Paredes Exteriores
Andrea Espírito Santo Nº20093664
Andreia Freire Nº20092205
ISMAT ‐ 2º Semestre – 2º ano – Turma N
Susana Cavaco Nº20076801
2010 ‐ 2011
Paredes Exteriores
Construções II
Índice
Introdução _______________________________________________________3
Definição ________________________________________________________4
Paredes Exteriores ________________________________________________7
Exigências Funcionais _____________________________________________9
Características que uma parede deve possuir_________________________10
Solicitações Impostas ás Paredes __________________________________11
Solicitações Especiais ____________________________________________13
Patologias______________________________________________________14
1.1 Humidade do Solo__________________________________________15
1.2 Humidade de Infiltração _____________________________________16
1.3 Humidade de Obra __________________________________________18
1.4 Fissuração de alvenarias, Infiltração, Condensação e
Eflorescências ________________________________________________18
1.5. Fissuras __________________________________________________24
Soluções Construtivas
1.
Alvenaria de Terra
1.1
Paredes de Taipa _____________________________________32
1.2
Paredes de Adobe ____________________________________33
2. Paredes de Pedra ____________________________________________35
3. Paredes de Madeira __________________________________________38
3.1 Paredes Simples ________________________________________39
3.2 Paredes Duplas _________________________________________39
3.3 Painéis OSB ____________________________________________40
4. Paredes de Vidro
4.1 Tijolos de Vidro ________________________________________41
4.2 Vidro Exterior Colado ___________________________________46
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Paredes Exteriores
Construções II
4.3 Vidro Exterior Agrafado _________________________________47
5. Paredes de Betão
5.1. Paredes Betão Simples ________________________________49
5.2. Parede de betão ciclópico ______________________________49
5.3. Parede de betão armado _______________________________50
6. Paredes de painéis metálicos tipo sandwich _____________________53
7. Alvenaria de tijolos de barro vermelho __________________________54
8. Paredes simples e paredes duplas com caixa-de-ar _______________61
9. Alvenaria de blocos de betão simples ___________________________63
10. Alvenaria de blocos de betão celular autoclavado (tipo "Ytong")____67
11. Alvenaria de blocos de betão de argila expandida (tipo "Leca") ____70
12. Painéis pré-fabricados pesados ______________________________78
13. Painel pré-fabricado arquitectónico de fachada _________________79
14. Paredes de Bloco de Gesso __________________________________80
15. Fachada Ventilada __________________________________________81
Resumo ________________________________________________________93
Conclusão ______________________________________________________95
Bibliografia _____________________________________________________96
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Paredes Exteriores
Construções II
Introdução
No âmbito da disciplina de Construções II foi nos proposto realizar um trabalho
teórico sobre as paredes exteriores, assim sendo, decidimos realizar uma
exaustiva pesquisa sobre os diferentes tipos de soluções construtivas para este
efeito.
Para além disso pretendemos antes falar de alguns dos problemas que podem
surgir nas paredes e definir o que são as paredes exteriores.
A principal função das paredes exteriores, em conjunto com os pavimentos
exteriores e coberturas, consiste em estabelecer uma barreira entre os ambientes
exterior e interior, de modo a que o ambiente interior possa ser ajustado e mantido
dentro de determinadas condições.
Uma parede exterior deve reunir uma série de requisitos: antes de mais deve ser
estável e a sua durabilidade deve ser assegurada durante um determinado
período de tempo, enquanto que actua como uma barreira para o vento, chuva,
radiação solar, calor, ruído, fogo, insectos, animais e até humanos.
A maior parte da área da envolvente exterior dos edifícios corresponde à área das
paredes exteriores – fachadas e empenas. É através das paredes exteriores que
se processa a maior parte das trocas térmicas entre os ambientes interior e
exterior.
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Paredes Exteriores
Construções II
Definição
As paredes são elementos verticais opacos, com eventuais aberturas.
A sua principal função, em conjunto com os pavimentos exteriores e coberturas,
consiste em estabelecer uma barreira entre os ambientes exterior e interior, de
modo a que o ambiente interior possa ser ajustado e mantido dentro de
determinadas condições.
Uma parede exterior deve reunir uma série de requisitos: antes de mais deve ser
estável e a sua durabilidade deve ser assegurada durante um determinado
período de tempo, enquanto que actua como uma barreira para o vento, chuva,
radiação solar, calor, ruído, fogo, insectos, animais e até humanos.
As paredes podem ter ainda funções estruturais, designam-se de:
• Paredes resistentes
• Paredes de enchimento simples;
• Paredes de enchimento duplas.
As suas funções são:
Divisão e fechamento de ambientes
Suportar cargas verticais e transmiti-las as fundações
Suportar cargas horizontais e transmiti-las as fundações
Paredes que não têm funções estruturais, servem para:
Divisão e fechamento de ambientes
Segundo a sua posição na construção, distinguem-se:
Paredes de fachada – são as paredes exteriores, destinadas a ser vistas depois
das ruas ou dos jardins. São particularmente cuidadas tanto do ponto de vista das
disposições arquitectónicas como do acabamento da execução.
Paredes de empena – estas paredes exteriores são construídas no limite de duas
propriedades e podem ser comuns a dois imóveis vizinhos. Estas paredes são
objecto de leis muito importantes sobre o seu modo de construção e sobre os
direitos e deveres dos proprietários. Como não são destinadas a ser vistas o seu
acabamento é geralmente muito grosseiro.
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Construções II
Paredes divisórias – são paredes interiores destinadas a reduzir quer o vão dos
pavimentos, uma vez que as distâncias entre paredes exteriores é demasiado
grande, quer a suportar pequenas cargas localizadas.
A maior parte da área da envolvente exterior dos edifícios corresponde à área das
paredes exteriores – fachadas e empenas. É através das paredes exteriores que
se processa a maior parte das trocas térmicas entre os ambientes interior e
exterior.
Geralmente, são construídas com uma caixa-de-ar ou por apenas um pano de
grande espessura, (com blocos que incorporem materiais isolantes).
Nestas paredes devemos ter em conta o nível estético para o qual temos
variadíssimos revestimentos.
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Construções II
Paredes Exteriores
As exigências básicas das paredes exteriores são a sua impermeabilidade á
chuva, o isolamento térmico e acústico, ser permeável ao vapor de água e possuir
resistência mecânica.
Com caixa de ar
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Sem caixa-de-ar
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Exigências funcionais
Exigências de segurança
• Segurança e estabilidade estrutural;
• Segurança contra riscos de incêndio;
• Segurança contra intrusões;
• Capacidade de permitirem suspensão de equipamentos pesados.
Exigências de saúde e de conforto
• Conforto higrométrico;
• Conforto acústico;
• Estanqueidade ao ar e à água;
• Conforto visual;
• Higiene.
Exigências de economia
• Durabilidade e funcionalidade
As funções básicas de uma parede são muito semelhantes às da pele – têm que
resistir às agressões exteriores não podendo, no entanto, ser completamente
impermeáveis, pois tem de respirar.
No interior de um edifício são produzidos vapor de água que precisam de ser
evacuados e absorvidos, quando isso não acontece surgem as desagradáveis
manchas de humidade por isso mesmo temos que ter muita atenção na
concepção das paredes exteriores.
As chamadas pontes térmicas são pontos da fachada mal isolados que tem
efeitos negativos no edifício, visto que provocam condensações internas de vapor
de água contribuindo também para significavas perdas de energia a longo prazo.
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Construções II
Características que uma parede deve possuir
As paredes devem ter estabilidades em relação a:
•
Acção do vento ( não se soltarem elementos de revestimento);
•
Deformação da estrutura por sobrecargas;
•
Acção dos sismos;
•
Deformação térmica ;
•
Impulsos do terreno;
•
Deformação devido à humidade com o passar do tempo;
•
Choque de corpos estranhos;
•
Fogo;
•
Conferir isolamento acústico;
•
Resistir aos ultra-violetas sem perder cor e resistência;
•
Oferecer segurança contra a intrusão;
•
Ser estanque à água;
•
Ter um bom comportamento higrotérmico, ser permeável ao vapor de
água;
•
Conferir conforto térmico;
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Construções II
Solicitações impostas às paredes
Solicitações físicas e mecânicas
Esforços de compressão
Surgem devido ao próprio peso dos elementos e das cargas das lajes sustentadas
pelas paredes
Esforços de flexão
Surge devido às cargas de vento, forças horizontais, perpendiculares aos planos
das paredes externas, ocasionando nestes painéis esforços de flexão
Esforços de tracção
Esforços provocados pela cedência do elemento construtivos de suporte da
parede. Cedência das fundações no caso das paredes resistentes ou cedência da
estrutura do edifício no caso das paredes de compartimentação.
Esforços de impacto
São esforços provocados por exemplo por acidentes de viação em zonas urbanas
ou por actos de vandalismo, ou pelo impacto de objectos transportados por ventos
de elevada intensidade.
Solicitações impostas pela acção continuada dos agentes climatéricos
Variações de temperatura
As variações de temperaturas podem limitar a durabilidade das paredes ocorrendo
ao longo de toda a vida das paredes e estruturas, de uma forma cíclica, com
maior ou menor intensidade, consoante esta se encontre mais ou menos exposta
ao meio ambiente, e em particular ao efeito directo do sol. Consoante os
revestimentos adoptados daí a variação de aquecimento/arrefecimento que
estabilizam a temperatura no interior do edifício ao longo do dia e também do ano.
Estas alterações podem provocar significativas acções de dilatação e retracção
dimensionais que podem originar fissuras.
Variações de humidade
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Construções II
A acção da água é uma das causas principais de deterioração dos materiais, uma
vez que percorre muito facilmente o interior das estruturas dos materiais. Para
além da água da chuva que entra em contacto directo com o material, seja pela
superfície absorvente, seja por fissuras que nela existam, os restantes fenómenos
que determinam a entrada de água no interior do material são a sua capilaridade e
higroscopicidade própria.
Ciclos e gelo e degelo
Pode haver deterioração do material, se o material for muito poroso absorve muita
água, no momento em que a água congela , passa a estado sólido ocupa um
volume superior em relação a quando estava no estado liquido. Provocando um
aumento de pressão, resultando na ocorrência de fendas, desagregação e
consequente deterioração do material.
Os materiais mais susceptíveis à acção de gelo são os que apresentam muitos
poros pequenos e poucos grandes.
Corrosão superficial
Uma das causas químicas de deterioração reside na acção dos ácidos
atmosféricos que são transportados pela água até à superfície do material.
A chuva ácida causa um processo de erosão directa, transportando ácidos que
atacam a estrutura do material desagregando-o.
Infestação bacteriológica
As
causas
mais
frequentes
da
acção
biológica
são
a
formação
de
microorganismos nas superfícies, tais como fungos, líquenes e algas. Estes
provocam uma alteração do aspecto e por vezes implicam uma desagregação das
mesmas.
Contaminação química
Causada pelos dejectos de animais ou por terrenos contaminados, sendo
usualmente absorvida pela capilaridade dos materiais da base das paredes.
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Construções II
Solicitações especiais
Exposição a elevadas temperaturas
Exposição directa ao fogo
A finalidade da segurança contra incêndios, é não só garantir aos ocupantes dos
edifícios, segurança em caso de incêndio, como também limitar os danos
causados quer aos próprios edifícios, quer aos edifícios adjacentes. Os elementos
construtivos das paredes devem ser concebidos de forma a impedir a propagação
de um incêndio do maior período de tempo possível, que não poderá ser inferior
aos limites fixados pela legislação.
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Construções II
Patologias
Os fenómenos patológicos com maior expressão nas paredes são a fissuração e
os defeitos associados a acção da humidade. E importante distinguir as situações
em que a fissuração atinge a parede como um todo das que afectam somente os
revestimentos, já que as causas que lhes são inerentes diferem. A fissuração do
suporte esta normalmente associada a fenómenos de movimentos da fundação,
concentração de cargas externas, ataques químicos, acção do gelo, deformação
da estrutura de suporte (estruturas de betão armado) e variações geotérmicas. A
presença de humidade, de diversas origens (humidade de construção, humidade
do terreno, humidade de precipitação / infiltrações, humidade de condensação,
humidade devida a fenómenos de higroscopicidade e humidade devido a causas
fortuitas), nas paredes pode acelerar a degradação das características mecânicas
dos materiais e originar o aparecimento de fluorescências ou criptoflorescencias.
Compete aos revestimentos dar um importante contributo a impermeabilização
das paredes, mas deve ser a parede no seu todo a garantir as exigências de
estanqueidade.
