A Sociedade da Neve: veja história real, elenco e enredo do novo filme Netflix

O drama A Sociedade da Neve estreou na última quinta-feira (4) na Netflix. O longa espanhol do diretor J.A. Bayona (Jurassic World: Reino Ameaçado) retrata o acidente ocorrido com o voo 571 na Codilheira dos Andes, em 1972. O drama é a nova aposta da plataforma para conquistar mais um Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro – e já é um dos pré-selecionados para tal. Estão no elenco principal Enzo Vogrincic (Iosi, O Espião Arrependido), Agustín Pardella (Tudo Pelo Jogo) e Esteban Bigliardi (Morra, Monstro, Morra).

Esta é mais uma produção cinematográfica a narrar a Tragédia dos Andes, quando o avião que levava jogadores de um time uruguaio de rúgbi caiu na Cordilheira dos Andes, no Chile. O incidente já havia sido retratado anteriormente nos cinemas em Os Sobreviventes dos Andes (1976) e Vivos (1993). Se você ficou curioso com a história e quer saber mais sobre o filme e o caso real, acompanhe a seguir.

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A Sociedade da Neve é mais uma produção a retratar o incidente ocorrido na Cordilheira dos Andes em 1972 — Foto: Divulgação/Netflix

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Enredo de A Sociedade da Neve

No começo da década de 1970, um time de rúgbi deixava Montevidéu, capital do Uruguai, com destino a Santiago, Chile, para participar de um jogo. Ao todo, haviam 45 pessoas no avião fretado, entre passageiros e tripulantes. No entanto, após passar por uma forte nevasca, o avião não resistiu e caiu no meio da Cordilheira dos Andes. Parte da tripulação sobreviveu, mas eles enfrentarão um difícil dilema moral se quiserem continuar vivos até a chegada do resgate.

Elenco

Além do trio principal, fazem parte do cast Tomas Wolf no papel de Gustavo Zerbino, Diego Vegezzi (Toublanc) interpretando Marcelo Pérez, Esteban Kukuriczka (Betibú) dando vida à Adolfo “Fito” Strauch, Francisco Romero interpretando Daniel Fernández Strauch, Rafael Federman (Los Sonámbulos) como Eduardo Strauch, Felipe González Otaño (O Caçador) sendo Carlitos Páez Agustín, e mais. Bernat Vilaplana (O Labirinto do Fauno) e Jaime Marques (Intrusos) assinam o roteiro junto com Bayona.

Avião que transportou 45 passageiros de Montevidéu para Santiago caiu no meio da Cordilheira dos Andes — Foto: Divulgação/Netflix

A história real por trás do filme

A tragédia relatada em A Sociedade da Neve aconteceu em 13 de outubro de 1972. Assim como é mostrado no filme, o avião da Força Aérea Uruguaia 571 caiu nas profundezas da Cordilheira dos Andes, região chilenacom 3,6 mil metros de altitude e que pode chegar até 40 graus abaixo de zero. O impacto causou a morte de 12 pessoas somente no impacto. No decorrer dos dias, outras 17 vítimas não resistiram aos ferimentos e demais condições adversas.

Foi aí que os demais sobreviventes enfrentaram um forte dilema: utilizar ou não os cadáveres como alimento. Como a alimentação era escassa e os corpos estavam preservados pela neve, o grupo recorreu ao canibalismo até a chegada do resgate, que chegou no dia 22 de dezembro, 72 dias após o acidente. Para a construção do filme, Bayona se inspirou no livro homônimo escrito pelo jornalista uruguaio Pablo Vierci, amigo dos sobreviventes.

Queda do avião vitimou 29 pessoas, restando apenas 16 sobreviventes — Foto: Divulgação/Netflix

Repercussão entre público e crítica

No momento, o título possui nota 8 no IMDb, com base na votação do público. Os agregadores Metacritic e Rotten Tomatoes registraram nota 71 e aprovação de 90%. No consenso dos críticos do RT, é dito que o longa "traz uma habilidade técnica magistral em sua história de tragédia da vida real, mas nada nesse espetáculo prejudica sua mensagem simples e poderosa."

Nick Schager, do portal The Daily Beast, elogiou o trabalho da direção de Bayona em Sociedade da Neve, afirmando também que "(o filme) é um tributo adequado àqueles que pereceram e conseguiram escapar de uma fatídica morte na montanha." Por outro lado, Ben Kenigsberg, do The New York Times, considerou o filme "confortável demais" em sua análise. "Trata-se de um filme perverso por ser assistido da forma como a maioria das pessoas o verá: na Netflix, na proteção de suas casas, com uma geladeira por perto", ironizou o crítico.