A obesidade é uma condição comum entre cães e gatos. O excesso de gordura pode causar diversos riscos à saúde dos pets, como agravar doenças pré-existentes e gerar novas enfermidades.
“No Brasil e no mundo, estima-se que cerca de 40% da população total de cães e gatos é obesa”, afirma Flavio Silva, médico-veterinário, mestre em nutrição de cães e gatos e supervisor de capacitação técnico-científica de uma empresa pet do setor alimentício. Pensando nisso, é recomendado que os tutores controlem a quantidade de alimento oferecida de acordo com a necessidade do seu animal.
Os principais riscos dessa doença nos cães e gatos são: problemas cardíacos e circulatórios, intestinais (devido à inflamação das células), articulares e ósseos, hepáticos (como a pancreatite) e diabetes. Agora, especialmente, os gatos obesos podem ter lipidose hepática primária, que é o acúmulo de triglicerídeos no fígado e pode ser muito grave, explica Mônica Carraro, médica-veterinária da Organnact.
“Ela oferece inúmeros benefícios para os cães e gatos, porém, aumenta a probabilidade do animal ficar mais gordinho. É extremamente importante que um bicho castrado receba uma dieta específica com mais fibras, para gerar saciedade, e menos calorias, para auxiliar no controle do peso”, alerta.
Logo, é preciso que os tutores fiquem atentos aos possíveis sinais da doença. Perda do formato da cintura, região peitoral com acúmulo de gordura e costelas difíceis de serem apalpadas e visualizadas são alguns indícios gerais de obesidade nos cães e nos felinos, de acordo com Dr. Flavio.
Os cães costumam ficar ofegantes para caminhar ou correr pequenas distâncias, fator que deve ser analisado a partir do condicionamento físico, porte e raça, esclarece Dra. Mônica. Já os gatos, apresentam dificuldade para subir nos lugares mais altos e passam a ter um grande esforço para lamber diferentes partes do corpo na hora de se limpar. E essa falta de higiene pode criar alguns problemas, como o aparecimento de caspas, por exemplo.
Para prevenir a doença nos pets, as principais formas são a alimentação equilibrada e exercícios físicos regulares. “Os cães adoram rotina, e criar hábitos saudáveis com eles fará muito bem para o tutor e para o animal. Se o cachorro ficar muito sozinho em casa, o ideal é deixá-lo em uma creche para ele socializar e gastar energia com outros bichos”, diz Dra. Mônica.
Os gatos precisam de um enriquecimento alimentar para estimular seu instinto de caça, para ficar em constante movimento, possibilitando, assim, o controle do peso ideal. Brinquedos recheados e alimentação úmida são boas opções para manter o felino com a saúde em dia, explica Dra. Mônica.
“Por fim, o tutor também pode utilizar suplementos contendo cromo, por exemplo. Esse mineral participa do metabolismo da insulina e ajuda na entrada de glicose na célula. Inclusive, é utilizado para pacientes diabéticos, com supervisão do médico-veterinário”, finaliza.