Como saber se o cachorro está com dor de ouvido? Confira os sintomas

Mas, geralmente, os problemas de ouvido em cães são secundários a outras doenças, especialmente as de pele. “A mais comum é a alergia. O veterinário deverá identificar a causa de base e tratá-la individualmente”, diz Rita.

Os cães que apresentam alergias estão mais suscetíveis a infecções de ouvido, pois a pele fica mais sensível, facilitando a inflamação da região.

Trata-se de uma variação que afeta a orelha interna e externa, envolvendo a inflamação e infecção das estruturas do ouvido.

As otites são divididas em três grupos: interna, média e externa. As categorias dependem do local da infecção. De acordo com Juliana, as mais comuns são as médias e externas, que se encontram na parte de fora do ouvido.

“Geralmente, as otites são causadas por erro de manejo, como limpeza inadequada durante o banho. O uso de produtos que não são próprios para cães e pinças que empurram a cera para dentro do ouvido causam dores no pet”, afirma Rita.

Existem diferentes tipos otites com causas distintas. Confira:

• Fúngica: geralmente, é provocada pelo fungo Malassezia, que habita naturalmente a pele dos pets. Quando a imunidade dos cães cai, ele se prolifera exacerbadamente, suscitando otite.
• Inflamatória: provocada por alergias.
• Bacteriana: quando alguma causa base se complica ou quando há infecção bacteriana secundária.
• Ceruminosa: alguns indivíduos produzem mais cera, e o acúmulo pode levar à inflamação.

“Temos também as otites mistas, uma união de todos os fatores citados anteriormente. E existem aquelas causadas por ácaros, conhecidas como sarna otodécica, mais comum em gatos”, completa Juliana.

A especialista ainda explica que o tratamento depende da causa da otite, mas pode incluir ceruminolíticos, antibióticos, anti-inflamatórios, antifúngicos e antiparasitários.

Primeiramente, é importante reforçar que o tutor não deve nunca automedicar o cachorro, pois o problema de ouvido pode ter diversas causas, e somente o especialista realizará um diagnóstico e prescrição seguros.

Qual é o melhor remédio? “Hoje em dia, existem inúmeros medicamentos de excelente qualidade. Não existe um produto melhor, mas, sim, aquele que é mais indicado para o paciente naquele momento”, esclarece Rita.

Na hora de aplicar o remédio, o tutor deve procurar ambientes calmos e um espaço alto que dê estabilidade e conforto para o cão, como uma mesa grande. Além disso, inserir o procedimento na rotina do pet causará menos estranheza a ele.

“Uma recompensa no final torna a experiência positiva. Então, dê um petisco, brinquedo ou passeio após a aplicação, isso ajuda bastante”, diz Raquel.

Além disso, Rita alerta ser importante seguir as orientações do fabricante e do veterinário quanto à aplicação.

“Para prevenir as otites, é interessante manter os ouvidos sempre limpos; arejados; a pele do pet em equilíbrio, tratando as alergias, caso o cão as tenha; manter os ouvidos secos e pedir avaliação do veterinário de tempos em tempos”, elenca Juliana.

Na hora do banho, é importante colocar o algodão no ouvido do animal para evitar a entrada de água, mas, quando finalizar, deve-se tirá-lo por completo, pois os resíduos podem gerar dores.

Raquel avisa que, se o tutor identificar um sintoma de dor de ouvido no cão, é importante levá-loao veterinário quanto antes para fazer o exame de otoscopia. “Com esse procedimento, conseguimos observar o canal auditivo, o que auxilia no diagnóstico e tratamento das otites.”