Em sessão extraordinária realizada na tarde desta terça-feira (17), a Câmara Municipal de Araraquara manteve o veto do prefeito Edinho Silva (PT) sobre 25 emendas parlamentares. A votação terminou em 8 a 4 – Guilherme Bianco (PCdoB) abriu mão de seu voto.
Na justificativa, o chefe do Executivo apontou que as indicações dos vereadores contrariam “o interesse público municipal” e afirmou que as tratativas com a comissão de transição de mandato e a atual gestão se basearam no conteúdo original da LOA (Lei Orçamentária Anual).
“Dessa forma, imbuído do espírito republicano e visando evitar qualquer solução de continuidade nos trabalhos iniciais da vindoura Administração Municipal, opta-se por vetar, por contrariedade ao interesse público municipal, as emendas”, completou.
Durante a discussão em plenário, a vereadora Fabi Virgílio (PT) pediu aos pares a derrubada dos vetos, alegando que houve uma construção coletiva das emendas apresentadas. “Por exemplo, a previsão orçamentária para distribuição de remédios à base de cannabis tinha um valor de R$ 26 mil, e isso não daria nem para três meses de tratamento das famílias que estão fazendo uso. Quiçá a gente pudesse ampliar o programa da forma como planejávamos, incluindo pessoas com Parkinson, Alzheimer e doenças raras. Por esse motivo, tínhamos feito uma emenda ampliando este programa em R$ 100 mil. Fiz outras, mas essa é para demonstrar a importância delas”, reforçou a vereadora.
Apesar do apelo, a medida recebeu 8 votos favoráveis ao veto do prefeito e apenas 4 votos para sua derrubada. Com isso, a LOA de 2025 estimou receitas e despesas de R$ 1,8 bilhão, sem as 25 emendas que haviam sido incorporadas pela Casa.
