Olá! Seja bem-vindo ao meu diário de bordo, ou melhor, à coluna Belmiro pelo Mundo, espaço onde compartilho as histórias e experiências da minha viagem de bicicleta ao redor do planeta com meu cachorro, o Belmiro, um border collie de quase 2 anos. Depois de 6 meses na estrada e 22 países visitados, resolvi compartilhar algumas dicas importantes na hora de escolher o hotel para viajar com seu pet. Confira:
1- Use o filtro “pet friendly”
Como viajante, reconheço a importância dos sites de busca. Eles nos possibilitam acessar resenhas de outros usuários, fotos e confirmar se o local aceita ou não pets, fundamental em viagens com cães e gatos. Assim, você já consegue peneirar as opções e considerar apenas aqueles que estão preparados para receber animais e seus tutores.
2- Entre em contato com o hotel
Acontece que, como toda boa viagem, perrengues e imprevistos costumam acontecer. Por isso, esteja atento! Minha dica é sempre contatar o hotel, via e-mail ou telefone, para confirmar se o estabelecimento realmente aceita animais. Durante nossa jornada, enfrentamos algumas dificuldades no caminho.
Por exemplo, em Portugal, viajei cerca de 60 km de bicicleta, em uma área montanhosa, com a bike quebrada. Chegando lá, descobri que o hotel, marcado como pet friendly no site, não aceitava bichos. Precisei me virar para encontrar outro local de última hora.
3- Informe detalhes sobre seu animal
Além de confirmar se o hotel é, de fato, pet friendly, vale enviar as características básicas do seu animal. Alguns locais costumam ter um peso ou tamanho máximo e possuem algumas listas de raça que não são aceitas. Certificar-se que seu companheiro se encaixa no padrão estabelecido pela hospedaria pode evitar dores de cabeça!
No meu caso, o perrengue aconteceu na Hungria. Apesar de ter conversado com os funcionários sobre o Belmiro, não comentei que ele era um border collie de quase 20 kg. Chegando lá, mais uma vez, precisei encontrar outra acomodação de última hora, além de gastar mais, já que encontrar lugares vagos de última hora costuma ser mais caro.
4- Confirme o valor da taxa cobrada por pet
Falando em dinheiro, quem quer economizar, deve bater um papo com o hotel sobre as taxas relativas à diária do animal. Nos sites de busca, muitos costumam deixar um alerta sobre o possível valor extra, mas nem sempre especificam quanto sairá a brincadeira. Daí, os desavisados acabam desembolsando um valor bem maior do que o padrão cobrado.
Na minha experiência, a média varia de 3 a 5 euros, algo em torno de R$ 15 a 25 por noite. Porém já cheguei a pagar 20 euros, R$ 100, por hotéis onde o Belmiro não tinha acesso à garagem, ao bar, ao elevador e ao hall. Ou seja, claramente um ambiente que não está preparado para receber pets.
5- Prefira hotéis próximos a parques e praças
Para finalizar, minha última sugestão e talvez uma das mais importantes na hora de escolher a hospedaria é a localização do hotel. Nas minhas viagens, sempre dou preferência para locais próximos a parques, onde o Belmiro tenha espaço para brincar, socializar com outros pets e, claro, realizar suas necessidades.
Normalmente, costumo levá-lo no início da manhã, entre 6h e 7h, quando as praças estão vazias. Mas, se for longe do hotel, fica difícil. Por sorte, os próprios sites oferecem mapas, que destacam as áreas verdes, facilitando a escolha.
Assista ao vídeo e confira mais detalhes dos perrengues que passamos durante nossa expedição:
Hotel pet friendly: 5 dicas para não errar na escolha da hospedagem
Luis Fernando Prestes, ou Éleefe, é historiador, professor e sociólogo. Após ministrar classes por duas décadas em Santos (SP), decidiu se dedicar a um projeto pessoal para lá de especial: uma viagem de dois anos ao lado de Belmiro, um border collie de 2 anos. A expedição começou este ano, em Portugal, e termina só em 2024, na China.