A partir desta terça-feira (17), usuários do Apple Watch no Brasil terão acesso a uma função que detecta possíveis indícios de apneia do sono. A novidade chega após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A apneia do sono é caracterizada por pausas na respiração que ocorrem repetidamente durante o sono. Estimativas indicam que mais de um bilhão de pessoas sofrem com essa condição em todo o mundo, muitas vezes sem diagnóstico. Se não tratada, pode aumentar o risco de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e problemas cardíacos.
Qual Apple Watch detecta apneia do sono?
A tecnologia estará disponível para modelos de Apple Watch lançados a partir de 2023, como a Série 9 e a linha Ultra. Para acessar a novidade, é necessário atualizar o WatchOS no relógio e o iOS no iPhone. A Série 10, lançada recentemente com preços a partir de R$ 5.499, e o Ultra 2, que custa a partir de R$ 10.499, já vêm com o recurso integrado.
Como funciona o recurso do Apple Watch que detecta apneia do sono?
O recurso do Apple Watch utiliza aprendizado de máquina e um conjunto de dados clínicos para detectar alterações respiratórias. Os movimentos monitorados pelo acelerômetro são interpretados como indicadores de distúrbios respiratórios, que podem ser sinais de apneia.
As informações são registradas nos aplicativos Saúde e Vitals do iPhone, onde o usuário pode acompanhar métricas como frequência cardíaca e classificações respiratórias ao longo do tempo.
Relatórios e notificações mensais
Mensalmente, o relógio gera relatórios em formato PDF que podem ser compartilhados com profissionais de saúde. Os dados analisados incluem informações sobre padrões respiratórios ao longo dos últimos três meses.
Além disso, notificações alertam o usuário sobre possíveis alterações consistentes nos padrões respiratórios. Apesar de útil, a Apple reforça que o recurso não substitui consultas médicas.
Matt Bianchi, cientista responsável pelas tecnologias de saúde da Apple, explica que o algoritmo foi testado clinicamente e destaca a importância de compreender como fatores externos, como consumo de álcool ou medicamentos, podem impactar a qualidade do sono.
Ele também lembra que grande parte das pessoas desconhece que possui apneia do sono, o que torna ferramentas de monitoramento como essa um avanço no cuidado preventivo.
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