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A Arqueologia urbana é um campo de pesquisa que tem se destacado, na América Latina. Diversos sítios urbanos foram escavados e, mesmo se na maioria dos casos, não é possível reconstruir o contexto urbano como um todo e suas mudanças com o tempo, as escavações produziram evidência material que pode ajudar a um melhor entendimento da cidade no mundo ibero-americano. A Arqueologia das cidades portuguesas na América não se desenvolveu tanto como o das cidades fundadas pelos espanhóis, por diversos motivos, não sendo o menor a falta de interesse pelas coisas antigas, em nosso meio, e a busca constante da modernidade. A imagem do Brasil é a da capital federal, cidade ex novo, sem passado. As cidades antigas, como São Paulo ou Rio de Janeiro, pouco fazem para preservar ou escavar seus vestígios materiais. No entanto, as cidades coloniais, como Ouro Preto, patrimônio da humanidade, foram estudadas por arquitetos e historiadores da arte. Nessas cidades, todas estabelecidas em colinas, as ruas curvas não permitiam aos habitantes enxergar muito longe ou ter uma idéia clara do traçado da cidade, absolutamente irregular. A localização dava-se pelas Igrejas, compostas de duas estruturas básicas: uma capela retangular e uma torre para o sino, a primeira com telhado de duas águas e as segunda sendo, em geral, duplicada, com uma torre de cada lado. A sociedade era dominada pela Igreja, nos dois sentidos, como instituição cujas regras eram
This research aims to mainly analyze for the real first time the trajectory of ideas and concepts for the Archaeological Preservation of the material culture remainings in the Jesuit-Guarani Missions located in the Brazilian territory. From the results obtained through several excavations, noting the historical construction of legal and technical regulations, it will be analyzed how continuous management programs of the archaeological heritage over the years contributed to consolidate a new approach of the national archaeological heritage. Finally, we look at how the management of archaeological heritage has built a growing interface with another important area of the field of cultural heritage preservation: education. This is a broad perspective, but recognizes the complexity of human beings in their different ways of knowing and acting and which considers Archaeological Science and Education active interlocutors in the development of a critical reflection of the past.
O livro apresenta o trabalho sobre a memória das comunidades da Baixada Santista no escopo do Programa de Gestão do Patrimônio Cultural do Sistema Viário da Margem Direita do Porto de Santos. O programa é desenvolvido desde março de 2008 pela DOCUMENTO, em parceria com a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo). Todas as ações têm como base principal a Arqueologia Pública, conceito que propõe a integração dos conhecimentos científicos com os saberes tradicionais das comunidades, além de seu compartilhamento com os diversos públicos envolvidos e interessados. Dentre os trabalhos, se destacam a Exposição Cultural Itinerante e as Oficinas Culturais. (para saber mais, visite http://documentoculturalsantos.ning.com ).
Authors: ROBRAHN-GONZALEZ, Erika. M.; DEBLASIS, Paulo; BORNAL, Wagner; NARCISO, Pedro M. S.; LUZ, Rodolfo A.; SILVA, Everaldo; et al O município de Santos, juntamente de seus vizinhos Guarujá, São Vicente e Cubatão, abrange um território que traz uma extensa história de ocupação humana, que recua pelo menos 4.500 anos atrás. Os vestígios indígenas estão relacionados a diferentes grupos que se desenvolveram na região, ao longo do tempo, com destaque para as sociedades construtoras de sambaquis (grandes amontoados de conchas de dimensões às vezes monumentais), os mais antigos ocupantes da área, e os grupos de língua Tupi, que tiveram contato com os primeiros colonizadores europeus que ali chegaram, já no século XV de nossa era. A partir daí a Baixada Santista inicia uma seqüência de eventos relacionados aos diferentes processos históricos de colonização e formação da sociedade nacional, tendo participado ativamente nos macro-ciclos econômicos do país. Hoje, Santos é o principal porto da América Latina. Todas estas ocupações humanas deixaram grande quantidade e diversidade de vestígios físicos, na forma de sítios arqueológicos e bens históricos diversos. Por outro lado, também moldaram e transformaram o próprio espaço físico regional, conferindo-lhe um perfil único e indissociável. São exemplos desse processo a construção de sambaquis, que formavam morrotes