Orientação financeira para microempreendedores
No ramo de crédito, é comum um microempreendedor solicitar o maior valor possível, sem refletir se este valor é adequado para sua capacidade de pagamento ou sem verificar se é realmente necessário ou suficiente. Nestes casos, quando perguntamos se o empreendedor já sabe quanto vai custar o item que pretende adquirir, ou qual o ganho que espera obter com esse investimento, raramente ele tem respostas prontas.
Tal situação reflete uma falta generalizada de educação financeira. Então que tal conferir abaixo alguns tópicos importantes sobre o tema?
Controle do fluxo de caixa: o primeiro passo na educação financeira do empreendedor é aprender a controlar o fluxo de caixa, como as entradas e saídas do dinheiro, o descasamento entre os pagamentos das “contas” e os recebimentos. Muitas vezes, o negócio gera boas vendas, porém o prazo para receber está muito extenso. Sendo assim, o empreendedor pode precisar de um capital de giro para suportar a falta de caixa até o dinheiro entrar. Por outro lado, uma empresa sem planejamento financeiro utiliza o dinheiro sem pensar nas consequências ou levar em conta a situação do mercado.
Viabilidade de novos investimentos: o empreendedor precisa conhecer profundamente o mercado no qual está inserido, suas possibilidades e necessidades. A partir disso, é possível traçar um panorama de gastos e organizar um planejamento do quanto será necessário para começar um negócio ou para mantê-lo em funcionamento. Às vezes, após avaliar com atenção, é possível chegar à conclusão de que um investimento não seria financeiramente viável, gerando mais despesas do que receitas, de modo que seja necessário repensar o investimento.
Avaliar a necessidade de financiamentos ou empréstimos: depois de verificar se um investimento é viável, é fundamental conferir qual é a melhor fonte de financiamento para realizá-lo. É possível investir, por exemplo, com recursos próprios, de um sócio ou de crédito. Caso a melhor opção seja o crédito, é importante conferir as condições oferecidas pelas instituições financeiras e escolher a mais favorável.
Evitar combinar finanças pessoais com as do negócio: este é um erro clássico que atrapalha na gestão do negócio. Embora possa parecer óbvio, muitos empreendedores ainda confundem suas finanças pessoais e empresariais, o que pode levar a um erro grave e comprometer o futuro do negócio. Outro problema associado a esta questão é o empreendedor ficar deslumbrado com o volume de capital que gira nas contas empresariais e ter gastos excessivos (pessoais e empresariais) que comprometam a saúde financeira do seu empreendimento. Para manter o planejamento sob controle, o mais indicado é que o empreendedor determine um valor fixo mensal para ser utilizado – como se fosse um salário.
Em resumo, é importante que o microempreendedor busque se orientar sobre boas práticas de gestão financeira. Os cursos do Sebrae são especializados em micro e pequenos negócios, podendo ser muito proveitosos.
A fim de captar recursos para o seu negócio, o microempreendedor pode contar com o apoio da AgeRio por meio do Microcrédito Produtivo Orientado, uma linha de crédito para MEIs investirem nos seus empreendimentos, com orientação financeira e contribuindo também para o planejamento do investimento. Para agendar uma entrevista técnica na AgeRio e solicitar o microcrédito, entre em contato por WhatsApp – (21) 99011-2657 –, por e-mail – [email protected] – ou por telefone – (21) 2333-1212.
Pedro Paulo Ferreira – Gerente do Microcrédito Produtivo Orientado
Carlos Guilherme Gomes – Analista de Desenvolvimento