Causas da Patologias:
Causas Humanas:
o
Concepção e Projecto:
– Ausência de projecto;
– Má concepção;
o
Causas Humanas:
– Quantificação inadequada de acções.
o
Execução
– Qualidade dos materiais;
– Não conformidade entre o projecto e o que foi executado;
– Má interpretação do projecto.
o
Utilização:
– Alteração das condições de utilização previstas;
–
Remodelações e alterações mal estudadas.
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Outras Causas
o
Acções naturais:
– Físicas (gravidade, temperatura, vento,etc);
– Químicas (oxidação, carbonatação, chuva ácida);
– Biológicas (raízes, fungos, aves);
o
Desastres naturais:
– Sismo;
– Tempestade;
– Cheias, etc.
–
Desastres de causas humanas:
– Fogo;
– Explosão, etc;
1.1.
Humidade do solo
A humidade do solo é também chamada humidade ascensional
Quando as paredes de alvenaria ou betão contactam com solos húmidos, de
forma directa ou através de elementos construtivos porosos, ocorre um
fenómeno de ascensão capilar da água. Para evitar esse fenómeno, além da
drenagem do terreno e da protecção das fundações, deve colocar-se uma
barreira hígrica, de forma contínua, ao longo das paredes, na horizontal,
abaixo das zonas funcionalmente mais relevantes.
A humidade aparece normalmente nas paredes dos pisos inferiores dos
edifícios, caves e rés-do-chão subindo cerca de 2m acima da cota solo. Para
evitar este tipo de situação é necessário que antes de se iniciar a obra haja
uma análise correcta do tipo de solo e da existência ou não de lençóis
freáticos na zona de construção.
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Construções II
É a principal causa das manifestações de humidade nas alvenarias velhas,
nos andares em cave e mesmo a níveis ligeiramente superiores ao do terreno
ou da via pública. A entrada e o espalhamento deste tipo de humidade são
devidos essencialmente ao fenómeno físico da capilaridade. Pode-se
caracterizar, por isso, como um fenómeno que se manifesta por forma
inversa à gravidade.
Forma de prevenir
O projectista da obra deve planear correctamente a mesma de modo a
suprimir ou minimizar as anomalias, visto que neste tipo de patologia a
reparação apresenta grandes problemas.
Sendo assim deve:
• Evitar a construção em terrenos impregnados de água;
• Aplicar sistemas de drenagem que afastem as águas das fundações;
• Execução de valas periféricas em caves situadas abaixo dos níveis
freáticos;
• Interposição de revestimentos estanques horizontais e verticais;
• Utilização de materiais densos e pouco permeáveis nos elementos de
construção em contacto com o terreno;
• A medida mais eficaz é manter uma drenagem conveniente do terreno de
fundação.
1.2. Humidade de infiltração
É aquela causada pela penetração directa da água no interior dos edifícios
através de suas paredes. É muito frequente esse tipo de humidade em subsolos
que se encontram abaixo do nível do lençol freático.
Normalmente, este tipo de humidade tem origem nas águas pluviais que com a
ajuda do vento embatem contra as paredes exteriores dos edifícios.
Com a intensificação de chuvas, são comuns problemas de humidade e
infiltrações em apartamentos e casas, acarretando grande desconforto e rápida
degradação da construção devido à formação de mofos e degradação nas
pinturas das paredes. Além disso, essa humidade pode significar um risco à
saúde dos moradores, uma vez que os ambientes húmidos são mais susceptíveis
a proliferação de fungos.
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Construções II
Embora as infiltrações possam ocorrer em qualquer área das paredes quer pelo
uso de materiais inadequados, quer pela má execução dos trabalhos, existem
sempre alguns pontos de maior vulnerabilidade no edifício onde as infiltrações são
mais frequentes, tais como:
–
Juntas de argamassas de assentamento de tijolos;
–
Ligações dos panos de alvenaria com elementos da estrutura e com
caixilharias de vãos;
–
Áreas desagregadas de rebocos exteriores que são fissurados ou
fendidos;
Forma de Prevenir
Para evitar este tipo de patologias deve escolher-se os materiais mais
adequados e a execução dos trabalhos segundo as regras.
Outras medidas que podem ajudar a evitar este tipo de situação são o tipo de
revestimento exterior da parede, impermeabilização ou hidrofugação desses
mesmos paramentos, aplicação de pára-chuvas ou construção de paredes
duplas.
A impermeabilização é obtida através da aplicação de materiais de natureza
betuminosa que são uma barreira mecânica à passagem da água, no estado
líquido e no estado gasoso, pela parede.
Na hidrofugação é evitada a penetração da água por capilaridade, os
produtos aplicados, concebidos à base de silicones, recobrem os poros dos
materiais aplicados tornando-os não molháveis
e permitem que a parede
continue a respirar pelo facto de não serem impermeáveis ao vapor.
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1.3. Humidade de obra
Decorrente da execução dos edifícios e que, em regra, diminui gradualmente até
desaparecer.
Podem ocorrer vários tipos de anomalias devidas quer à evaporação, quer ao
simples facto de os materiais terem um teor de água superior ao normal;
A água ao evaporar-se pode provocar expansões ou destaques de alguns
materiais, ou dar origem à ocorrência de condensações em virtude da diminuição
da temperatura superficial dos materiais;
O excesso de teor em água provoca manchas de humidade ou condensações.
Esta patalogia caracteriza-se pela destruição da pintura que se esfarela,
destacando-se da superfície, podendo inclusive, destacar com parte do reboco.
Normalmente é causado pela reacção química dos sais lixiviados, pela acção da
agua que ataca as tintas ou adesivos de revestimentos.
Formas de prevenir:
A forma mais eficaz de evitar estas anomalias é deixar decorrer um período de
tempo após a construção, antes de ocupar o edifício, durante o qual a humidade
dos materiais tenderá para o seu valor normal.
Quando a aplicação de materiais putrescíveis devem-se esperar o tempo
suficiente de secagem dos materiais com que contactam ou, em alternativa,
imunizar aqueles que encontram os efeitos de uma possível humidificação.
1.4. Fissuração de alvenarias, Infiltração, Condensação e Eflorescências
As patologias mais frequentes relacionam-se com a humidade que pode ser
proveniente:
a) Do solo (eflorescências junto ao chão);
b) Por infiltração (manchas de água);
c) Por condensação (fungos ou bolores);
d) Também é frequente em alvenarias verificar-se o aparecimento de fissuras.
Estas podem ter diversas designações em função da sua abertura, podendo
identificar-se como:
•
Microfissuras: quando a largura é inferior a 0,2mm;
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•
Fissuras: quando a fissura varia entre 0,2 e 2mm;
•
Fendas ou gretas: quando a largura é superior a 2mm.
As fissuras podem ainda ser superficiais - quando só afectam o revestimento – ou
profundas – quando a sua extensão atinge os elementos estruturais.
Alvenaria com manchas de água
Juntas
de
argamassa
de
dimensão
inexplicável
Humidade na construção
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Eflorescências
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Condensações, fungos e bolores
Causas para as patologias
As causas das anomalias são de natureza muito diversa, podem estar
relacionadas com razões de natureza estrutural ou à presença de água e à acção
dos agentes climatéricos.
As causas para as patologias referidas anteriormente são as seguintes:
• Humidade ascensional. Quando as paredes de alvenaria ou betão contactam
com solos húmidos, de forma directa ou através de elementos construtivos
porosos, ocorre um fenómeno de ascensão capilar da água.
• Devido é rotura nas impermeabilizações, das canalizações de águas e esgotos
ou do entupimento das tubagens.
• Deficiente isolamento térmico das paredes.
• Retracção devido á secagem rápida dos materiais, execução defeituosa, acção
térmica, ou deficiências estruturais do edifício;
• A inexistência de juntas de expansão/contracção (vulgarmente conhecidas como
“juntas de dilatação”) nas paredes de alvenaria de extensão considerável conduz,
frequentemente, a fenómenos de fissuração, esmagamento localizado e
destacamento de revestimentos. Estas anomalias resultam do facto de haver
movimentos naturais de expansão ou contracção - resultantes de variações de
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teor de humidade ou temperatura - que estão total ou parcialmente impedidos, por
ausência ou inadequação das referidas juntas.
• O apoio deficiente das paredes para correcção das pontes térmicas. As
assimetrias de resistência térmica das fachadas conduzem ao fenómeno
conhecido por “pontes térmicas” cujo efeito se impõe evitar ou, pelo menos,
minimizar, e que se traduz numa perda de energia significativa e na formação de
condensações superficiais internas com consequente formação de fungos e
bolores. O fenómeno das condensações superficiais interiores, é um fenómeno
complexo cuja solução passa sempre pela conjugação da ventilação (e/ou
redução da produção de vapor de água), do aquecimento interior e do reforço de
isolamento térmico.
• Deficiente execução da caixa-de-ar de paredes duplas. Uma das funções
principais da caixa-de-ar das paredes duplas é a protecção do interior da
habitação contra a acção da água da chuva. Em complemento, contribui para a
resistência térmica da parede. Para cumprir a sua acção contra a humidade deve
ter capacidade de drenagem das águas infiltradas e da condensação resultante da
migração de vapor de água do interior para o exterior, através da parede. Uma
fraca ventilação da caixa-de-ar contribui eficazmente para a desejável secagem
da parede.
• Erros na utilização de pinturas impermeáveis. Para prevenção de futura
fissuração, mero receio do envelhecimento da parede ou correcção de anomalias,
recorre-se, por vezes, à aplicação de tintas de elevada elasticidade e
estanquidade à água (em geral designadas por “membranas”) mas é imperioso
garantir que sejam permeáveis ao vapor de água e não tenham o efeito de
barreiras pára-vapor. Caso isso não aconteça, é muito grande a probabilidade de
condensação na face fria do isolante na caixa-de-ar (com a sua eventual
deterioração e redução da resistência térmica) ou na face exterior da parede, sob
a tinta, formando bolsas de água de dimensão significativa.
• Preparação e aplicação inadequadas de rebocos hidráulicos tradicionais. Os
rebocos hidráulicos tradicionais para revestimento de fachada estão bem descritos
na bibliografia técnica nacional e têm vantagem em ser executados em 2 ou 3
camadas, com teor decrescente de ligante para o exterior, para melhorar a sua
resistência e diminuir a fissuração. Devem evitar-se argamassas muito ricas em
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cimento, quantidade excessiva de água de amassadura e areias com elevados
módulos de finura. A protecção contra o calor, o vento e a chuva e a preparação
do suporte são condições essenciais para o sucesso do reboco.
• Movimento de assentamento das fundações, e falta de resistência adequada dos
lintéis superiores ou de arcos de descarga, que pode conduzir a esforços de
flexão excessivos e fissuras verticais.
•
Juntas
de
dilatação
inadequadas
-
A
inexistência
de
juntas
de
expansão/contracção (vulgarmente conhecidas como “juntas de dilatação”) nas
paredes de alvenaria de extensão considerável conduz, frequentemente, a
fenómenos
de
fissuração,
esmagamento
localizado
e
destacamento
de
revestimentos. Estas anomalias resultam do facto de haver movimentos naturais
de expansão ou contracção - resultantes de variações de teor de humidade ou
temperatura - que estão total ou parcialmente impedidos, por ausência ou
inadequação das referidas juntas. Estes movimentos, uma vez impedidos, vão
equivaler, em termos de efeito mecânico, a uma deformação imposta e,
consequentemente, a uma significativa tensão interna da alvenaria, com maior
expressão, em geral, na direcção horizontal. A situação é agravada se os
materiais apresentarem movimentos irreversíveis significativos.
• Ausência de grampeamento em paredes duplas - As paredes duplas são
concebidas, em geral, para funcionar em conjunto, somando e por vezes
aumentado
os
seus
desempenhos
individuais
em
aspectos
relativos
à
estabilidade, ao comportamento térmico, à protecção contra a humidade, etc. Para
que tal aconteça, em termos mecânicos, exige-se um grampeamento entre os 2
panos, com uma densidade de 2 a 3 grampos/m2. Para que o grampeamento seja
eficaz e não acarrete anomalias inesperadas, os grampos devem apresentar
resistência e mecânica adequada e durabilidade, facilidade de fixação e
pingadeira intercalar.
• Protecção inadequada contra a humidade ascensional - Quando as paredes de
alvenaria ou betão contactam com solos húmidos, de forma directa ou através de
elementos construtivos porosos, ocorre um fenómeno de ascensão capilar da
água. Este fenómeno tem consequências conhecidas e de difícil solução: (i)
acumulação de sais visíveis na superfície da parede; (ii) degradação da tinta e dos
revestimentos (rebocos ou estuques) numa faixa de altura variável, em geral, junto
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Construções II
à base das paredes do piso térreo; (iii) manchas nos revestimentos interiores na
faixa referida; (iv) descolamento de revestimentos cerâmicos ou equivalentes.
