Cerca de 52% dos estúdios de jogos utilizam a IA generativa

A indústria dos videojogos tem sido afetada por grandes dificuldades nos últimos anos, com um aumento acentuado do número de despedimentos. De acordo com o relatório anual da Game Developers Conference “State of the Game Industry”, 11% dos programadores entrevistados referiram que foram despedidos no último ano, um aumento em relação aos 7% registados no ano anterior. Além disso, 41% dos participantes afirmaram ter sido afetados por cortes nos postos de trabalho, seja diretamente ou através de colegas, um aumento em relação aos 35% do relatório de 2024. Obrigado Businesswire.

Estes despedimentos foram atribuídos a vários fatores, incluindo a reestruturação interna (22%), a diminuição das receitas (18%) e alterações no mercado ou nas tendências do sector (15%). 19% das pessoas afetadas não receberam uma justificação para os seus despedimentos.

A implementação da inteligência artificial generativa também tem levantado preocupações entre os programadores. O relatório da GDC indica que 52% dos locais de trabalho dos programadores utilizam IA generativa; no entanto, cerca de metade dos 3.000 inquiridos mostrou-se preocupada com o impacto desta tecnologia, sendo que apenas uma minoria a vê de forma positiva. As principais preocupações incluem questões de propriedade intelectual, consumo de energia, uma diminuição da qualidade do conteúdo gerado pela IA, potenciais preconceitos nos programas de IA e problemas regulamentares.

Em termos de plataformas de desenvolvimento, tem havido uma maior concentração no PC, com 80% dos programadores a trabalhar em jogos para esta plataforma, contra 66% no ano anterior. Os jogos para browsers também estão a ganhar popularidade, com 16% dos programadores a dirigirem os seus projetos para esta plataforma, em comparação com 10% no ano anterior.

A questão do financiamento continua a ser um problema, com 56% dos criadores a utilizarem os seus próprios fundos para financiar os seus projetos. Outras fontes de financiamento incluem acordos com editores (28%) e contratos de co-desenvolvimento (20%). As dificuldades referidas pelos criadores incluem a instabilidade do mercado, a falta de experiência ou de contactos no sector, a discriminação e a concorrência intensa.