Biometria no celular: conheça as formas de proteger seus dados
Métodos de desbloquear celular foram evoluindo à medida que o anterior era superado.
Por Rodrigo Roddick, para o TechTudo
Com o desafio de garantir a segurança e autenticar o verdadeiro usuário rapidamente, as fabricantes estão sempre investindo em novas formas de biometria no celular. No princípio os usuários só podiam contar com uma senha numérica para proteger seus dados bancários, números de cartão de crédito, mensagens particulares e outras informações pessoais. Com o passar do tempo, as maneiras de desbloquear o telefone ficaram mais sofisticadas e passaram a reconhecer as características físicas do indivíduo, conforme você vê no resumo a seguir.
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Impressão digital
Esta biometria funciona basicamente ao reconhecer a digital do usuário. A tecnologia já existia em bancos, academias e até em periféricos de informática. Ela começou a migrar para os smartphones a partir do iPhone 5S, que vinha com um sensor alocado na área frontal do aparelho, no botão Home. Ela perdurou até o iPhone 8 e caiu em desuso com a chegada do iPhone X.
A biometria por sensor digital desbloqueia o telefone rapidamente. No caso dos iPhones, o usuário podia cadastrar o polegar, que geralmente era usado para pressionar o botão Home, e desbloquear o telefone ao mesmo tempo em que acionava o menu. Era uma maneira rápida e eficiente de acessar o smartphone.
O sensor de impressão digital foi considerado muito seguro por um tempo porque a digital é única e não pode ser adivinhada, ao contrário de senhas e códigos numéricos. Entretanto, as pessoas perceberam que poderiam desbloquear telefones alheios ao simplesmente esperar o dono do telefone dormir e posicionar o dedo dele no leitor.
Sensor na traseira
O leitor de impressão digital começou a se fixar nas costas do telefone devido à tendência recente de aumentar as telas. Como antes o sensor ficava na frente, ele ocupava o espaço abaixo do display, o que ocupava boa parte da borda inferior, área que podia ser aproveitada para a tela. Aos poucos o leitor foi diminuindo até desaparecer por completo, migrando então para a traseira. Há celulares que o apresentam nas laterais.
Por ficar escondido, o sensor trouxe um pouco mais de proteção ao usuário, pois as pessoas não conseguiam mais ver facilmente qual dos dedos desbloqueava o celular. Entretanto, o processo era mais lento do quando era posicionado na frente, pois como o usuário não via o sensor, precisava tateá-lo.
O Redmi Note 7 é um dos aparelhos que concentram essa tecnologia nas costas, mas ela também está presente no Galaxy A20 e no A30. A Motorola adaptou o sensor e o incorporou ao tradicional 'M' que marca as costas dos aparelhos da fabricante.
Sensor integrado à tela
Apesar do leitor biométrico não fazer mais parte da área frontal do smartphone, ele ainda assim incomodava o usuário, que tinha que tatear a traseira com dedo ao mesmo tempo que manobrava o telefone para não cair. Mas a ideia de trazer o sensor para frente era inconcebível, pois as fabricantes já tinham aproveitado o espaço para alongar a tela. Desse modo, a alternativa era colocar o leitor integrado ao próprio display.
A ideia levou a tecnologia à nível ultrassônico, gerando mais segurança e rapidez ao contar com escaneamento da digital e a formulação de um molde 3D virtual. No entanto, ela foi facilmente burlada com um simples detalhe: como a maioria dos painéis é feita de vidro, a digital humana deixa marca de calor. Ela então pode ser clonada.
Ainda assim, o sensor sob tela está presente nos smartphones mais avançados do mercado, como é o caso do Galaxy S10 Plus.
Leitor de íris
O Galaxy S8 apresentava um interessante método de desbloqueio: o reconhecimento da íris. A tecnologia mapeia os detalhes únicos que constituem a íris do olho humano (como as características de uma digital) e então autentica o usuário.
É uma maneira muito eficaz que coibia bastante as tentativas comuns de invadir o celular alheio. Contudo, os usuários experts desenvolveram métodos para recriar as características do dono do aparelho e confundir o leitor. Além disso, o reconhecimento de íris era mais lento que a impressão digital.
Reconhecimento facial
Assim como no sensor de impressão digital, a Apple foi precursora do reconhecimento facial. A tecnologia mapeia os traços faciais conhecidos como pontos nodais para autenticar o usuário. O Face ID é o modelo mais rápido e seguro para desbloqueio dos iPhones e está mais veloz no iPhone 11 Pro. Ele é bastante fácil de usar, basta apenas que o usuário encare a lente frontal.
O reconhecimento facial parecia ser a solução dos problemas de segurança até algumas pessoas conseguirem desbloquear telefones alheios utilizando máscaras com os pontos nodais clonados. Em alguns smartphones, a tecnologia, além de precária e defeituosa, leva mais tempo para funcionar.