• Aplicação inadequada de revestimentos cerâmicos - No que diz respeito às
Infiltrações, elas são devidas frequentemente à deficiente pormenorização e
execução de remates e capeamentos, mas também à fissuração das paredes de
suporte. Recorde-se que o revestimento cerâmico de fachadas não deve ser
considerado um revestimento de estanquidade, pelo que a sua interacção com o
suporte (incluindo caixa-de-ar, quando existe, e respectiva drenagem) são
fundamentais para um equilíbrio dinâmico do teor de humidade da parede ao
longo do ano sem redução significativa do seu desempenho.
Imagens das patologias:
Alvenaria exterior sem caixa-de-ar (não evita infiltrações de água)
Soluções para as possíveis patologias
Para encontrar a solução adequada é necessário em primeiro lugar identificar a
causa. No que diz respeito as causas referidas anteriormente, as soluções
encontradas são as seguintes:
a) Drenar a água junto á parede e impregnar a parede com produtos
impermeabilizantes.
b) Reparar a rotura, desobstruindo entupimentos ou executar paredes duplas.
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c) Ventilação dos locais assim como prever um bom isolamento térmico na
envolvente exterior dos edifícios.
d) Nos casos mais simples motivados por exemplo, por retracção, a solução
passa pela limpeza da fissura e aplicação de produtos adequados disponíveis no
mercado. Nos casos mais graves pode ser necessário proceder ao reforço da
estrutura.
Fenda numa alvenaria
1.5. Fissuras
As fissuras podem se formar por uma série de fatores, os mais comuns são:
•
Retração das argamassas devido à dosagem inadequada da argamassa ou
betão, ausência de cura principalmente na ocorrência de vento e calor
excessivo, emprego de areia inadequada e ou contaminada, tempo
insuficiente de hidratação da cal eventualmente utilizada , etc.
•
Má aderência do revestimento à estrutura.
•
Falta
de
juntas
de
dilatação
ou
movimentação
que
absorvam
a
deformabilidade da estrutura.
•
Recalques de fundação.
1.5.1. Fissurações por retracção plástica
As argamassas com alto teor de finos consomem mais água de amassamento, o
que ocasiona maior retracção na secagem e, se o revestimento não for executado
correctamente, podem aparecer fissuras na forma de “mapa” por todo o
revestimento.
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Paredes Exteriores
Construções II
A granulometria do agregado também influencia o aparecimento de fissuras.
Areias mais finas tendem a consumir mais água, aumentando a retracção por
secagem.
A humidade relativa do ar também influência o aparecimento de fissuras por
retracção plástica. Regiões onde a humidade relativa do ar é elevada, onde
existem altas temperaturas e há a presença de ventos, provoca um aumento na
taxa de evaporação da água da argamassa fresca, o que por sua vez vai
aumentar as oportunidades do aparecimento de fissuras por retracção plástica.
A variação térmica do revestimento também é uma das principais causas do
aparecimento de fissuras. O aparecimento deste tipo de fissuras irá depender,
sobretudo, do módulo de deformação da argamassa – quanto maior for o módulo,
maior é a tendência de fissuração.
Revestimentos executados continuamente sobre juntas de dilatação da estrutura
de betão, podem apresentar fissuração e desprendimento do revestimento dessa
região.
1.5.2. Fissuras causadas por excessivo carregamento de compressão
As paredes de alvenaria solicitadas por carregamentos verticais de compressão
podem apresentar, dois mecanismos de ruptura:
Fissuras verticais e fissuras horizontais
As fissuras verticais decorrentes de esforços transversais de tracção induzidos
nos tijolos pelo atrito da superfície da junta da
argamassa com a face inferior dos tijolos.
A
argamassa
ao
ser
comprimida,
geralmente,
deforma-se mais do que o tijolo, tendendo a expandir
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Construções II
lateralmente e a transmitir tracção lateral ao tijolo. Paredes resistentes de
alvenaria devem ser construídas com tijolos de alta resistência à compressão
assentados com argamassas cuja resistência seja inferior à dos tijolos e tenha
menor módulo de deformação.
As fissuras horizontais resultam das imperfeições nos tijolos ou na própria
execução da parede que por sua vez vai provocar concentrações de tensões de
compressão ao longo dos septos longitudinais externos dos tijolos, provocando o
seu esmagamento.
Algumas paredes portantes são erroneamente construídas
com tijolos ou blocos com furos horizontais.
A ruptura provoca o surgimento de fissuras horizontais ao longo dos septos de
uma das faces da parede.
Este mecanismo provoca ruptura brusca.
Situações onde fissuras são causadas por excessivo carregamento vertical, tais
como apoios de vigas em paredes sem coxim de
betão e pilares de alvenaria não convenientemente
dimensionados.
A
limitação
das
flechas
dos
pavimentos
e
a
concepção das paredes, são dois aspectos nos quais
se pode incidir, para determinar medidas preventivas
para evitar a fissuração de alvenarias.
Situações onde as fissuras são causadas pelo excessivo carregamento vertical,
tais como apoios de vigas e pilares de alvenaria não dimensionadas
convenientemente.
Grandes tensões de compressão também podem ocorrer de forma inclinada nos
cantos inferiores de paredes de alvenaria construídas em estruturas em pórtico,
decorrentes da deformação vertical das vigas.
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Construções II
1.5.3. Fissuras provocadas pela actuação de sobrecargas nas alvenarias
Fissuração de alvenaria causada por flexão lateral da
parede
Fissuração
de
alvenaria
causada
por
sobrecarga
vertical.
Fissuração de alvenaria devido a cargas concentradas
Fissuração da alvenaria estrutural devido à actuação de
sobrecargas (falta de cimbramento / armaduras horizontais
na parede); Devido à cargas verticais concentradas,
sempre que não houver uma correcta distribuição dos
esforços através de coxins ou outros elementos, poderão
ocorrer esmagamentos localizados e formação de fissuras a
partir do ponto de transmissão da carga
Fissuração da alvenaria devido a sobrecargas verticais
em paredes com vãos. Em trechos com a presença de
aberturas, haverá considerável concentração de tensões
no contorno dos vãos. No caso da inexistência ou
subdimensionamento de vergas e contravergas, as
fissuras se desenvolverão a partir dos vértices das
aberturas.
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1.5.4.Fissurações causadas por variações de temperatura
A retracção ou a dilatação dos materiais de construção, resultado das variações
de temperatura, é a causa deste tipo de fissuração de alvenaria.
As fissuras de origem térmica também podem surgir devido a movimentações
diferenciadas entre elementos de um componente, entre componentes de um
sistema e entre regiões distintas de um mesmo material.
Este tipo de fissuras pode enquadrar-se num dos três tipos seguintes:
Dilatação das paredes
Este aspecto pode ocorrer devido ao comprimento excessivo das paredes sem
juntas de dilatação, ao contacto das faces da parede com temperaturas muito
diferentes ou à acção directa de intensas fontes de calor.
Dilatação da estrutura do edifício
Se se tratar de estrutura aparente, pode provocar movimentos que embora não a
venham a afectar, pode provocar fissuração da alvenaria.
Dilatação da cobertura
As fissuras resultantes das variações dimensionais do último piso manifestandose por movimentos horizontais de amplitude variável, podem provocar anomalias
importantes nas paredes do último piso.
A junção de materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica, a
exposição de elementos a diferentes solicitações térmicas e a gradiente de
temperaturas ao longo do mesmo elemento, são alguns dos motivos que também
podem provocar este tipo de fissuras.
A variação de temperatura é obviamente mais sensível nas áreas mais expostas
ao sol como as coberturas e as paredes exteriores.
As fissuras resultantes da dilatação de paredes, são de forma geral verticais e
com espessuras até 3 mm.
O aparecimento de fissuras entre a alvenaria e a estrutura, verticais ou inclinadas,
com abertura variável, consoante a época do ano, e, ainda, aumentando de
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largura nos pisos mais elevados, são manifestações da dilatação da estrutura do
edifício.
A dilatação da cobertura pode originar a fissuração das paredes do último piso
quer por corte, quer por flexão. No primeiro caso – por corte – as fissuras são
sensivelmente rectilíneas e, por vezes, inclinadas junto dos cunhais; As paredes
solicitadas por movimentos alterados, conforme as estações do ano, podem
romper por flexão em zonas de menor resistência.
Fissura horizontal provocada pela dilatação da
laje de cobertura
Para prevenir as anomalias resultantes da dilatação de paredes e da estrutura do
edifício, pode-se executar juntas de dilatação e de ligações pouco rígidas entre as
paredes e a estrutura do edifício.
As soluções construtivas que pretendem evitar os efeitos da dilatação das
coberturas, são variadas, porém podem-se dividir por três grandes grupos:
- As que permitem a livre dilatação da cobertura em relação às paredes por
interposição de camadas de materiais como chumbo, feltros betuminosos e
neoprene.
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- As que limitam os movimentos da cobertura por uma previsão criteriosa de
juntas de dilatação e de isolamento térmico da mesma.
- As que aumentam a resistência das paredes ao corte e à flexão por incorporação
de montantes de betão armado.
A transformação de fissuras em juntas de dilatação preenchidas por um material
elástico, e eventualmente, disfarçadas por um cobre-juntas, é uma solução que
pode ser aplicada às fissuras causadas pela dilatação de paredes ou da estrutura
do edifício.
Para reparar as anomalias resultantes das dilatações da cobertura, por deficiência
de isolamento térmico, poderão ser reparadas recorrendo à aplicação de um
isolamento complementar combinado com medidas que eliminem ou disfarcem as
fissuras.
1.5.5. Fissurações causadas pelos assentamentos de fundações
Formas de manifestação
Na origem de assentamentos diferenciais
podem estar associadas várias causas
como
a
consolidação
do
terreno,
a
existência de fundações de um mesmo
edifício
sobre
terrenos
diferentes,
a
construção de fundações de diferentes
tipos, fundações sobre aterros, etc.
A
característica
geral
deste
tipo
de
fissuras é o facto de essas fissuras afectarem igualmente os elementos
estruturais, nomeadamente os nós de intersecção de vigas e pilares onde se
geram concentração de tensões.
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Medidas preventivas
A realização de um estudo geotécnico prévio, é uma medida preventiva
necessária para, em fase de projecto, se poderem adoptar as soluções
construtivas necessárias de forma a evitar os assentamentos diferenciais, ou
menos menos, reduzir os seus efeitos.
A execução de cintas nas paredes e a execução de ligações não-rígidas entre os
elementos estruturais, também podem ser medidas a adoptar para evitar ou
reduzir os efeitos na estrutura sob os assentamentos diferenciais.
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Soluções Construtiva
1. Alvenaria em Terra
1.1. Paredes em Taipa
Taipa
-blocos
de
terra
compactada
em
moldes,
paredes
monolíticas.
Esta técnica de construção encontra-se entre as mais antigas. A sua origem
remonta há época das civilizações Caldeias e Assírias do crescente fértil
Mesopotâmico, constituindo posteriormente também uma prática construtiva das
civilizações romana e árabe, principalmente em zonas de fraca pluviosidade.
Este processo encontra-se espalhado um pouco por todo o mundo, no Yémen
encontra-se a cidade de Shibam, totalmente construída em terra, cujos edifícios
chegam a atingir os 8 pisos.
Em Portugal existem grandes manchas de construção em terra, tanto no Alentejo
como no Algarve.
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1.2. Parede de Adobe
As paredes de adobe, são construídas segundo as mesmas regras para o tijolo.
Este tipo de construção, apesar de ser uma das mais antigos, não é muito vulgar,
existindo principalmente na região do Distrito de Setúbal e Algarve.
Adobe ou tijolo cru é feito em terra moldada, à mão ou com a ajuda de pequenos
moldes de madeira e com formas diversas, formando blocos ou tijolos geralmente
secos ao sol antes de serem usados na construção.
A moldagem dos blocos é feita com uma forma de madeira rudimentar,
normalmente construída pelo operário no local e denominada adobeira. As
espessuras das paredes neste tipo de construção rondam os 35 cm.
Como inconvenientes, tem a vulnerabilidade de ser fraco na estabilidade face a
sismos e a esforços laterais provocados pela fluência das cargas da cobertura.
Para contrariar estas fraquezas, eram em muitos casos reforçados com a
introdução de testemunhos ou gigantes. Por isso não era indicado para a
construção
de
grandes
edifícios.