artificiais no relevo da Baixada desde 4.500 anos atrás; a retirada dos outeirinhos para dar lugar à ampliação do espaço urbano de Santos, no início do século XX; e, mesmo, a construção do próprio Porto Organizado de Santos através de uma série de retificações e aterros que ganharam espaços junto ao mar, do século XIX até os dias atuais. Assim, no desenvolvimento de pesquisas relacionadas a melhorias no Porto de Santos sob responsabilidade da CODESP, objeto deste livro (as Obras do Sistema Viário da Margem Direita do Porto de Santos), a cidade é considerada como um “Complexo Cultural/Arqueológico”, ou ainda, um Porto Vivo, pois a cidade deve grande parte de seu desenvolvimento e esplendor ao mar. No tratamento desta complexidade, o conhecimento das personas que tomaram parte na construção dessa história são elementos fundamentais. Diferentes comunidades foram integradas às pesquisas durante estes três anos de trabalho, tiveram participação ativa no seu desenvolvimento e registram, ao longo das páginas que seguem, suas contribuições e percepções. Para o presente livro foram selecionados três bairros tradicionais de Santos: Valongo, Paquetá e Macuco. As comunidades atuais e suas percepções sobre Patrimônio Cultural constituem as portas de entrada na narrativa. A partir delas analisa-se a história dos bairros e de suas paisagens culturais. Na seqüência são apresentados elementos patrimoniais selecionados, ressaltando aspectos de destaque de cada bairro e demonstrando a diversidade de suas manifestações. Assim, para o bairro do Valongo e do Macuco são apresentados dados relativos ao patrimônio arqueológico. Já para o Paquetá a ênfase recai no patrimônio edificado do Canal do Mercado. Como fio condutor busca-se a integração entre a sustentabilidade ambiental e a sustentabilidade social, com foco na sua convergência e viabilidade de relações durante longos períodos de tempo. Vale salientar que, pela sua própria natureza e característica, este trabalho não é - e nem poderia ser - um produto acabado e fechado. Ao contrário, sua elaboração foi concebida dentro de uma estrutura modular e inclui o conceito de melhoria continuada, permitindo ajustes permanentes para incorporar o aprofundamento do conhecimento sobre toda a região onde o empreendimento está localizado, o avanço das várias tecnologias envolvidas e a evolução nos entendimentos em curso com os diferentes atores envolvidos (e especialmente com a comunidade). Destaca-se, aqui, a continuidade das pesquisas no próprio Sistema Viário da Margem Direita do Porto de Santos, no trecho do Mergulhão, e também as pesquisas que vimos desenvolvendo na Baixada Santista junto a outras obras sob responsabilidade da CODESP (obras de Dragagem do Canal de Santos, obras no Sistema Viário da Margem Esquerda), cujosresultados serão futuramente integrados a esta estrutura. No registro dos diferentes patrimônios envolvidos e suas manifestações, foram utilizadas ferramentas incluindo gravação de depoimentos da comunidade, bancos de imagens, pesquisas históricas, prospecções arqueológicas, além do cadastro arquitetônico do edifício em si. Para acesso a eles convidamos o leitor a navegar pelos ambientes virtuais criados na reconstrução desta história, incluindo o Blog da Comunidade, o Museu Virtual, a Cartilha Patrimonial, o material paradidático para professores e outros no endereço http://documentoculturalsantos.ning.com. Este endereço também disponibiliza o presente livro em formato E-Book e trarão a incorporação de novas informações no futuro.
2018 •
As questões levantadas pela reabilitação urbana em centros históricos, mas também a forma como se constrói hoje a cidade, onde o subsolo entra, como nunca, na equação construtiva, tornam necessário discutir os diversos problemas, teóricos e metodológicos, que se colocam para a preservação do passado no quotidiano das nossas cidades. É isso que este livro faz, com o contributo interdisciplinar de especialistas de várias áreas envolvidos no estudo das cidades. É certo que o tema está longe de ser novo, mas as dinâmicas da contemporaneidade impõem que seja constantemente revisitado, até porque hoje a Arqueologia se firmou como um parceiro incontornável no planeamento da urbe. Na verdade, enquanto lugares de património e locais de encontros geracionais e civilizacionais, a intervenção nas cidades históricas pressupõe, cada vez mais, um diálogo amplo e interdisciplinar não só entre arquitetura e arqueologia, mas entre todas as ciências e saberes que podem contribuir para a qualificação e sustentabilidade destes espaços de (con)vivência.
