Jogamos Resident Evil Village no iPhone 15 Pro; veja impressões
Game de terror ganha versão para iPhone e iPad nas versões mais recentes; gráficos são perfeitos, mas pequenos travamentos e controles na tela atrapalham um pouco
Resident Evil Village chegou para iPhone 15 Pro e iPads com chip M1 ou superior nesta segunda-feira (30). O game, lançado originalmente em 2017, agora pode ser jogado de forma nativa nos dispositivos iOS mais recentes, entregando bons gráficos e até mesmo suporte a controles na tela sensível ao toque. Essa experiência, porém, não é a mais indicada.
Durante os testes feitos pelo TechTudo de forma antecipada ao lançamento, a jogatina com um controle Bluetooth foi um diferencial, já que as limitações dos botões na tela atrapalharam um pouco a gameplay - sobretudo durante os combates. Mas, para além disso, a opção de jogar no celular de forma nativa é interessante, já que não é necessário conectar o iPhone à Internet para curtir o clássico de terror. Veja, a seguir, mais detalhes dos nossos testes no iPhone 15 Pro.
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Poucas opções para jogar
Primeira crítica que merece destaque é a respeito do pequeno leque de opções para jogar, já que o título exige processadores A17 Pro ou M1, nos iPads. Além do iPhone 15 Pro, celular que custa a partir de R$ 9.299 no Brasil, o usuário pode rodar a nova versão de Resident Evil Village no iPhone 15 Pro Max, que sai a, pelo menos, R$ 10.999, além dos iPad Air e iPad Pro, que saem por R$ 6.999 ou R$ 9.799, respectivamente.
Gráficos de alta qualidade…
A tela OLED de 6,1 polegadas do iPhone 15 Pro conta com tecnologia Super Retina XDR e resolução de 2556 x 1179 pixels. Essas especificações prometem bastante coisa, e já é possível perceber a alta qualidade no uso casual do celular. Em Resident Evil Village, isso se traduz em cenários bem fiéis ao que é visto nos consoles, com destaque para a iluminação e também para as partes mais escuras do game, que entregam um verdadeiro breu - importante para um jogo de terror.
Outro fator que se destaca durante a gameplay é a taxa de atualização do visor, que chega a 120 Hz. Assim, o frame rate do jogo se mantém estável, sem engasgos e problemas que atrapalhem a experiência. Na parte visual, o título mantém o que foi visto em 2017 e aproveita ao máximo o hardware poderoso do celular.
… A jogabilidade nem tanto
Mas, se os engasgos na tela não são recorrentes, há, sim, alguns travamentos. Os testes do TechTudo aconteceram em um iPhone 15 Pro com 1 TB de armazenamento, ou seja, com bastante espaço disponível para baixar a versão de teste do jogo. No processamento, o chip é o próprio A17 Pro, única opção disponível na geração mais recente da Apple, que traz GPU de 6 núcleos.
O jogo não roda tão liso quanto o imaginado, e também contribui bastante para o aquecimento do celular. Em termos de bateria, 10 minutos foram suficientes para diminuir em cerca de 8% a carga disponível, um tempo até esperado se comparado a notebooks gamer e consoles portáteis no mercado.
Mas, o principal problema na jogatina foi o controle por meio da tela sensível ao toque. Essa opção já não é a ideal em diversos jogos oferecidos no Xbox Game Pass via Cloud Gaming, por exemplo. A necessidade de reproduzir todos os comandos presentes em um controle tradicional na tela de 6,1 polegadas passa por cima da praticidade, e, o recomendado, é ter um joystick em mãos para aproveitar ao máximo a experiência. Caso contrário, você não vai sobreviver às hordas de mortos-vivos presente no game.
iPhone 15 Pro como ‘console’ portátil
Se a jogabilidade acaba sendo um pouco prejudicada pelos travamentos e pela opção de controles na tela - que, vale ressaltar, pode ser reconfigurada pelo usuário -, ter a possibilidade de jogar Resident Evil no celular é algo bem interessante. Pensando em viagens ou jogatinas rápidas, basta acessar o app no celular e começar a jogar. Os loadings não são demorados e o jogo inicia rapidamente na tela do celular, além de ser possível pausar, abrir outro app, e depois voltar ao mesmo ponto onde parou no game.
Além do game em si, a Apple oferece o serviço Apple Arcade, com diversos jogos disponíveis para baixar na assinatura, como NBA 2K, Horizon Chase 2, entre outros. Dessa forma, o celular pode funcionar, sim, como uma plataforma gamer em situações específicas, apesar de não ser o seu foco. A expectativa é de que a maçã disponibilize ainda mais títulos AAA no futuro, incluindo Resident Evil 4 Remake e até o mais recente Assassin’s Creed Mirage.
Por enquanto o único dessa “leva” já disponível, Resident Evil Village pode ser jogado gratuitamente até certo ponto, mas custa ao menos R$ 76,90 na versão completa. Há ainda a expansão Winters, que conta a história da filha de Ethan, protagonista original, saindo a R$ 48,90.
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