0 adobe só deverá ser rebocado e tratado com rebocos à base de cal apagada, ou
por intermédio de uma caiação directa sobre ele com a intenção de o proteger das
acções
atmosféricas,
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principalmente
da
água.
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Por ser facilmente degradado pela água, só pode ser executada sobre fundações
de alvenaria de pedra ordinária, geralmente em xisto com cerca de 0,60 m acima
do solo, a partir da qual se dá inicio à construção da parede, evitando assim as
humidades ascendentes.
Tipologias de paredes em adobe
• Paredes exteriores e interiores.
• Calendário idêntico ao das construções em taipa.
• Terras apropriadas: 54% a 75% de areia e de 25% a 43% de
ligantes (10% a 25% de silte e 15% a 18% de argila) e até
3% de fibras orgânicas (palha).
Fases construtivas
1) Execução dos tijolos (moldes adobeiros);
2) Secagem (quanto mais tempo melhor) e armazenamento dos tijolos;
3) Execução das fundações (semelhante à taipa) e das fiadas;
4) Execução das juntas;
5) Abertura de vãos.
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2. Paredes em Pedra
As paredes em pedra pode ser de dois tipos: de cantaria e de alvenaria.
o
Nos trabalhos de cantaria não se faz o uso de argamassas para o
assentamento das pedras.
Quando as pedras têm uma forma mais irregular procuram-se melhorar o
seu assentamento preenchendo-se os espaços com pedras de pequenas
dimensão.
o
Nos trabalhos de alvenaria de pedra, as pedras são assentes com
argamassas.
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A alvenaria de pedra já é usada desde à milhares de anos, por isso existem
monumentos de grande valor patrimonial, cultural e arquitectónico, feitos em
alvenaria de pedra, onde a sua conservação e reabilitação tem que ser feita com
conhecimentos suficientes, para não se perder esta rica herança deixada pelos
nossos antepassados.
Nos edifícios antigos, por vezes, apenas se preserva a fachada original,
substituindo a estrutura em alvenaria resistente, pelo já tão conhecido betão
armado.
Este tipo de intervenções existe devido à falta de conhecimento sobre as técnicas
e os materiais usados neste tipo de edifícios.
A pedra é um material resistente e apresenta vantagens económicas quando o
seu sitio de extracção está perto.
Em Portugal a pedra foi um material muito utilizado em tempos no Sul – o calcário,
no Norte e nas Beiras – granito e xisto e na Madeira – o basalto.
As alvenarias de pedra têm uma diversificada constituição interna, dependendo
da época, dos costumes e do local de construção. São caracterizadas por uma
grande irregularidade geométrica e falta de homogeneidade material, resultando
da diversidade de características dos materiais utilizados.
As pedras utilizadas podem ser de diversa natureza, forma e dimensão, regulares
e irregulares, e podem apresentar-se ligadas com terra, argila e argamassas
geralmente de fraca qualidade e que raramente envolvem completamente as
pedras.
É um material compósito heterogéneo, intrinsecamente descontínuo, com boa
resistência á compressão, fraca resistência á tracção e, sob a acção exclusiva da
gravidade. Com um baixo risco de deslizamento.
Processo Construtivo:
1) Fundações;
2) Marcação (definição da espessura);
3) Selecção, preparação e colocação das pedras (dos cunhais e
vãos para o centro);
4) Preenchimento dos espaços entre pedras (escassilhos);
5) Garantir macro irregularidades de uma fiada para a seguinte;
6) Garantir despenhamento e verticalidade.
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Existem varias soluções para utilizar a pedra: roladas não aparelhadas, pedras
angulosas dispostas irregularmente com uma fase aparelhada, pedras com
aparelho parcial dispostas em camadas e perpianho.
Pedras roladas não aparelhadas
Pedras angulosas dispostas
irregularmente com uma fase aparelhada
Pedras com aparelho parcial dispostas
Perpianho
em camadas
Vantagens:
o
o
o
o
Bom comportamento ao fogo;
Bom comportamento térmico;
Bom isolamento acústico;
Quando há falta de mão-de-obra especializada, a alvenaria é mais fácil de
construir do que uma estrutura em betão armado que tem muitos
pormenores construtivos importantes.
o
o
o
Elevada durabilidade;
Comportamento da Alvenaria de Pedra ao Esforço de Corte
Agradável aspecto estético
Desvantagens:
o
Diminuição da resistência quando sujeita a cargas cíclicas;
o
Limitada ductilidade, o que impõe algumas limitações em zonas sísmicas;
o
Valores de resistência á compressão baixos, comparativamente á
resistência do betão armado;
o
Escassez mão de obra qualificada.
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3 .Paredes de Madeira
A madeira é um dos mais antigos materiais de construção utilizados pelo homem.
È um material de grande beleza e de larga utilização nas construções. As suas
características devem ser bem estudadas afim de que não sejam nem
superestimidas e nem subestimadas, a fim de seu uso ser mais económico e com
qualidade.
A madeira é um dos materiais de utilização mais antiga nas construções, foi
utilizada por todo o mundo, quer nas civilizações primitivas, quer nas
desenvolvidas, no oriente ou ocidente. Com o advento da revolução industrial, a
Inglaterra, como grande potência, impôs a arquitectura em metal. Com a invenção
do concreto armado os técnicos de nível superior concentraram seus estudos no
novo material.
Vantagens:
o
o
o
o
São belas, praticas e duráveis;
Velocidade da construção;
Isolamento ( quando devidamente equipadas com materiais isolantes);
Construção em qualquer altura do ano.
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3.1. Paredes Simples
As Paredes Simples são singelas, encaixadas na horizontal umas sobre as outras.
3.2. Paredes Duplas
Entre as paredes é deixado um vão para preenchimento com produto isolante.
Parede dupla
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3.3. Painéis OSB
O OSB é um painel estrutural de tiras de madeira orientadas perpendicularmente,
em diversas camadas, o que aumenta suas resistência mecânica e rigidez. Essas
tiras são unidas com resinas aplicadas sob altas temperaturas e pressão.
Através desse processo de engenharia altamente automatizado, os painéis são
permanentemente controlados e testados para verificar seus níveis de acordo com
rígidos padrões de qualidade.
Vantagens:
o
Sem problemas de nós soltos nem fendilhado;
o
Sem problemas de laminação;
o
Qualidade consistente e uniforme espessura perfeitamente calibrada
(menos perdas);
o
Resistência a impactos;
o
Excelentes propriedades de isolamento termo acústico;
o
Atractivo a arquitectos e decoradores;
o
Rigidez instantânea em "framing construction";
o
Preço competitivo;
o
Estabilidade de oferta durante todo o ano;
o
Esteticamente atractivo a arquitectos e designers.
Desvantagens:
o Assim como os demais painéis de madeira e como a própria madeira, é
vulnerável a ambientes húmidos.
o Em tais condições, superfície e topo devem ser recobertos ou protegidos.
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Construções II
O OSB possui óptima resistência físico-mecânica, performance de arranque a
parafusos e possibilidade de pintura equivalente aos outros painéis estruturais.
Outra característica é a qualidade interna, superior ao do compensado, devido a
não conter nós e vazios. No compensado multilaminado é comum a ocorrência de
falhas e densidades diferentes no interior que podem comprometer a resistência à
ruptura e à elasticidade, além de influir na estabilidade do painel.
4. Paredes em Vidro
4.1. Tijolo de vidro
O bloco de vidro, também conhecido como “tijolo” de vidro, é um material de
construção que possibilita a passagem da luz do dia e a percepção da existência
de espaços contíguos, sendo muitas vezes a solução para criar divisões, paredes
internas e até mesmo fachadas inteiras.
Nas medidas mais conhecidas o tijolo de vidro mede 19cm x 19cm e 8cm de
espessura.
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Processo Construtivo:
1. Determina-se a quantidade de material necessário para a construção
de seu painel de blocos de vidro.
2. Faz-se a massa para assentamento:
3. Utilizam-se espaçadores para assentar os tijolos
Existem diferentes tipos de espaçadores:
o
Espaçador Normal – utilizado no encontro de 4 blocos.
o
Espaçador tipo “T” – é obtido através do tipo normal mas retira-se
as “orelhas” e uma perna de cada lado do mesmo.
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o
Construções II
Espaçador tipo “L” – é obtido do espaçador tipo retirando-se as
"orelhas" e duas pernas de cada lado do mesmo
4. Assenta-se o primeiro bloco de vidro no canto do painel. Para melhor
fixação usa-se os espaçadores tipo "T" e "L" na parte inferior da
primeira fila de blocos de vidro. Após assentado o primeiro bloco,
verifica-se se ele está certo para o nível vertical e horizontal.
5. Após a verificação da fileira do nivelamento, assenta-se o restante da
fileira utilizando espaçadores tipo "T" e no final espaçador tipo "L".
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Construções II
6. Para o assentamento dos demais blocos, utiliza-se espaçadores no
encontro destes, como pode ser visto no desenho abaixo. Jamais se
assenta um bloco encostado no outro.
7. Depois que todos os blocos estiverem assentados e a argamassa
estiver seca, quebra-se a "orelha" de plástico do espaçador que ficou
para fora. Com uma esponja húmida limpa-se os blocos antes que a
massa seque completamente sobre as faces dos mesmos.
Vantagens:
o
Criam ambientes bonitos com os reflexos e transparências;
o
Tem fácil manutenção, nunca exige pintura;
o
Tem elevada resistência mecânica;
o
Garante um visual moderno e está disponível em grande variedade de
cores;
o
Capacidade de isolar o som e a temperatura do espaço adjacente;
o
Protege do fogo durante mais tempo que outros materiais;
o
Não tem nenhum problema de condensação na parte interior do bloco;
o
Taxa de luminosidade superior a 70%, chegando a 80% em bloco de vidro
incolor,
valorizando
a
luminosidade
natural
e
diminuindo
consideravelmente o custo com iluminação eléctrica durante o dia.
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Desvantagens:
o
As alvenarias compostas de vidro não são estruturais;
o
Possuem um custo mais elevado em relação aos tijolos comuns;
o
Susceptível de fender com: assentamento de estrutura e a expansão
térmica.
Observações:
Nunca se instala os blocos de vidro quando a temperatura ambiente for inferior
a 4º C.
Utiliza-se sempre espaçadores entre os blocos de vidro.
Para paredes internas com área superior a 13m2, utilize ferro 3/16"(4 a 5mm)
entre os blocos, tanto verticalmente quanto horizontalmente, para amarração dos
mesmos. As paredes curvas deverão ser sempre reforçadas com ferro de 5mm
independente de sua extensão. Recomenda-se o mesmo procedimento para
paredes externas, ou seja, utilizar o ferro de 5mm horizontalmente e verticalmente
para amarração dos blocos. As dimensões máximas de um painel de bloco de
vidro são limitadas em altura e largura a 5m. Para a construção de um painel com
mais de 25 m2 será necessária a utilização de vigas e pilares para reforço.
Quando a área pretendida excede de mais de 2 metros de altura, é recomendável
a colocação em 2 etapas, para evitar assim que a parede desabe por pressão e
peso. Não se utiliza espátulas de aço ou qualquer outro dispositivo afiado para
bater e assentar o bloco de vidro, pois isso poderá causar rachaduras invisíveis.
Utilize um martelo de borracha para este fim. Não é recomendável a utilização dos
blocos de vidro em ambientes fechados que atinjam altas temperaturas.
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4.2. Vidro Exterior Colado
A técnica do VEC (Vidro Exterior Colado ou Structural Glazing), resulta numa
fachada cujo aspecto valoriza o vidro. Os componentes são colados com mástique
de silicone que actua principalmente como elemento de transferência dos esforços
dos componentes para os respectivos apoios.
Ao assegurarem esta função de juntas da estrutura global, os mastiques suportam
os esforços originados pelo vento, assim como o peso e as tensões derivadas de
dilatações diferenciais entre os vidros e os caixilhos de suporte. Em nenhuma
situação deverão os mastiques de silicone compensar a deformações previsíveis
do edifício. Estas devem ser absorvidas ao nível da ligação entre os caixilhos e a
estrutura de suporte dos vidros VEC.
O VEC é um sistema de colagem e não um sistema mecânico propriamente dito.
Os problemas de envelhecimento, de compatibilidade, de limpeza da superfície e
de definição da barreira de estanquecidade são por isso fundamentais.
Podem-se utilizar dois sistemas VEC:
- o sistema ”2 lados” em que os vidros estão encaixados da forma clássica em
dois dos lados com os outros colados a uma estrutura de suporte;
- o sistema ”4 lados” ou sistema integral, em que os vidros têm os 4 cantos
colados sobre um caixilho não visível, o que se traduz num aspecto exterior
uniforme e sem protuberâncias.
