Gente

Por Aline Midlej (@alinemidlej)


 — Foto: Getty Images
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Esse 2022 prometia tanto... E como cumpriu. Começamos tirando as máscaras, vacinados e mais protegidos contra um vírus que ainda insiste em nos desafiar. Mas quero falar de coisa boa, dos variados recursos de renascimentos em série que mais um ano nos proporcionou. Celebremos, aqui estamos! Vivos e podendo sonhar de um jeito que não pareceu possível por um tempo. É sempre bom lembrar e valorizar a presença deste instante.

Voltamos a viver alguma normalidade, e mergulhamos nisso com gana. A mesma que levou uma parte do mundo e do Brasil a torcer de forma inédita para os argentinos. Desculpe se ofendo quem leia, mas insisto, porque duvido que, nem por um segundo, a emoção determinada de Lionel Messi não mexeu com seus antigos valores em relação aos hermanos.

Aliás, até pouco tempo atrás, tinha dificuldade para conseguir lembrar que haveria uma Copa do Mundo em 2022. Talvez pelo Mundial ter como anfitrião o controverso Catar ou mesmo porque havia uma imprevisível eleição presidencial antes disso. Um pleito que marcará época pela sua característica de quase plebiscito – à favor ou contra a democracia.

Desculpe, mais uma vez, se ofendo o espectro político de alguém, mas realmente não se trata de ideologia, mas de sobrevivência de uma nação como a conhecíamos minimamente. E não, não está tudo bem. Há um novo presidente que transita com naturalidade pela civilidade – e esse era um retorno urgente, fundamental – mas o horizonte não é vermelho, é desafiador.

Quando estivermos com as nossas famílias e amigos em torno da mesa abundante na noite de Natal, seja feliz, grato, mas lembre-se que pelo iFood, num simples toque na tela, você pode doar (o que puder!) para ceias que serão entregues pela Ação da Cidadania, ONG criada pelo saudoso Betinho e que há mais de 30 anos garante muitos natais sem fome. A extrema pobreza bateu recorde em 2021, concluiu recentemente o IBGE, principalmente como efeito da pandemia. Manter o esquema vacinal contra a Covid atualizado, todos ganhamos!

A Argentina ganhou a Copa, mas a nós foi ofertada a chance de viver uma emoção (talvez impensável para muitos) de ser feliz com a vitória de um rival histórico. Ainda bem que a história está sempre sendo escrita, com novas possibilidades de sentir. Muitos de nós renovamos o prazer orgulhoso de vestir a amarelinha e se permitir muita emoção ao ver uma outra seleção (aguerrida, apaixonada e determinada!) conquistar o tricampeonato mundial depois de 36 anos.

Neste último domingo de final, vibrei pela beleza humana que só o futebol de uma Copa é capaz de esculpir em corações com dores e amores tão diversos pelo planeta. E a razão está no simples fato de todos desejarmos viver isso nos campos da vida. A sensação de conquista justa a merecida, a satisfação de estar jogando em time e ver o poder da união traduzido no que pode ser a maior conquista possível. Como é bom ver o brilhantismo alheio brilhar dentro da gente. Por um domingo fui feliz porque os argentinos estavam felizes e aquela felicidade era muito digna e justa. A justiça é contagiante.

Talvez seja privilégio de poucos ter um encerramento de carreira como Messi, mas somos muitos os privilegiados pela possibilidade de escolhas diárias, mais coerentes, conscientes, verdadeiras e, portanto, melhores pra gente e pro mundo. Todo dia essa ferramenta se renova, mas a despedida do calendário traz energia fresca e leva o que não acrescenta mais (se assim ritualizarmos). Há um ambiente psicológico mais favorável nos habitando, espero que possamos aproveitar sempre mais esse oxigênio de Réveillon. Que em 2021 eu noticie na televisão muitos gols para as demandas do Brasil mas, principalmente, a partir de jogadas inspiradoras pra todos nós. Aquelas de perder o fôlego.

Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil.

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