Combate às drogas

O ensino de Química tem por fim proporcionar aos alunos o conhecimento da composição e da estrutura íntima dos corpos, das propriedades que delas decorrem e das leis que regem as suas transformações, orientando-o por um tirocínio lógico e científico de valor educativo e coordenando-o pelo interesse imediato da utilidade, e com as aplicações da vida cotidiana (SENNA, 1939).
As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006) indicam que “o mundo atual exige que o estudante se posicione, julgue, tome decisões, e seja responsabilizado por isso. Essas são capacidades mentais construídas nas interações sociais vivenciadas na escola, em situações complexas que exigem novas formas de participação. Para isso, não servem componentes curriculares desenvolvidos com base em treinamento para respostas padrão. Um bom projeto pedagógico escolar adequado não é avaliado pelo número de exercícios propostos e resolvidos, mas pela qualidade das situações propostas, em que estudantes e professores, em interação, produzem conhecimentos contextualizados e inter-relacionados”.
Nos dias atuais, o consumo desenfreado de drogas de abuso iniciando-se cada vez mais precocemente tem deixado educadores perplexos diante do quadro apresentado. Muitas vezes a escola tem sido palco de uso de drogas refletindo-se em cenas de violência, entre os alunos e mesmo dos alunos para com os professores. A introdução do assunto em sala de aula pode fazer alguma diferença.
A disciplina de Química muitas vezes não parece interessante aos olhos dos alunos, pois aos olhos dos mesmos, parece fugir de seu cotidiano tornando-se difícil apreender tantos conceitos. Especialistas da área de Educação defendem que o crack precisa ser debatido nas escolas. No entanto, a maioria dos docentes não está preparada para lidar com a questão das drogas nas escolas. A preparação de professores, que têm contato diário com jovens, é essencial para um trabalho preventivo. A criação de jogos, cujo aspecto lúdico aliado ao conteúdo da disciplina possibilita o uso em sala de aula durante exposições referentes aos temas como estruturas e grupos funcionais. Chamando a atenção para as drogas de abuso e suas consequências, o professor de Química pode vir a atuar como coadjuvante nessa exposição de cada droga e de seus efeitos.
Experiências realizadas em eventos organizados pelo Curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Ceará têm chamado a atenção pelo interesse
demonstrado por professores e alunos de instituições públicas e privadas da cidade de Fortaleza. Após esses eventos foram aplicados questionários sobre a parte relacionada à matéria em si e às drogas abordadas. Pela avaliação obtida foi possível verificar que entre alunos do Ensino Fundamental das Escolas de Fortaleza 43% já se iniciaram no consumo de drogas através do álcool.
Diante desse quadro, torna-se imperativo a capacitação do professor de Química que em suas aulas pode participar da ação de combate às drogas de abuso por parte de crianças e jovens.

Dra. Maria da Conceição Tavares Cavalcanti Liberato

This chapter discusses recent changes in Venezuelan drug policy. We note that, despite the anti-imperialist discourse and the rejection of the policies resulting in the criminalization of poverty, the ruling political group in Venezuela has, in recent decades deepened the strategy of the War on Drugs, fueled by Washington, implementing legal changes and hardening the agency’s resistance to the winds of reform blowing in the region. This model is an instrument of US control in the hemisphere and a mechanism to deepen the exclusion of the poor by way of their criminalization. We suggest some possible explanations for this retrograde rotation of drug policy in the context of an anti-imperialist and left wing government: The persistence of a conservative discourse by the left on the subject, attributing the increase in crime to drugs; the role of the army in the War on Drugs; the US’s accusations of drug involvement to discredit leftist governments in the region; and the attempts by the Venezuelan government to defend against such allegations. Finally, we will attempt to demonstrate how the rhetoric of the War on Drugs, displaces social processes and conflicts and legitimizes symbolic solutions associated with tough policies, at the same time that these punitive measures become an effective means of control of those sectors of the poor who are left out of social inclusion policies.