A equipa que projecta e monta deverá analisar em particular os seguintes
aspectos:
- dimensões das juntas das estruturas;
- aderência e durabilidade dos mastiques sobre os substratos vidro e metal;
- compatibilidade das juntas da estrutura com os diferentes tipos de juntas,
mastiques, fundos de juntas;
- compatibilidade das juntas da estrutura e de estanquicidade com a barreira de
estanquicidade do vidro duplo;
- altura da barreira de estanquicidade do vidro duplo;
- rigidez da estrutura;
- conjunto dos processos requeridos para a montagem;
- controlos da qualidade da execução;
- inspecção temporária e manutenção;
- manutenção e possibilidades de reparação.
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4.3. Vidro exterior agrafado
O sistema de vidro exterior agrafado surge em Portugal durante a década de 70
em que a fachada era ainda interrompida entre pisos pelas lajes, posteriormente
nos anos 80 foram introduzidas as fachadas que permitiam obter uma envolvente
exterior completamente envidraçada.
Este sistema reflecte o inicio da historia da arquitectura: fundir o interior com o
exterior ou o exterior com o interior.
Nos dias de hoje é um tecnologia de construção perfeitamente dominada e
calculada, com uso generalizado, sendo mesmo um dos tipos de construção mais
procurado não só pelos criativos mas também pelo mais comum dos utilizadores.
Teatro Camões
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Este sistema consta na fixação dos vidros a uma estrutura portante, por
intermédio de peças pontuais articuladas. Consiste em suportar de forma rigorosa
e graças às fixações articuladas, os esforços ligados ao peso próprio dos vidros e
às cargas climáticas.
Exemplos de grampos ou aranhas e rótulas:
-
Rótulas em aço Inoxidável para vidros de espessura até 26 mm.
-
Rótula biarticulada em aço inoxidável para vidros de espessura até 26
mm.
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Aranha
Os componentes em vidro são colados com a ajuda de mástiques que funcionam
essencialmente
como
elemento
de
transferência
das
tensões
desses
componentes relativamente ao seu suporte. Para se proceder á colagem do vidro
existem vários tipos de mástiques. No entanto nem todos eles são indicados para
este tipo de colagem. O mástique mais corrente é um selante que contem silicone
de reticulação.
No que se refere, ao seu peso próprio, o sistema de vidro agrafado deve possuir
um elevado grau de resistência á tracção, tanto a nível do envidraçado como a
nível das peças metálicas.
5. Paredes em Betão
5.1. Parede de betão simples
Nestas paredes não convêm ter comprimentos superiores a 3/5 m, existe o risco
de surgirem fissuras verticais, provenientes de tensões de retracção e de
temperatura.
5.2. Parede de betão ciclópico
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Construções II
Técnica tradicional actualmente em desuso. O Betão ciclópico é do que a
incorporação de pedras denominadas “pedras de mão”.
Estas pedras não fazem parte da dosagem do Betão e por diversos motivos, não
devem ser colocadas dentro do camião betoneira, mas directamente no local onde
o betão foi aplicado.
A pedra de mão é um material de granulometria variável, com comprimentos
entre 10 e 40 cm e peso médio superior a 5 kg por exemplar.
Elas devem ser originárias de rochas que tenham o mesmo padrão de qualidade
das britas utilizadas na confecção do concreto, devem ser limpas e isentas de
incrustações nocivas à aplicação.
O controlo tecnológico do betão é o mesmo para o betão convencional e as
proporções entre betão e pedras de mão, devem obedecer às determinações do
Engenheiro responsável pela obra ou do órgão contratante.
Sua aplicação é justificada em peças de grandes dimensões e com a maquinaria
específico, pois em pequenas obras pode gerar problemas de recebimento,
armazenamento, transporte interno, aplicação e controle das dosagens.
5.3. Parede de betão armado
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Tipos de Estruturas de Paredes em Betão Armado
É usual a construção de estruturas de paredes resistentes de três tipos:
•
Paredes de betão armado fabricadas em obra;
•
Paredes constituídas por pórticos de betão armado, preenchidos por
alvenaria de tijolo em betonilha (caso muito corrente em empenas);
•
Paredes constituídas por painéis pré-fabricados em betão armado ou de
alvenaria de tijolo e betão, ligados por elementos verticais (montantes) e
horizontais (cintas), de betão armado.
Estes três tipos de estrutura de paredes comportam-se sob a acção de forças
horizontais, como consolas verticais.
Características das paredes de betão armado:
•
É usado em soluções estruturais;
•
Não é usado em paredes interiores/divisórias;
•
Mau isolamento térmico
•
Bom isolamento acústico
•
Resistência ao fogo
São utilizadas em muros de suporte de terras; em paredes de caves; em caixas
de elevadores e de escadas; em paredes inclinadas para o exterior; em
construções standardizadas (parede/mesa).
1º Cofragem
Esta operação que geralmente requer mais tempo na execução de qualquer tipo
de obra de betão, pois é a cofragem que garante a estabilidade até que o betão
ganhe presa, sendo esta executada de tal modo que seja fácil de retirar.
É constituída, em geral, por tábuas de 25 a 30 mm de espessura, sustentadas por
travessas colocadas na vertical em toda a altura da disposição das tábuas, que
por sua vez, são apoiadas em travessa horizontais para melhor distribuição de
forças. Para garantir a verticalidade e estabilidade da estrutura.
2º Betonagem
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Para a boa execução de uma parede, alem de uma cofragem eficiente, deve-se
ter algum cuidado na betonagem. Para isso, o betão usado deve ser de boa
qualidade e preparado de modo a oferecer o máximo de solidez e de longevidade.
Antes de colocar o betão deve-se eliminar os resíduos de madeira e outras
substâncias da cofragem, procedendo-se á lavagem destas para evitar a secagem
rápida do betão junto às paredes, e consequentemente precaver a possibilidade
de existir uma retracção elevada.
A altura de queda do betão não deve ser superior a 2,5 m de modo a não existir a
diferenciação dos componentes da mistura, perdendo esta sua homogeneidade.
3º Armação
Para decidirmos a armação de uma parede de betão, deve-se em primeiro lugar
verificar a necessidade de uma armadura em função de esbelteza, da
excentricidade e da carga.
4º Descofragem
Após o tempo necessário é feita a descofragem. Considera-se 28 dias para ter
uma humidade residual de 2% e perda de volume de 0,5% - retracção inicial.
Sistemas de cofragem:
•
Cofragem de madeira, em decadência pelo tempo que demora e pela
reutilização relativa (5 a 6 vezes);
•
Painéis de contraplacado marítimo;
•
Cofragem standardizadas com face em chapa de aço ou contraplacado
marítimo e a estrutura em aço galvanizado;
•
Cofragem deslizante ou trepante.
O isolamento de paredes exteriores de betão pode ser resolvido de duas formas:
1º – Isolando-se pelo exterior
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2º – Isolando-se a laje no interior do edifício
Vantagens da sua utilização:
•
Redução das fases de construção;
•
Rapidez na execução (2 h/8 horas fazem 12 a 18 m de parede);
•
Construção resistente e durável;
•
Eliminadas as variabilidades e ligações betão / alvenaria.
Desvantagens:
•
Custo do investimento inicial;
•
Custo do betão;
•
Susceptível às pontes térmicas, devendo o isolamento ser global, pelo
exterior ou pela laje no interior do edifício;
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6. Paredes de painéis metálicos tipo sandwich
Com esta designação, denominam-se os painéis constituídos por três camadas,
das quais, a do meio desempenha a função específica do isolante.
As ligações entre as camadas exteriores e interior do betão poderão ser de dois
tipos: rígidas e não rígidas. As ligações rígidas sã obtidas no contorno, onde as
duas camadas estão solidarizadas por betão com armaduras. Esta solidarização
periférica é completada por outros pontos rígidos na zona corrente do painel,
também reforçados com armaduras.
Os principais inconvenientes deste tipo de ligação então relacionados com as
tensões que se podem desenvolver nas ligações como consequência das
diferenças de temperatura e/ou fluência entre as duas camadas e o facto de
originarem pontes térmicas, sempre desfavoráveis nos painéis de fachada.
Noutras soluções, uma das camadas, normalmente a exterior, fica suspensa da
camada resistente do painel, não havendo qualquer ligação rígida, ou apenas
uma. As outras ligações fazem-se normalmente com armaduras de aço inoxidável
especialmente concebidas para o efeito, distribuídas racionalmente pela superfície
do painel.
Materiais plásticos (poliestireno expandido e espuma de poliuretano), lã de vidro,
fibras minerais e aglomerados de fibra de madeira com cimento são os materiais
de utilização mais corrente, como isolamento térmico neste tipo de painéis.
7. Alvenaria de tijolos de barro vermelho (maciços, com furação horizontal ou
vertical)
Tijolos cerâmicos - Elementos fabricados por prensagem ou extrusão da argila,
que após um processo de pré-secagem natural, passa pelo processo de queima
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controlada sob alta temperatura, produzindo blocos maciços ou furados com
dimensões estandardizadas e normalizadas. São tradicionalmente utilizados nas
alvenarias de vedação nas construções.
Paredes de alvenaria cerâmica:
A alvenaria cerâmica é, na maioria das vezes utilizada como vedante, ou seja, tem
como função, o preenchimento de vazio entre secções da estrutura.
Por esse motivo a parede é “montada” de forma a oferecer ao habitante ou
utilizador do edifício conforto a nível térmico e acústico.
Parede exterior esta parede apresenta uma maior espessura, comparativamente
com a parede interior, de forma a colmatar as agressões exteriores (calor, sons,
humidades, etc…)
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Caixa-de-ar - tem um papel fundamental no corte à entrada de humidade, esta no
entanto deve ser bem ventilada e drenada de forma a funcionar da melhor forma.
Paredes de tijolo maciço:
As alvenarias de pequenos blocos são usadas nas edificações, empregando-se
blocos cerâmicos, sílica - calcários. Para a utilização em alvenaria estrutural,
estes devem apresentar resistência à compressão, baixa absorção de água,
durabilidade e estabilidade dimensional
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PAREDES SIMPLES EM ALVENARIA DE TIJOLO CERÂMICO
Esta solução tem um comportamento menos bom em termos de isolamento
acústico, resistência mecânica e resistência ao choque.
As paredes simples de alvenaria de tijolo são geralmente utilizadas apenas como
paredes divisórias interiores, por as suas características, nomeadamente no
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conforto higrotérmico e acústico, não as recomendarem para paredes divisórias
Exteriores.
O seu formato mais corrente é o 30 x 20 x 22, idêntico exteriormente ao tijolo
furado normalizado normal. Exigem tijolos complementares para remate de
cunhais. Podem ser com ou sem encaixe.
No entanto, para iguais espessuras, os tijolos tipo duplex garantem maior
isolamento térmico, devido à pseudo caixa-de-ar. Daí que o principal cuidado a ter
são o de evitar que a argamassa penetre na caixa-de-ar.
PAREDES DUPLAS EM ALVENARIA DE TIJOLO CERÂMICO
Os panos constituintes das paredes devem ser travados entre si para incrementar
a resistência às acções Mecânicas.
Poderão ser utilizados estribos metálicos ou não metálicos. Neste último caso
consegue-se reduzir as pontes térmicas e fenómenos de corrosão.
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As paredes duplas de alvenaria de tijolo são geralmente utilizadas como paredes
divisórias exteriores, por as suas características, nomeadamente no conforto
higrotérmico e acústico, permitindo o cumprimento das exigências funcionais.
• A caixa-de-ar entre panos de tijolos deve ter uma espessura de pelo menos
3cm (em geral, tem 4 a 5). É recomendável que seja ventilada, ainda que “muito
fracamente" através de duas séries de orifícios rasgados no pano exterior em
cada andar: uma série junto à base da parede, que assegura simultaneamente a
drenagem das águas, e outra na parte superior. Cada uma delas tem uma área
total de furacão inferior a 10 cm2 por metro linear de desenvolvimento da parede.
• A base da caixa-de-ar deve ser conformada de modo a permitir a recolha e o
encaminhamento das águas infiltradas para os orifícios de drenagem.
• No entanto, a arquitectura do edifício nem sempre permite uma solução ventilado
da caixa-de-ar, devendo ser adoptadas que mitiguem a ocorrência de
condensações no seu interior.
