Indiciamento de Marçal por uso de laudo falso é só primeiro passo, afirma Boulos

A PF indiciou Marçal nesta sexta-feira (8) pelo crime de uso de documento falsificados ao publicar, na antevéspera do primeiro turno, um laudo falso que associava o deputado ao consumo de drogas. O influenciador, também candidato a prefeito, terminou a eleição em terceiro lugar.

“O indiciamento de Pablo Marçal pela PF é só um primeiro passo no combate às fake news abjetas que contaminaram a disputa eleitoral deste ano na cidade de São Paulo”, afirmou Boulos em nota divulgada à imprensa.

Também nesta sexta-feira, o influenciador prestou depoimento na Superintendência da PF em São Paulo e negou envolvimento na fabricação e na publicação do documento falso, mas não se manifestou à imprensa a respeito do indiciamento.

Após a divulgação do laudo falso na noite de 4 de outubro pelas redes sociais de Marçal, a campanha do deputado federal entrou com medidas nas Justiças Eleitoral e Criminal contra o influenciador – incluindo a prisão do candidato do PRTB, que não foi concedida. As perícias das duas instituições determinaram a falsidade da assinatura do médico, que morreu em 2022, no documento.

A despeito da divulgação do documento, Boulos aceitou participar de uma sabatina com Marçal, antes do segundo turno. O laudo não foi abordado na transmissão. Nunes também foi convidado pelo influenciador, mas não aceitou o convite.

Boulos também disse esperar que a Justiça atue com "firmeza" contra o Nunes que, segundo o deputado, fez uso "criminoso" da máquina pública na campanha, e contra Tarcísio de Freitas por crime eleitoral. No dia da votação do segundo turno, o governador reiterou a jornalistas informações, ainda sem investigação, de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria orientando o voto no candidato do Psol. Após as reações às declarações, Tarcísio afirmou que apenas reproduziu informações já veiculadas por órgãos de imprensa.

A respeito da conduta de Nunes, a campanha de Boulos entrou na Justiça Eleitoral pelo menos três vezes apontando uso ilegal da estrutura da prefeitura na campanha. A defesa do prefeito rebate as acusações. Contra o governador do Estado, Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) com uma queixa-crime no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

*Estagiária sob supervisão de Fernanda Godoy