representa desafios de maiores de manufatura e que isso limita sua oferta em aparelhos mais simples. Mas, por outro lado, isso garante que a tecnologia tenha um padrão de qualidade mais uniforme entre diferentes marcas e modelos. É difícil encontrar, por exemplo, uma TV OLED com uma tela de qualidade mais baixa.
Além disso, como é mais restrito a aparelhos premium, o OLED sempre vem acompanhado do que há de mais avançado em tecnologia de imagem e multimídia. Aparelhos QLED podem não possuir recursos avançados do HDMI, por exemplo, além de oferecerem telas mais lentas, na faixa dos 60 Hz.
Além desses fatores, o OLED garante ângulos de visão mais abertos. Mesmo quem sentar no sofá com visão lateral à tela terá boa visualização do conteúdo, sem distorções e perdas. Se é verdade que o QLED é melhor para espaços iluminados, o OLED é uma escolha melhor para a sala de casa.
Conclusão
As diferenças entre QLED e OLED são bem definidas e, em muitos casos, ajudam a esclarecer melhor as coisas para decidir uma compra. Em busca de algo mais barato e com durabilidade maior? As QLEDs são a sua melhor escolha. Se você procura a melhor qualidade de imagem possível, sempre em pacotes cheios de tecnologia, você não vai se decepcionar com o OLED.
Sobre as desvantagens típicas de cada uma das telas, os problemas podem ser contornados. Burn-in e desgaste acentuado são sim problemas do OLED, mas técnicas recentes em painéis de última geração tendem a diminuir os riscos e a evitar problemas de desgaste. Os OLEDs atuais ainda usam recursos que tornam o desgaste entre os pixels da tela mais homogêneo para diminuir a chance de burn-in.
Do lado do QLED, a critica típica que se faz sobre a falta de contraste absoluto do OLED também é válida. Mas, fora da frieza das fichas técnicas, você teria que ser extremamente exigente para atribuir defeito na qualidade de imagem de uma boa tela QLED. Painéis atuais, com mini LED, recuperam terreno no quesito contraste, contribuindo para cores muito intensas.
Em resumo, é mais interessante escolher seu novo televisor por diferenças práticas, como ângulo de visão favorecendo o OLED, ou intensidade de brilho para o QLED. Dependendo do seu orçamento, ir em busca de algo com 120 Hz no mínimo é essencial, assim como profusão de interfaces, suporte a HDMI 2.1 e suas tecnologias.
Com informações de Cnet, Business Insider, TechRadar e ArsTechnica
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