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Solução construtiva:
1.Assenta-se primeiro uma fiada no pano interior;
2. Executa-se uma caleira, geralmente em quarto de círculo, com pendentes no
sentido longitudinal, a qual deve ser feita em argamassa de cimento e areia com
acabamento afagado e, de preferência, revestida com um produto betuminoso
aplicado normalmente por pintura;
3. Juntamente com a execução da caleira, assentam-se nas zonas mais baixas
das caleiras tubos para drenagem das águas. que possam passar através do
pano exterior ou resultantes de condensações internas e que servem também
para ventilação;
4. Assenta-se uma fiada no pano exterior;
5. Depois de assentes as duas primeiras fiadas (uma de cada lado), a caleira e os
tubos para drenagem das águas, tapa-se o espaço entre os dois panos (caixa de
ar) com um rolo de papel, uma régua ou serapilheira, para evitar que parte da
argamassa de assentamento dos restantes tijolos se deposite na caleira e dificulte
o escoamento das águas;
6. Em seguida, deve executar-se o pano exterior a toda a altura, após o que
deverá ser revestido com reboco afagado pela sua face interior para contrariar a
passagem de água através da parede exterior para a caixa-de-ar;
7. Depois da execução e revestimento da parede exterior, executa-se o pano
interior também até à laje ou viga;
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8. Depois dos dois panos executados, retiram-se da caleira os rolos de papel ou
serapilheira e limpa-se completamente a caixa-de-ar;
9. Por último, assentam-se os tijolos nos espaços deixados na 2ª fiada do pano
interior aquando da sua execução. O travamento é conseguido deixando
embebidos na altura da betonagem dos pilares, pequenas pontas de varões
metálicos que são depois envolvidas pela argamassa de assentamento dos tijolos
(não de execução fácil). Estas pontas metálicas permitem melhorar a resistência a
esforços de origem térmica ou sísmica e a choques.
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8. Paredes simples e paredes duplas com caixa-de-ar
É o tipo de paredes mais executado na construção corrente por combinar um
preço relativamente baixo com uma resposta satisfatória às exigências impostas
pelo nosso clima e ao novo RCCTE.
Método de execução:
Paredes simples:
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1. A primeira operação corresponde à marcação dos 2 panos de alvenaria a que
se segue a execução da 18 fiada interior;
2. Em seguida faz-se a meia cana ou caleira que vai rematar o fundo da caixa-dear e assenta-se depois a 18 fiada exterior, aplicando tubos em plástico para
drenagem, proeminentes para o lado exterior e com espaçamentos de cerca de 2
metros.
3. Estes tubos para drenagem têm como função a recolha das águas do fundo da
caleira. Esta terá de ter inclinação e impermeabilização apropriada (para conduzir
as águas ao exterior), e uma proeminência relativamente ao revestimento final
superior a 15mm. Os tubos devem ficar mais compridos para serem alinhados
posteriormente por corte, uma vez que nesta fase ainda não há uma certeza em
relação á espessura dos revestimentos.
Paredes duplas:
1. Proteger a caldeira (forrar com papel), e retirar posteriormente através de
aberturas criadas posteriormente na 1ª ou 2ªfiadas exteriores;
2. Utilização de uma régua horizontal, com a mesma largura da caixa-de-ar,
suspensa, para haver recolha dos restos de argamassa que vão cair na caixa-dear, evitando de atingir a caldeira;
3. Realização da parede interior, após a execução da parede exterior e limpeza da
caixa-de-ar, indo de encontro ao isolante térmico rígido que serve de protecção a
caixa-de-ar;
4. No caso destas paredes deve também ter em atenção que o lado da parede em
que o aspecto fica mais cuidado é aquela em que o operário está a trabalhar,
ficando o outro lado com um aspecto mais rude e com algumas irregularidades;
Após a execução:
1. Assegurar o alinhamento vertical e horizontal das paredes;
2. Aspecto geral das juntas e dimensão das juntas horizontais (tolerância de
3mm);
3. Completo preenchimento das juntas verticais de ligação á estrutura de betão
armado.
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9. Alvenaria de blocos de betão simples
De produção bastante diversificada, realizada em geral por empresas de pequena
dimensão e inovação técnica e de implantação regional.
Os blocos de cimento derivam e são concorrentes do tijolo de argila cozida. Este
surge com a intenção de alcançar maior rapidez na construção de muros, paredes
e tabiques, com grande durabilidade, eventual melhor preço e superior resistência
mecânica.
Os blocos de argamassa de cimento ou simplesmente blocos de “cimento”, como
o próprio nome indica, são produzidos a partir de argamassa de cimento
“portland”. Os primeiros blocos de cimento fabricaram-se maciços, mas, como
eram demasiado pesados e ficavam por elevado preço, pensou-se em aligeirá-los
fazendo-os vazados.
Mas os blocos para alvenaria podem ter muitas outras formas, embora as
dimensões se aproximem sempre do que é mais vendável: 40×20×7/11/15 ou 20,
sobretudo este último.
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Não é muito frequente empregarem-se blocos de cimento em paredes exteriores,
a não ser em pequenas casas ou para tapar vãos de estruturas de betão armado
(vãos entre vigas e pilares). De facto, as principais aplicações dos blocos de
cimento são em paredes divisórias e empenas.
Os canais horizontais são o mais vulgar. No entanto, há quem defenda os canais
verticais nestes blocos. Os canais horizontais permitem camadas isolantes, mas
segundo alguns técnicos dizem que em termos de resistência à compressão só se
aproveita uma parte da sua massa pétrea. Nos blocos com canais verticais todo o
material pode trabalhar na transmissão de cargas. Se, com largos canais
contíguos (blocos com canais verticais), é difícil evitar a “ventilação” no interior
das paredes, o isolamento térmico será pior. Contudo, por outro lado, com a
introdução de armaduras nesses canais, quando são largos, seguidas do
enchimento com betão, formam-se verdadeiros pilares incorporados nas paredes.
Tudo tem as suas vantagens e os seus inconvenientes, mas o que é certo é que
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os blocos com canais verticais estão pouco implantados no mercado, em
comparação com a enorme proliferação dos outros blocos
Como matérias-primas empregam-se, em geral, areia e cimento “portland”,
formando uma argamassa a endurecer à temperatura ambiente ou próxima desta.
O traço desta argamassa varia, mas as proporções de 1:4, 1:5 e 1:6 são
frequentes no fabrico de blocos maciços. É com esta argamassa que se enchem
os moldes metálicos. Depois de bem comprimida a massa, são os blocos
desmoldados, ficando 24 horas com a plataforma que forma o fundo do molde,
depositando-se, em seguida, numa câmara húmida, onde são regadas duas vezes
por dia, na primeira semana. Podem empregar-se no fim de 28 dias, sendo a sua
resistência, usando os traços 1: 5 e 1: 6, cerca de 200 e 100 kg/cm²,
respectivamente.
Quando se fabricam blocos vazados, então a massa é fortemente vibrada.
Estas são as linhas gerais do fabrico de blocos, pois cada fabricante tem os seus
processos particulares, quer no traço da argamassa ou do betão, quer nas
máquinas que utiliza.
É frequente em determinadas fábricas de produção de blocos, que usam uma
técnica bastante avançada, às matérias-primas tradicionais (areia, cimento e
água) juntar sarrisca (desperdícios de pedreiras ou granito finamente britado). As
matérias-primas
sólidas,
que
são
guardadas
em
silos
separados,
são
transportadas por tapetes rolantes até uma “central de betão”, munida de uma
betoneira horizontal de funcionamento automático. Automaticamente o betão é,
pois, distribuído pelos moldes, vibrado, desmoldado e transportado para estufas,
onde a secagem é muito abreviada. Tudo em perfeita e automática sequência. O
material é, assim, mais perfeito e o fabrico muito mais rápido.
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Vantagens
•
Boa resistência à compressão;
•
Boa resistência ao fogo;
•
Bom isolamento acústico;
•
Facilidade de assentamento;
•
Podem ser utilizados em paredes de face à vista dado possuírem
dimensões uniformes e faces com um aspecto agradável (embora tal seja
subjectivo);
•
Boa aderência às argamassas, admitindo revestimentos de pequena
espessura quando bem aplicados.
Desvantagens
•
Dificuldade de abertura de roços:
•
Peso elevado;
•
Elevada absorção de humidade;
•
Fraco isolamento térmico.
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10. Alvenaria de blocos de betão celular autoclavado (tipo "Ytong");
O betão celular autoclavado surgiu em 1924 pelo arquitecto sueco Johan Axel
Eriksson. Devido a uma pesquisa no sentido de encontrar um material que
apresentasse boas características idênticas à madeira (estrutura sólida, bom
isolamento térmico, facilidade de trabalho e manuseamento), mas sem as suas
desvantagens (combustibilidade e apodrecimento com o tempo).
Um dos nomes porque é conhecido o betão celular autoclavado, nomeadamente
em Portugal, e que é uma das marcas comerciais, é “ytong”.
O betão celular autoclavado é um material de construção, inteiramente natural e
não poluente, composto por areia, cal, cimento e água. Na fase final do fabrico é
adicionado pó de alumínio que actua como gerador de bolhas de hidrogénio no
seio da mistura dos restantes constituintes, e que são responsáveis pela formação
da estrutura celular deste material.
A cura deste betão é feita em autoclave sob a acção de vapor de água em
condições de pressão e temperatura controladas.
Os blocos de betão celular autoclavado apresentam todas as propriedades e
características para a construção de alvenarias de alta qualidade, nomeadamente:
isolamento
térmico
excelente,
elevada
resistência
à
compressão,
incombustibilidade e resistência ao fogo, bom isolamento acústico e facilidade de
manuseamento.
Os blocos com largura inferior a 15 cm têm topos planos e o seu assentamento é
realizado com juntas verticais e horizontais delgadas, constituídas por argamassa
especial. Os blocos com largura igual ou superior a 15 cm dispõem de uns perfis
de encaixe tipo “macho-fêmea” nos topos para realização, por encaixe, de juntas
verticais secas. Adicionalmente, os blocos com largura igual ou superior a 20 cm
apresentam uma “pegas” nas zonas superiores dos topos para facilitar o seu
manuseamento.
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Blocos de betão celular autoclavado com e sem pegas
O peso reduzido e a estabilidade dimensional do betão celular autoclavado são
características ideais para a construção de alvenarias. A sua utilização em
paredes exteriores e interiores, permite uma menor transmissão de carga, a todos
os elementos estruturais (lajes, vigas e pilares), do que outros materiais de
construção, para além de toda a qualidade e bem-estar oferecidos.
Em construções industriais, devido à existência de grandes painéis de alvenaria
corrida, o betão celular autoclavado permite rendimentos de assentamento de
blocos ainda mais elevados, possibilitando um encurtamento significativo dos
prazos de execução das obras.
Um apoio técnico especializado e uma assistência à obra por técnicos do
fabricante é fundamental para garantir a segurança da utilização dos produtos de
betão celular autoclavado, dadas as especificidades desta nova tecnologia.
A existência de minúsculos poros de ar oferece ao betão celular autoclavado o
seu excelente isolamento.
As paredes construídas com blocos de betão celular autoclavado apresentam
elevadas resistências térmicas o que permite manter durante todo o ano
temperaturas de conforto. No inverno as perdas térmicas pelas paredes exteriores
são mínimas e durante o verão oferecem grande resistência à penetração do calor
exterior.
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As alvenarias Ytong, constituem excelentes paredes corta-fogo, atendendo às
suas características de incombustibilidade e incomburência, que não produz
fumos nem gases tóxicos.
Mas a existência de juntas flexíveis penaliza a obtenção de paredes corta-fogo,
obrigando a cuidados especiais em termos de selecção dos materiais usados no
preenchimento das juntas e na espessura mínima de reboco a aplicar sobre estas.
As paredes construídas com blocos de betão celular autoclavado apresentam um
bom isolamento acústico aos ruídos transmitidos do interior para o exterior e
oferecem uma eficiente barreira sonora aos ruídos produzidos no exterior.
A absorção de água no betão celular autoclavado processa-se, de um ponto de
vista global, mais lentamente do que em outros materiais de construção. A
existência de micro-poros, separados entre si, implica uma reduzida velocidade de
absorção. À superfície do bloco e até cerca de 5cm de profundidade, a absorção é
mais rápida, devido à existência de micro-poros cortados, o que poderá levar a
considerações menos correcta acerca da permeabilidade do material.
Atendendo ao seu reduzido peso específico os blocos de betão celular
autoclavado facilitam o trabalho do aplicador. Os blocos com espessura superior a
15cm possuem reentrâncias que constituem “pegas” na parte superior dos topos,
tornando ainda mais fácil o seu manuseamento.
As peças de acerto das dimensões da obra são obtidas por simples corte com um
serrote manual ou serra eléctrica.
