A Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no centro do Rio de Janeiro (RJ), foi palco, nesta quinta-feira (17), do XIII Concerto de Natal da Família Imperial. Executado pela Banda Sinfônica do Corpo dos Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, o evento foi promovido com o apoio do Chefe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, e deu início às celebrações do Bicentenário de Dom Pedro II, que serão realizadas ao longo dos próximos dois anos.

O repertório incluiu músicas natalinas e cívicas, como Danças Polovtsianas, Libertas Brasil, Mater Et Magistra, Terra de Santa Cruz, Noite Feliz, dentre outras, proporcionando uma experiência cultural e histórica. A regência foi conduzida pelos maestros Capitão de Corveta (Fuzileiro Naval) Nerias Oliveira Morel e Primeiro-Tenente (Fuzileiro Naval) Irineu Amaro da Rocha Neto.

Fundada em 1809 por Dom João VI, a Banda Sinfônica do Corpo dos Fuzileiros Navais é a mais antiga corporação musical militar do Brasil. Conhecida por preservar tradições musicais, como o uso de gaiteiros em estilo escocês, a banda apresentou peças exclusivas durante o concerto.

“A Casa Imperial do Brasil vinha há meses em contato com a Marinha do Brasil para brindar o povo brasileiro com esse espetáculo. Por isso, agradecemos aos Fuzileiros Navais pela grande apresentação”, destacou o Chanceler Bruno Hellmeth, representante da família imperial.

O Concerto também teve a participação do coral de crianças do Programa Forças no Esporte (PROFESP) Música e Cidadania, programa de desenvolvimento social do Ministério da Defesa, em parceria com outros Ministérios, atendendo cerca de 10.000 crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade social.

Para o fotógrafo Idmar Cid Muniz Barreto, que compareceu ao evento junto com seus funcionários, esse era um momento muito esperado. “Achei uma oportunidade única conseguir viver esse momento, com essa apresentação magnífica. Confesso que fiquei emocionado e maravilhado”, externou.

Marco histórico

O evento também celebrou a importância histórica da Igreja Nossa Senhora do Carmo, que já foi a Capela Real Portuguesa e Imperial. O local sediou momentos importantes da história do Brasil, como a coroação de Dom João VI, em 1816, e os casamentos da Família Imperial, incluindo o da Princesa Isabel, em 1864.

Escolhida por Dom João VI como Capela Real Portuguesa, a Igreja teve um papel central nos eventos políticos e religiosos da época. O templo foi cenário de momentos históricos, como a recepção de Dom Pedro I à sua esposa, Dona Leopoldina da Áustria, em 1817, e a sagração dos imperadores brasileiros.

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