Em um cenário marcado pela alta na busca por crédito e, ao mesmo tempo, pelo aumento crescente do número de roubos de identidade, a Serasa Experian realizou um estudo feito a partir de 1.135 entrevistas que mostra que mais da metade (51%) dos indivíduos esperam que as empresas adotem medidas para proteger seus dados online.
Esse número demonstra como a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) gera impacto em companhias de todos os portes, à medida que elas precisam equilibrar a personalização das ofertas com questões regulatórias. Mais do que uma exigência legal, a adequação é um diferencial para consumidores, investidores e parceiros que querem avaliar conduta, integridade e capacidade de entregar valor.
Caio Rocha, Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, explica que “a utilização de tecnologias avançadas de prevenção a riscos demonstra o compromisso da marca com a proteção dos dados e transações de seus clientes. Esta prática não só atrai consumidores mais cautelosos, mas também pode acelerar a construção de uma reputação sólida e confiável para a marca emergente”.
Mas, afinal, quais são as boas práticas para a proteção de dados? Como atuar em conformidade com a LGPD quando o assunto é fidelização de leads, gestão de carteira, adequação de políticas internas e concessão de crédito? É sobre isso que viemos tratar hoje. Aproveite a leitura!
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Qual é a importância da gestão de limite de crédito?
A gestão de limite de crédito é uma prática fundamental para empresas de diferentes portes e setores que buscam manter uma operação financeira saudável. E o sucesso, nessa prática, envolve a análise e o monitoramento de uma vasta gama de dados comportamentais negativos e positivos associados a dados premium diversos, como:
- Índice de principalidade;
- Indicador de volatilidade, exposição, rentabilidade, rolagem e estabilidade financeira;
- Score behavior e propensão à compra;
- Segmentação de cobrança;
- Geolocalização;
- Afinidade e comportamento.
A partir da análise completa desses dados e definindo critérios adequados, as organizações conseguem equilibrar o desejo de expandir negócios com as necessidades de proteger-se dos perfis mais arriscados, melhorar o fluxo de caixa e ter um melhor entendimento das receitas futuras - além de manter uma carteira de clientes sustentável, estável e menos exposta a riscos.
Além disso, ao personalizar tais critérios e políticas internas com base em dados comportamentais e históricos financeiros dos clientes, como os oferecidos pelo Cadastro Positivo na gestão de limite de crédito, as empresas conseguem criar uma relação mais sólida e de longo prazo com seus parceiros comerciais.
Mas como alcançar essa abrangência de conhecimento por meio de bancos de dados tão densos sem comprometer a integridade das informações coletadas sobre pessoas físicas e jurídicas? A resposta é simples: adotando as diretrizes estabelecidas na Lei Geral de Proteção de Dados.
Desde agosto de 2020, todas as empresas que atuam com qualquer política de crédito estão sujeitas às disposições da LGPD, que regulamentam desde a obtenção até o modo como poderão ser utilizados dados sensíveis durante a jornada de crédito. Continue a leitura para entender melhor como isso funciona!
Quais são os principais aspectos da LGPD quanto a proteção de dados?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um marco que estabelece princípios e responsabilidades durante os processos de coleta, utilização, acesso, reprodução, distribuição, armazenamento, eliminação, modificação e comunicação de dados pessoais diversos.
Um dos seus princípios básicos é a minimização de dados, ou seja, a coleta apenas de informações convenientes para a proposta específica. De forma breve, a finalidade consiste em levar transparência aos titulares sobre quais situações e de que forma seus dados pessoais — sensíveis e anonimizados — podem ser tratados.
Além disso, a LGPD reforça a proteção de dados confidenciais relacionados à gestão de limite de crédito, como as informações financeiras e os documentos pessoais - que podem ser usados em fraudes ou roubos de identidade.
É válido lembrar que também seguem em vigor e aplicáveis as regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC) para o tratamento dos dados negativos e da Lei do Cadastro Positivo para o tratamento dos dados positivos.
As deliberações para o descumprimento da LGPD incluem multas que podem chegar a 2% do faturamento da empresa, limitadas a R$ 50 milhões por infração. É importante ressaltar que as penalidades não são aplicáveis apenas em casos de vazamentos, mas por qualquer infração à legislação como um todo.
Assim, o principal insight que podemos extrair é que a conformidade com a LGPD não é apenas uma questão legal, mas um fator de competitividade no mercado. As empresas que demonstram o compromisso com a privacidade e a segurança dos dados tendem a ganhar mais confiança de seus clientes.
Como fazer a gestão de limite de crédito em conformidade com a LGPD?
Confira as dicas que a Serasa Experian tem para a sua empresa!
1. Entenda a LGPD e seus requisitos
O primeiro passo para fazer a gestão do limite de crédito em conformidade com a LGPD é entender os requisitos da lei. Isso inclui a necessidade de transparência no tratamento de dados, garantindo que os clientes saibam como suas informações serão utilizadas.
Além disso, a especificidade dos dados deve ser clara, ou seja, os dados devem ser obtidos com um propósito bem definido e não podem ser usados para fins específicos não autorizados.
As empresas também devem garantir que seus processos estejam sempre atualizados com as diretrizes da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que fiscalizem o cumprimento da LGPD e emitam orientações sobre como as organizações devem tratar dados pessoais.
2. Mapeie o fluxo de dados da sua empresa
Mapear o fluxo de dados é essencial para garantir que uma organização mantenha sua gestão de limites em conformidade com a LGPD. O processo envolve a identificação de todas as fontes de dados que a empresa utiliza no ciclo de crédito, desde a coleta até o armazenamento e a eventual eliminação.