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Abertura de roços
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Corte com serrote
Vantagens:
•
Leveza, facilidade de manuseamento
•
Grandes dimensões, rápida execução
•
Boa resistência a compressão
•
Bom isolamento térmico
•
Bom isolamento acústico
•
Cortam-se com facilidade
•
Fácil execução de roços
•
Boa resistência ao fogo
•
Incombustível
•
Boa durabilidade
•
Pode aplicar-se estuque ou outro acabamento sem ser necessário rebocar
a parede e pode ser usado em panos de parede interiores e exteriores;
Desvantagens:
•
Fraca permeabilidade
•
No caso de serem aplicados em paredes exteriores com pano simples,
cuidados são necessários para evitar a infiltração de águas pluviais,
nomeadamente o uso de argamassa específica para enchimento das
juntas.
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11. Alvenaria de blocos de betão de argila expandida (tipo "Leca")
Argila Expandida
A argila expandida resulta da introdução de argila pura seleccionada em fornos
rotativos, a temperaturas elevadas, onde se dá a sua expansão controlada. Deste
processo resulta a formação de grânulos que, no seu interior, contém milhares de
micro poros fechados, contendo ar, conferindo ao material leveza e isolamento
térmico. Estas propriedades, conjugadas com a sua natureza mineral, fazem da
argila expandida um isolante térmico durável, com elevada resistência mecânica e
inúmeras
aplicações
nos
mais
variados
domínios.
Em função das características da matéria prima e da tecnologia de queima, para
além de outras variáveis, podemos obter argila expandida com diversas
características para diferentes aplicações.
A maioria dos produtores em Portugal, utiliza o betão leve com agregados leves
de argila expandida.
O betão leve distingue-se basicamente do betão normal pela massa volúmica.
Assim sendo as suas exigências funcionais por proporcionarem por exemplo
melhores desempenhos térmicos, são também substancialmente diferentes das
dos betões normais.
Ao betão normal é exigida resistência e trabalhabilidade, ao betão leve além
destas duas funções também é exigida a leveza e o isolamento térmico
Vantagens do betão leve relativamente ao betão normal:
•
Redução do peso próprio introduz menor carga nas cofragens, a massa do
betão por ser menor, induz ao aumento da produtividade com redução do
consumo energético.
•
Maior resistência térmica proporciona a sua aplicação em elementos onde
o desempenho térmico é decisivo.
•
Acústica: sob determinados aspectos a aplicação dos betões leves
proporcionam uma absorção acústica melhorada.
Desvantagens:
•
Maior dosagem de cimento para a mesma resistência mecânica.
•
Agregados leves caros.
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Paredes Exteriores
Construções II
A argila expandida, dadas as suas características técnicas de isolamento e
resistência, propiciam a criação de soluções de alvenaria inovadoras que
respondem às oportunidades criadas pelo mercado
Argila expandida Leca
As propriedades do agregado leve de argila expandida Leca® são:
•
Leveza
•
Isolamento acústico
•
Isolamento térmico
•
Resistência
•
Incombustibilidade
•
Inerte
•
Produto natural inorgânico
Conseguem-se retirar bons resultados do desenvolvimento de produtos à base de
argila expandida, quando se conseguem compatibilizar simultaneamente as três
exigências de desempenho: a leveza, a resistência e o isolamento térmico, num
mesmo produto.
Em particular a Leca®, pelo facto de ser argila natural expandida, o nível de
emissões de CO2 é mais baixo do que outros produtos utilizados no isolamento
dos edifícios. Também por ser um produto mineral, é durável, não tóxico e
absolutamente reciclável, constituindo por isso, um produto base para o
desenvolvimento de soluções sustentáveis.
Soluções recentes de alvenaria em betão leve de argila expandida
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Construções II
As soluções em betão leve com argila expandida Leca®, tiveram em consideração
o isolamento térmico e o isolamento acústico, foram tratadas com particular
interesse e culminaram com a criação dos produtos/sistemas seguintes:
• Sound Confort
• Isolsónico®
• Sistema Hotskin, Bloco Térmico® revestido com sistema de isolamento térmico
pelo exterior (E.T.I.C.S.).
• BlocoConforto®
• Leca® Decor
Absorção acústica – sound confort
O bloco sound confort é utilizado nas vias rodoviárias como barreiras acústicas.
Garantem mais conforto para quem habita junto às estradas.
O bloco Sound Confort, foi desenvolvido internamente e recorre ao uso de
câmaras de Helmoltz com vista a ser eficaz nas médias frequências, no entanto
essas câmaras possuem volume variável com o objectivo de tornar o bloco mais
eficaz num leque de frequências mais alargado.
O bloco é constituído em betão leve, cuja organização interna foi conseguida à
custa da conjugação de câmaras de maior volume com outras de menor volume,
sendo estas últimas colocadas na parte frontal e as outras na parte posterior.
Aspecto do elemento de alvenaria
ISOLAMENTO ACÚSTICO ENTRE FOGO – ISOLSÓNICO®
ISOLSÓNICO® é um bloco em betão leve Leca® destinado à execução de
alvenarias simples onde o desempenho acústico é um factor essencial.
Uma parede simples executada com o ISOLSÓNICO®, garante um elevado
desempenho acústico, não havendo necessidade de recorrer a panos duplos com
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Construções II
isolamento no interior para obter valores de isolamento sonoro regulamentares.
Esta característica torna-o particularmente apto para a aplicação em paredes de
divisão entre fogos independentes, sendo uma alternativa acusticamente
garantida, mais económica, em material, tempo de execução e mão de obra.
Aspecto do elemento de alvenaria
Vantagens
• Desempenho acústico em paredes simples sem necessidade de isolamento
complementar;
• A execução da parede é simples é rápida, não exigindo mão-de-obra
especializada;
• Diminuição no tempo de execução da obra;
• Poupança de custos ao nível do material e mão-de-obra;
• Garantia do isolamento.
SISTEMA HOTSKIN, BLOCO TÉRMICO® REVESTIDO COM SISTEMA DE
ISOLAMENTO TÉRMICO PELO EXTERIOR (E.T.I.C.S.).
O Sistema maxit HotSkin consiste na conjugação do Sistema de Isolamento
Térmico pelo Exterior (ETICS) composto por isolamento térmico prefabricado
aplicado, com a alvenaria de Bloco Térmico®. O sistema é revestido por um
reboco armado para protecção das solicitações climáticas e mecânicas pelo
exterior e por um reboco tradicional pelo interior.
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Construções II
O Sistema maxit HotSkin é constituído por placas de poliestireno, expandido de
espessura variável, coladas com argamassa maxit 408 e revestidas novamente
com este produto. O maxit 408, como barramento, é aplicado em várias camadas
e armado com uma ou mais redes de fibra de vidro. Como acabamento é utilizado,
geralmente, um revestimento fino, tipo maxit Mincoat, maxitScratch ou maxitRillen.
A conjugação do sistema E.T.I.C.S. com o Bloco Térmico®, permite a optimização
da espessura do isolante leve a colocar no exterior, porque o bloco já possui um
isolamento térmico apreciável devido à incorporação da Leca® no betão
constituinte.
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Vantagens:
•
Facilidade de execução
•
Economia
•
Juntas de argamassa horizontais descontínuas
•
Isolamento Térmico e Acústico melhorado
•
Tratamento pontes térmicas
ISOLAMENTO TÉRMICO EM ZONAS OPACAS VERTICAIS NA ENVOLVENTE
EXTERIOR - BLOCOCONFORTO®
Bloco constituinte de um sistema construtivo em alvenaria simples, com
isolamento repartido, especialmente concebido para a construção de moradias e
edifícios até 3 pisos em parede resistente.
Alternativa a parede dupla com isolamento leve ou parede simples com sistema
ETICS, o sistema de alvenaria com Bloco Conforto® tem um excelente
comportamento térmico.
O BlocoConforto® é um elemento com um comportamento exemplar no que
respeita ao comportamento térmico. Este
O Bloco Conforto® permite a acumulação da energia na parede, que será
libertada quando a temperatura do espaço for mais baixa. Quando inserido em
sistemas de construção tradicional contribuiu para a classe de resistência forte.
O BlocoConforto® tem uma resistência à compressão e a sua geometria (largura
de 35cm), proporciona uma estabilidade lateral à acção do vento e resistência ao
choque de corpos sólidos, superior a uma parede constituída por dois panos de
alvenaria de 11cm e 15cm.
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Vantagens:
• Isolamento repartido;
• Tratamento pontes térmicas;
• Paredes resistentes
• Preparado para ser utilizado como alvenaria estrutural, reduzindo o tempo de
execução e o custo dos materiais e cofragens, resultando numa construção de
elevada qualidade com baixos custos.
• Inércia térmica;
• Montagem simples;
• Mão-de-obra pouco especializada;
• Tempo de execução muito inferior às paredes duplas.
DESIGN - LECA® DECOR
Leca®Decor constitui forma simples de fazer correcções acústicas em espaços
como salas de espectáculo, de exposição, auditórios, salas de formação,
restaurantes, cantinas, e inúmeros outros locais onde as características acústicas
e arquitectónicas são fundamentais para o conforto humano e funcionalidade do
espaço.
Aspecto do elemento de alvenaria
Têm uma textura única, conferida pelos grãos de argila expandida Leca® , este
bloco face-à-vista decorativo, sem necessidade de acabamento final, destina-se a
ser utilizado em alvenarias interiores para correcção acústica.
Pode ser combinado com outros materiais (madeira, pedra, alumínio, vidro, por
exemplo), tornando assim a sua aplicação particularmente versátil. Em
determinadas circunstâncias também pode ser utilizado no exterior, tirando-se
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então partido das propriedades térmicas que lhe são conferidas pela argila
expandida Leca®.
De elevado valor decorativo, e com excelentes propriedades acústicas - absorção
sonora superior -, permite fazer jogos de luminosidade e textura, criando
ambientes extremamente sofisticados, acolhedores e muito confortáveis.
12. Painéis pré-fabricados pesados
De difícil transporte e colocação em obra e algo susceptíveis a patologias nas
ligações; de rápida instalação, exigem uma certa repetitividade para se tornarem
competitivos.
Tipologias:
-Vedações de edifícios multipavimentados
•
Painéis arquitectónicos
•
Painéis modulares auto portantes
•
Painéis de concreto celular acabados
-Vedação de edifícios horizontais, comerciais e industriais
•
Auto-portantes
•
Estruturais
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13. Painel pré-fabricado arquitectónico de fachada
É um componente pré-fabricado de dimensão especial (ou ocasionalmente
modular) que por incorporar acabamentos, texturas, cores ou formatos especiais,
contribui para a forma ou o efeito arquitectónico das fachadas.
Na selecção dos painéis pré-fabricados deve-se ter em atenção:
Vida útil e manutenção
•
Durabilidade dos materiais constituintes do painel
•
Durabilidade das fixações
•
Degradação da superfície acabada e possibilidade de acções de
manutenção
•
Periodicidade e facilidade de manutenção
Aspectos arquitectónicos e estéticos
•
Flexibilidade arquitectónica - detalhes, juntas, dimensões, volumetria, etc.
•
Características superficiais – cor, textura, uniformidade.
•
Manutenção das características superficiais.
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Fixação:
Soldada à estrutura
Aparafusada
Juntas entre painéis
Desempenho Funcional
•
Desempenho estrutural
•
Estanqueidade
•
Comportamento frente à acção do fogo
•
Desempenho acústico
•
Desempenho térmico
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14. Paredes de Bloco de Gesso
A execução de uma parede com blocos de gesso é feita da mesma forma como é
feita com a alvenaria convencional.
Os blocos de gesso são blocos pré-moldados, utilizados na construção de
divisórias ou paredes estruturais, apresentam-se com encaixe tipo macho/fêmea,
para facilitar o seu encaixe e são planos, apresentam um acabamento perfeito nas
suas superfícies, após a montagem da parede ou tecto, obtém-se uma superfície
plana e pronta para receber o acabamento.
Os blocos podem apresentar:
•
As faces planas e lisas,
•
Serem vazados ou compactos.
Os blocos vazados são utilizados quando se pretende diminuir o peso das
paredes ou em tectos, ou melhorar o isolamento acústico, enquanto os blocos
compactos permitem construir paredes com maior altura.
Os blocos compactos devem ser utilizados em substituição dos materiais
convencionais, como os blocos de cimento ou blocos cerâmicos, na construção de
paredes internas com paredes divisórias de quartos, salas, escritórios e espaços
semelhantes.
De forma geral, podemos encontrar no mercado, os seguintes tipos de blocos de
gesso:
- Bloco tipo S, standard, normalmente de cor branca, para uso geral, divisórias
internas, ou em ambientes onde necessite de uma maior segurança.
