Raças

Por Por Isadora Moraes


Na foto, gato sem pelo da raça sphynx, que surgiu em 1966, no Canadá — Foto: ( Flickr/ nemesisadrasteia/ CreativeCommons)
Na foto, gato sem pelo da raça sphynx, que surgiu em 1966, no Canadá — Foto: ( Flickr/ nemesisadrasteia/ CreativeCommons)

Muitos gateiros amam os felinos peludos, mas essa não é a regra! Os gatos sem pelos fazem o maior sucesso também, inclusive, várias celebridades já exibiram os seus pets “diferentões” nas redes sociais, como a cantora e tatuadora Kat Von D e a modelo e empresária Georgina Rodríguez, atual namorada do jogador de futebol Cristiano Ronaldo.

Raças de gatos sem pelos

Segundo Letícia Orlandi, consultora certificada em comportamento felino e canino, existem de duas a oito raças de gatos que são consideradas sem pelos, esse número pode variar de acordo com o registro de cada associação especializada em gatos. “Hoje em dia, podemos citar as seguintes raças: sphynx, bambino ou minskin, dwelf, russo sem pelo ou donskoy, peterbald, levkoy ucraniano e lykoi”, diz a profissional.

Cada um tem a sua particularidade, o gato bambino, por exemplo, tem patas curtas, enquanto o dwelf, possui orelhas curvadas. São cartecterísticas que os tornam felinos com uma beleza exótica e muito peculiar. Mas, de todas as raças, a sphynx é a mais popular, principalmente, no Brasil, explica Valéria Zukauskas, bióloga comportamentalista e consultora em comportamento de felinos domésticos.

Na imagem, gato da raça peterbald, de origem russa. O felino veio do cruzamento entre o gato siamês e o sphynx — Foto: ( Flickr/ Beatrix Arreba/ CreativeCommons)
Na imagem, gato da raça peterbald, de origem russa. O felino veio do cruzamento entre o gato siamês e o sphynx — Foto: ( Flickr/ Beatrix Arreba/ CreativeCommons)

Origem e curiosidades

De acordo com Valéria, muitas pessoas acreditam na lenda que os gatos “pelados” nasceram por conta da radiação de Chernobyl, acidente nuclear que aconteceu em 1986, na Ucrânia, mas isso é um mito.

O bichano sem pelo mais antigo é o sphynx, de origem canadense, que surgiu em 1966, a partir de um gene recessivo conhecido como alopécia hereditária, como afirma Valéria. Porém apenas em fevereiro de 1998 que a raça foi registrada pela Cat Fanciers' Association (CFA), conhecida como a maior associação de registro de gatos do mundo.

“Outra curiosidade é que os gatos sem pelos têm ausência de bigodes (vibrissas), o que pode comprometer sua noção de espaço e direção em um ambiente novo, por exemplo”, completa a bióloga. Além disso, se engana quem pensa que eles são totalmente sem pelo, Letícia conta que ao longo do corpo deles existe uma penugem cobrindo a maior parte da pele. A sensação de tocar em um gato como esse é parecida com a textura de um tecido suede ou camurça.

Gato da raça minskin, conhecido por suas patas curtas e pele enrugada — Foto: ( Flickr/ Just4 Pet Care/ CreativeCommons)
Gato da raça minskin, conhecido por suas patas curtas e pele enrugada — Foto: ( Flickr/ Just4 Pet Care/ CreativeCommons)

Quais são os cuidados?

Como eles não têm uma grande camada de proteção, que é a pelagem longa, é preciso tomar alguns cuidados especiais. Os pets devem ser protegidos de temperaturas extremas, com o uso de protetor solar veterinário no calor, e precisam dormir em locais mais aquecidos, indica Letícia.

E não para por aí! A higiene deve ser realizada com lenços ou panos úmidos específicos para reduzir a oleosidade da pele. Contudo, a consultora alerta que essa limpeza deve ocorrer ocasionalmente, pois, se feita com uma grande frequência, pode acabar levando a problemas de pele no animal.

“Além das doenças dermatológicas, problemas cardíacos de origem genética, enfermidades periodontais e infecções de ouvido também são mais frequentes nas raças sem pelos, especialmente a sphynx, exigindo muito cuidado com a escolha do criador e visitas ao veterinário para um check-up periódico”, conclui a profissional.

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