Nego Di doou R$ 100 ao invés de R$ 1 milhão para campanha no RS durante enchentes, aponta investigação
Influencer teria forjado comprovante de doação para vakinha online durante quebra de sigilo pelo MP
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Nego Di, comediante e influenciador digital • Reprodução/Redes sociais
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Dois carros de luxo foram sequestrados pela Justiça com o casal • MPRS/Divulgação
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Um dos carros apreendidos pelos agentes nesta sexta-feira (12) • MPRS/Divulgação
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Celulares e demais equipamentos que possa dimensionar o tamanho do crime investigado foram apreendidos • MPRS/Divulgação
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Agentes cumpriram mandados em Santa Catarina, na residência do casal • MPRS/Divulgação
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Amra de uso restrito das Forças Armadas foi apreendida com Gabriela, que acabou presa em flagrante • MPRS/Divulgação
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Gabriela Sousa e Nego Di, influenciadores digitais do Rio Grande do Sul • Reprodução/redes sociais
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Gabriela Sousa e Nego Di são investigados por suposta lavagem de dinheiro e fraude em rifas virtuais • Reprodução/redes sociais
O influencer Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, teria mentido sobre a doação feita ao estado do Rio Grande do Sul durante as enchentes deste ano.
Nego Di teria doado apenas R$ 100 para uma conta da Vakinha online de uma campanha criada por um amigo que arrecadava fundos, enquanto afirmava nas redes sociais que a doação total era de R$ 1 milhão. A informação foi divulgada pela Band e confirmada pela CNN.
Durante as investigações que levaram o influencer à prisão, suspeito de estelionato, a conta bancária de Nego Di teve o sigilo quebrado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, revelando a fraude da doação.
Fontes confirmaram à CNN que a investigação do MP aponta que o humorista depositou R$ 100 e alterou o recibo para R$ 1 milhão, mas esse valor foi depositado para a namorada.
O que diz o criador da campanha
Em suas redes sociais, o humorista gaúcho Eduardo Gustavo Christ, conhecido como Badin O Colono, criador da Vakinha beneficiada, se defendeu sobre a doação nesta sexta-feira (19). Apesar de ter postado sobre ter recebido R$ 1 milhão de Nego Di na época, ele agora disse não ter como saber se de fato o dinheiro entrou.
“Teve dias que entrou mais de R$ 10 milhões, não tinha como acompanhar se as doações que ele iria fazer ia entrar ou não. Muitos já sabem, o dinheiro foi administrado pelo Instituto Vakinha, eu repassava para eles e eles destinavam. Não tinha como eu saber se a doação entrou ou não”, se defendeu.
“Galera, todo mundo está me mandando mensagem sobre a questão da doação. O que acontece, durante as enchentes, ele [Nego Di] ajudou muito a divulgar a vakinha, e teve um dia que ele me chamou e falou ‘cara, quero doar R$ 1 milhão’. Meu Deus, porque vou negar uma doação? Ele disse um pessoal vai fazer essa doação e no valor total vai ser R$ 1 milhão, vai entrar em partes. Ele mandou o comprovante, eu estava feliz mesmo porque iria entrar uma doação de R$ 1 milhão, por isso eu postei”.
A CNN entrou em contato com a defesa de Nego Di sobre o caso da vakinha e aguarda retorno. Já o MP-RS disse que ainda não irá se manifestar sobre a investigação.
Relembre o caso
O Ministério Público do Rio Grande do Sul investiga o influencer gaúcho por lavagem de cerca de R$ 2 milhões com rifas virtuais promovidas nas redes sociais.
A esposa de Nego Di também foi presa em flagrante, durante a operação, depois que os agentes encontraram uma arma de uso exclusivo das Forças Armadas, sem registro, sob posse dela. Dois carros de luxo do casal também foram apreendidos.
Nego Di também é investigado por não entregar produtos da loja “Tadizuera”.