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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Plano de golpe: PGR cogita apresentar denúncia em janeiro

    Para agilizar investigação, tanto Gonet quanto Moraes vão abrir mão de recesso

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) cogita antecipar para janeiro o oferecimento de denúncia contra os envolvidos em uma tentativa de golpe no país, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Inicialmente, a previsão era de que isso acontecesse a partir de fevereiro, quando se encerra o recesso do Poder Judiciário. Contudo, a prisão do general Braga Netto deve acelerar os próximos desdobramentos.

    Em geral, a avaliação é de que investigações que já contam com pessoas privadas de liberdade devem tramitar mais rápido, para evitar que prisões preventivas se alonguem demais sem uma acusação formal.

    Para dar mais agilidade ao processo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai adentrar o recesso e permanecer em Brasília analisando os relatórios da Polícia Federal (PF) que contêm os indiciamentos.

    Da mesma forma, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) comunicou formalmente à presidência da Corte que vai abrir mão do recesso, para permanecer à frente dos processos sob a sua relatoria.

    Em geral, no recesso do Judiciário, casos urgentes ficam para a decisão do presidente do Supremo, mas desde 2019 alguns ministros têm preferido permanecer trabalhando para não perder o controle do seu acervo.

    Com Gonet na ativa e Moraes de prontidão para analisar tudo o que eventualmente chegar ao STF envolvendo a tentativa de golpe de Estado, a ideia é de que a denúncia já esteja pronta para ser julgada pela Primeira Turma logo nas primeiras semanas de fevereiro.

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