- Bloco tipo H, hidrófugo, normalmente de cor azul, para uso em ambientes
sujeitos à acção da humidade de forma intermitente;
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15. Fachada Ventilada
Definição
A Fachada Ventilada é uma solução ideal para revestimentos exteriores.
Cada vez mais utilizado na construção moderna, o sistema de Fachada Ventilada
assume-se, actualmente, como a solução mais eficiente na resolução de
problemas de isolamento térmico dos edifícios, ao mesmo tempo que permite
conceber projectos de elevada qualidade estética e funcional. Não tem
manutenção quando comparada com processos tradicionais.
Melhoria estética, este sistema evita a deterioração do edifício, e permite criar
obras de elevada beleza estética.
Melhoria funcional, devido às qualidades inerentes ao sistema: excelente isolante
térmico; maior durabilidade (protegendo a própria estrutura interna do edifício);
diminuição dos problemas relacionados com humidade e infiltrações (devido à
ventilação); redução do consumo de energia do edifício (graças à melhoria do
conforto térmico). ”
A Fachada Ventilada pode ser definida como um sistema de protecção e
revestimento exterior de edifícios, caracterizado pelo afastamento entre a parede
do edifício e o revestimento, criando, assim, uma câmara de ar em movimento.
Esta câmara-de-ar permite a ventilação natural e contínua da parede do edifício,
através do efeito de chaminé (o ar entra frio pela parte inferior e sai quente pela
parte superior). Deste modo, com o “arejamento” da parede, evitam-se as comuns
humidades
e
condensações
características
das
fachadas
tradicionais
e,
consequentemente, consegue-se um maior conforto térmico.
A Fachada Ventilada tem, ainda, como outras vantagens a montagem fácil e
possibilidade de colocação das instalações eléctricas e sanitárias no espaço
criado entre a parede e o revestimento.
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Os elementos principais que constituem a Fachada Ventilada são:
• O revestimento exterior (tem principalmente uma função estética e de protecção
da parede do edifício);
• A câmara-de-ar (permite a ventilação natural da parede, sendo a condição
essencial para o funcionamento do sistema);
• A estrutura de fixação onde é aplicado o revestimento (poderá ser de metal ou
de madeira e tem como função dar estabilidade ao sistema; é através desta
estrutura que se consegue o afastamento necessário para criar a câmara-de-ar);
• E a capa isolante (deverá ser aplicada na parede do edifício por formar a garantir
a sua estabilidade térmica).
Os materiais utilizados na numa Fachada Ventilada deverão ser protegidos de
modo a evitar a sua corrosão, apodrecimento ou outras patologias.
Fixação
Uma Fachada Ventilada pode ser aplicada com fixações visíveis ou ocultas.
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Fixação para revestimentos de grande espessura (espessura superior a
20mm).
Fixa-se a peça sobre margem superior e inferior, para que os perfis horizontais a
possam acomodar e fixa-se assim ao resto da estrutura dos perfis verticais
mediante grampos de aço.
Este sistema permite a colocação de pedra natural e de uma variedade de
revestimentos tais como peças de fibrocimento, painéis cerâmicos, elementos de
grande calibre, etc.
Fixação à vista para espessura fina
Os tipos de encaixe para fixar o painel à perfilaria é visível desde o exterior.
Normalmente, neste tipo de sistemas, utilizam-se grampos de aço inoxidável que
seguram o painel unindo-o ao perfil metálico, lacados da mesma cor que o próprio
revestimento, com o objectivo de reduzir o impacto visual e estético.
Este sistema encontra-se pensado para cerâmica, mas pode também aplicar-se
com peças de pedra natural delgada, laminadas, placas de alumínio, etc.
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Fixação oculta para espessura fina
No sistema oculto, os encaixes de fixação da peça de revestimento não são
visíveis. Deve-se ao facto de serem feitas, no dorso da peça, rasgos que
permitem a colocação de elementos de aço inoxidável, que se aparafusam a um
perfil de alumínio que, por sua vez, fica fixado através de grampos de pressão ao
perfil horizontal.
Este sistema encontra-se pensado para cerâmica, mas pode também aplicar-se
com peças de pedra natural delgada, laminadas, placas de alumínio, etc.
Materiais utilizados nas fachadas ventiladas
1.Betão Polímero
O betão polímero é constituído por uma combinação de agregados de sílice e
quartzo, ligados mediante resinas de poliéster estável. Este material possui
resistências mecânicas quatro vezes superiores às do betão convencional.
A impermeabilidade é uma das propriedades importantes do material, algo que o
converte num elemento inalterável perante os ciclos de gelo – degelo. Graças à
ausência de porosidade a manutenção da fachada limita-se a uma fácil limpeza
periódica com água e sabão.
É um sistema que aumenta a superfície útil do projecto.
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Detalhes de Junta e Remate
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2.Alumínio Perfilado
Este sistema de fachada baseia-se na utilização de um perfil contínuo em
alumínio extrudido. Tais perfis são utilizados para construir a sub estrutura e os
elementos de acabamento.
Campos de Aplicação:
- Edifícios novos ou em reabilitação;
- Edifícios residenciais;
- Escritórios;
- Comerciais de industriais;
- Edificação pública ou privada de grandes e pequenas dimensões.
A nível estrutural o sistema também apresenta óptimos resultados. Graças aos
seus perfis em barras, que se comportam como uma viga de apoio contínuo,
melhoram notavelmente a resposta estática à acção do vento, tanto na zona de
pressão como na de sucção.
Características do Sistema:
- Potencia ao máximo os parâmetros de isolamento e conforto de habitabilidade;
- Rapidez e facilidade de montagem bem como fácil manutenção;
- Materiais e componentes de alta qualidade;
- Soluções de vanguarda, que se adequam plenamente aos regulamentos
vigentes;
- Resistência aos agentes atmosféricos (água, gelo, sol, mudanças de
temperatura);
- Solução duradoura;
- Resistência à corrosão e aos agentes químicos;
- Escasso impacto ambiental;
- Resistência à corrosão e outros agentes químicos;
- Melhor conforto graças à barreira acústica.
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Detalhes de junta e remate.
Edifício com sistema de fachada ventilada em alumínio perfilado.
3.Vidro
A fachada ventilada totalmente em vidro assemelha-se no seu aspecto visual a
uma fachada cortina, a diferença está no sistema construtivo utilizado.
A fachada ventilada em vidro pode apresentar função estrutural de modo a que o
suporte se apresente totalmente oculto quando observado do exterior.
O sistema é composto por perfilagem de suporte com vidro duplo no pano
interior, seguido de câmara-de-ar com 10 a 15cm e um pano simples colocado à
face exterior dos perfis de suporte.
Permite a existência de vãos com a mesma leitura visual e de aberturas interiores
de acesso à câmara-de-ar para manutenção e limpeza dos filtros.
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O vidro a utilizar depende das características estéticas que desejam ser
adoptadas.
Vantagens:
•
Ventilação – melhor controlo do efeito chaminé, ajudando a evacuar o ar quente
para o exterior de uma forma rápida e precisa.
•
Protecção solar – A possibilidade de incorporar uma cortina veneziana na câmarade-ar aumenta de forma notável a dispersão ou a entrada, conforme os casos, dos
raios solares.
•
Barreira de anti-fumo – em caso de incêndio o fumo não se propaga aos pisos
superiores.
•
Iluminação – Controlo da iluminação natural. Supressão do reflexo luminosos
directo. Uniformização da iluminação interior, e eliminação dos brilhos através da
persiana veneziana intermédia. Distinta transmissão luminosa do vidro exterior.
•
Economia – Rapidez de colocação o que o torna num sistema competitivo.
Perfis e secções de corte
A Fachada Estrutural Ventilada da ANICOLOR, Sistemas de Alumínio, é um
sistema novo e imponente no conceito das fachadas, com a estrutura totalmente
oculta vista do exterior.
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Este sistema Incorpora uma câmara de 140mm entre o vidro exterior e o interior,
permitindo uma ventilação natural no sentido ascendente da fachada, assim como
uma redução da transmissão térmica entre o interior e o exterior de um edifício.
A estrutura desta fachada é composta por montantes com uma vista de 50mm,
assegurando em conjunto com as travessas uma perfeita resistência na flexão
perante as acções do vento.
Edifícios com sistema de fachada ventilada Anicolor
Fachada ventilada com isolamento exterior
Esta fachada ventilada em vidro preconiza uma solução tradicional de pano de
alvenaria com isolamento pelo exterior e a cortina de vidro como pele externa.
Esta fachada ventilada em vidro não apresenta função estrutural constituindo
apenas uma pele exterior.
Este sistema é composto por uma capa exterior, geralmente em vidro laminado,
fixado em perfis de alumínio originando um espaço de ar naturalmente ventilado
entre o isolamento e o revestimento de vidro.
Edifício com sistema de fachada ventilada em vidro com isolamento pelo exterior
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4.Madeira
Este tipo de solução faz uso de um material natural – a madeira em bruto.
Para que adquira propriedades que a permitam resistir em casos de aplicação
exterior tem de ser devidamente modificada de modo a poder ser aplicada e
manter-se inalterada mesmo em condições climatéricas adversas sem necessitar
de grande manutenção.
O processo de modificação submete a madeira em bruto a elevadas temperaturas
para que a maior parte da humidade desapareça e a torne mais resistente.
Edifício revestido com madeira
5.Cerâmica
É um sistema muito eficiente ao nível do comportamento higrotérmico de um
edifício.
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O sistema mais comum para aplicação de uma fachada ventilada em cerâmica é
composto por uma perfilaria de suporte que por sua vez é fixa ao pano de parede
devidamente isolado pelo exterior. Os painéis são posteriormente acoplados aos
perfis por meio de encaixes metálicos.
Vantagens:
•
Aplicável sobre qualquer suporte existente;
•
Execução rápida;
•
Garantia de segurança na utilização;
•
Economia de energia (no Inverno menor necessidade de aquecimento e no
Verão menor necessidade de arrefecimento, devido à ventilação e efeito
pára-sol);
•
Eliminação de pontes térmicas face à continuidade do isolamento;
•
Maior inércia térmica por força da colocação exterior do isolamento;
•
Facilidade de inspecção e manutenção;
•
Rápida substituição de peças;
•
Desmontagem fácil de pequenas áreas;
•
Maior conforto ambiental no interior dos edifícios;
•
Ausência de condensações;
•
Ventilação eficaz de todos os elementos;
•
Ausência de eflorescências;
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Resumo:
Acústica
Térmica
Durabilidade
Higroscopi
a
Mecânica
(s/ tratamento)
Custo
Material
Madeira
Mau
Bom
Muito
Médio
Mau
Baixo
Pedra
Mau
Mau
Pouco
Bom
Bom
Alto
Tijolo
Médio
Médio
Muito
Médio
Médio
Médio
Betão
Médio
Mau
Médio
Bom
Bom
Médio
Terra Crua
Bom
Bom
Muito
Médio
Mau
Baixo
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Conclusão
No presente trabalho estudamos variadíssimas soluções construtivas, algumas
que
conhecíamos
e
aprofundamos
os
conhecimentos,
outras
que
desconhecíamos por completo e passamos a conhecer.
Foi bastante importante pois como arquitectos devemos ter um enorme
conhecimento sobre as variadíssimas soluções que podemos utilizar nos nossos
projectos, pois isso é que os enriquecem tanto estruturalmente como
esteticamente.
Foi um trabalho extenso, mas pensamos que foi importante retratar cada uma das
soluções, pois não estaria completo se assim não fosse.
Para alem das soluções construtivas, pensamos que também era importante falar
sobre as patologias ás quais as paredes estão expostas assim como as
solicitações de força.
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Bibliografia:
Livros:
MASCARENHAS, Jorge, Sistemas de Construção: III – Paredes (2º Parte) e
Materiais Básicos (1ºparte), 3º edição. Livros Horizonte, 2004
MASCARENHAS, Jorge, Sistemas de Construção: II – Paredes: Paredes
exteriores, 4º edição. Livros Horizonte, 2005
Sites:
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http://www.estig.ipbeja.pt/~pdnl/Subpaginas/ProcesConst_apoio_ficheiros/aulas/PC_Cap9_Paredes_web.pdf
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UFP_Materiais-e-Tecnicas-Tradicionais-de-Construcao_GUERRA-Joao
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Paredes Exteriores
Construções II
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Pag%2077-110.pdf
https://woc.uc.pt/efs/getFile.do?tipo=2&id=176
https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/150732/1/dissertacao.pdf
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