Esse mapeamento ajuda a identificar possíveis vulnerabilidades e garante que todas as etapas do ciclo de dados sejam seguras e em conformidade com a legislação. Também é fundamental entender quem tem acesso a esses dados dentro da organização e garantir que eles sejam usados apenas pelas pessoas que realmente precisam para suas funções específicas.
3. Obtenha o consentimento informado dos usuários
Um dos pilares da LGPD é o consentimento informado. As companhias devem garantir que os clientes compreendam claramente que seus dados estão sendo encontrados e como serão utilizados.
Por isso, formular termos de consentimento claros e acessíveis por uma política de crédito é fundamental para garantir que os titulares dos dados estejam cientes de suas escolhas.
Vale mencionar que esse consentimento deve ser explícito e pode ser retirado a qualquer momento pelo cliente, reforçando a importância de manter uma relação transparente e baseada na confiança.
4. Implemente medidas de segurança eficientes e automatizadas
Para proteger os dados pessoais, é essencial implementar medidas de segurança robustas. Isso inclui proteção de dados sensíveis, controle rigoroso de acessos e adoção de práticas de segurança de informações que ajudam a prevenir vazamentos.
Firewalls e autenticação multifatorial também são práticas recomendadas para fortalecer a proteção contra acessos indevidos e garantir a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Além de aumentar a eficiência, esses níveis extras e automatizados de segurança também reduzem o risco de erros humanos que podem levar a brechas para o vazamento de informações.
Nos últimos oito anos, a Serasa Experian tem se dedicado a criar um ambiente seguro para empresas e consumidores alinhado às exigências da LGPD. Aqui, oferecemos um ecossistema de segurança de ponta, com soluções tecnológicas e APIs que combinam inteligência analítica e uma abordagem externa para a proteção de dados pessoais.
Nossa infraestrutura é totalmente adequada aos requisitos da Resolução Conjunta do BACEN e CMN — garantimos que os dados sejam processados e armazenados com as tecnologias mais avançadas, como o uso da nuvem, que oferece maior escalabilidade e segurança.
Em outras palavras, permitimos que as empresas que utilizam essas soluções não apenas atendam às exigências legais, mas também obtenham uma vantagem competitiva, já que conseguem adaptar seus processos mais rapidamente às novas regulamentações. Ficou interessado? Saiba mais em nosso estudo publicado!
5. Limite o acesso a dados sensíveis apenas a pessoas autorizadas
Sabemos que nem todos os funcionários da empresa precisam ter acesso a dados confidenciais. Por isso, limitar o acesso é uma medida crucial para evitar vazamentos de informações ou acessos indevidos que podem resultar em perdas significativas.
Para a restrição, podem ser implementados controles de acesso que garantam que apenas os colaboradores responsáveis pela análise de crédito ou gestão de riscos tenham acesso a essas informações, bem como a elaboração de uma política de governança de dados.
Esta última oferece o entendimento e as diretrizes sobre conceitos, regras, responsabilidades, restrições e premissas relacionadas aos processos de dados sensíveis. Elas orientam os funcionários da empresa sobre as iniciativas na condução de atividades de Gestão de Dados definindo as responsabilidades, as circunstâncias, as aprovações e/ou as validações.
Em organizações com mais colaboradores e/ou com número maior de processos estruturados, é importante avaliar a elaboração de políticas específicas para tópicos que podem ser mais críticos, como:
- Captação ou aquisição de dados externos;
- Armazenamento e descarte dos dados;
- Coleta e tratamento de dados de menores;
- Políticas para ingestão de dados em ambientes compartilhados;
- Armazenamento de dados em nuvem.
6. Realize auditorias regulares e monitore continuamente os sistemas
Em sexto lugar, temos auditorias regulares como parte essencial na garantia de que a empresa continue em conformidade com a LGPD. O monitoramento contínuo dos sistemas de gestão de dados ajuda a identificar falhas de segurança ou de conformidade antes que causem problemas mais graves, fazendo com que a organização esteja sempre alinhada às melhores práticas de proteção de dados.
7. Desenvolva um plano de resposta a incidentes
Mesmo com todas as medidas preventivas bem definidas, incidentes de segurança podem ocorrer e sua companhia precisa estar preparada para que os impactos não repercutam em níveis extremos.
Por isso, é importante ter um plano bem definido de resposta a incidentes, que inclua procedimentos para identificar, avaliar e responder rapidamente a situações adversas envolvendo a segurança dos dados. Ele deverá incluir a notificação dos titulares e da ANPD, conforme exigido pela legislação.
8. Conte com as ferramentas adequadas às disposições da LGPD
Por último, mas não menos importante, é essencial contar com soluções tecnológicas que estejam alinhadas às exigências regulatórias para que a gestão de limites de crédito seja a mais eficiente possível.
A boa notícia é que a Serasa Experian oferece soluções que ajudam a fazer uma gestão de crédito segura, com base nos dados premium citados anteriormente, e em total conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados.
Priorizamos as políticas de governança e a educação do mercado sobre o tratamento responsável das informações. E mantendo uma das maiores bases de dados da América Latina, estamos constantemente aprimorando nossas soluções de consulta de crédito e analytics para oferecer as melhores práticas de proteção e privacidade, alinhadas às normativas mais recentes.
Agora que você já conhece os principais aspectos da lei que regula o tratamento de dados pessoais no Brasil, conte com a gente. Juntos, faremos com que os processos de análise, limites e concessão de crédito da sua empresa tragam retornos positivos com a menor fricção aos usuários. Fale com a gente agora mesmo e saiba mais!