O livro apresenta o trabalho sobre a memória das comunidades envolvidas no Plano de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural nas Obras de Implantação do Metropolitano de São Paulo, em suas Linhas 02/Verde Lote 08 e sua Linha 04/Amarela. O Plano é desenvolvido desde março de 2004 pela DOCUMENTO, em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo. Todas as ações têm como base principal a Arqueologia Pública, conceito que propõe a integração dos conhecimentos científicos com os saberes tradicionais das comunidades, além de seu compartilhamento com os diversos públicos envolvidos e interessados. Dentre os trabalhos, se destacam a Exposição Cultural Itinerante e as Oficinas Culturais. (para saber mais, visite http://documentoculturalmetro.ning.com/).
Em levantamentos realizados no acervo do Centro de Arqueologia de São Paulo, nas coleções relativas aos sítios arqueológicos localizados na região do triângulo histórico de São Paulo e adjacências, foram identificadas 29 contas de vidro e de material orgânico em três contextos do século XIX: a Praça das Artes, o Solar da Marquesa de Santos e a Casa n.°1. Através da análise das técnicas de produção, são levantadas informações sobre cronologia e origem desses artefatos. Em uma pespectiva contextual global, essas miçangas dialogam com outras de contextos africanos ou da diáspora africana, tal como o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro e Kindoki, no Congo. São Paulo no século XIX era uma cidade com forte presença da população africana. Eles estavam nas ruas, praças, pontes, chafarizes, mercados e igrejas, com seus batuques e capoeiras, formando verdadeiros territórios negros através de materialidades, identidades e agências. As contas e miçangas delimitavam hierarquias sociais internas a esses grupos e participavam da construção da paisagem negra da cidade de São Paulo.
Dissertação de Mestrado - MAE/USP
Refletindo sobre musealização: um encontro entre público e arqueologia marítima em Santos2014 •
PortugueseEssa pesquisa tem como objeto a musealização da arqueologia marítima na cidade de Santos. Para tanto, recorreu ao estudo de recepção com estudantes de uma escola municipal de Santos visando a coletar dados norteadores de política de comunicação inerente ao processo de musealização. O propósito é trabalhar com a arqueologia pública, utilizando-se de estratégias participativas que aproxime as pessoas da ciência arqueológica considerando o museu e seu público. O estudo apresenta as pesquisas em arqueologia na cidade de Santos. Essas investigações trouxeram outras possibilidades de leituras para a história da cidade oriundas do campo arqueológico. Porém, muitas das coleções geradas por elas estão guardadas em outras cidades. Por esse motivo, é de suma importância que esse material permaneça em Santos, para que a comunidade santista tenha acesso a esses conhecimentos via comunicação museológica e a linguagem expositiva. O museu assume contemporaneamente um importante papel, para instigar seu público a participar da valorização e preservação desse patrimônio. Como patrimônio da união os vestígios arqueológicos marítimos musealizados devem estar a serviço da sociedade e a sociedade a serviço da preservação de forma a construir caminhos e soluções coletivamente.
2005 •
Cidade, arqueologia e patrimônio são alguns dos temas relacionados à dissertação. Este estudo apresenta uma reflexão sobre o patrimônio arqueológico do Centro Histórico do Município de Porto Alegre, RS. Nesse sentido realizo uma pesquisa avaliando o potencial da região, considerando as possibilidades de investigação arqueológica. Para isso exponho uma análise à cerca das noções de memória, patrimônio, valor e significância; apresento o conhecimento histórico e arqueológico desse espaço; mostro as características geológicas, geomorfológicas e pedológicas da região; e assinalo os resultados do inventário que realizei das edificações existentes nessa área. Ao final da pesquisa, a partir da associação desses elementos, delimito locais conforme o potencial arqueológico, indicados em um documento cartográfico o qual constitui a Carta de Potencial Arqueológico do Centro Histórico de Porto Alegre.
Arqueologia Hoje: tendências e debates
Arqueologia hoje: tendências e debates Vagner Carvalheiro Porto (Ed.) Editores Adjuntos Emerson Nobre, Silvia Leal, Caroline Caromano.2019 •
Recursos Pedagógicos no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP
A Arqueologia brasileira e o seu papel social2017 •
2014 •