Eleições 2024
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE
Por e , Valor — São Paulo


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou neste domingo (27) que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) orientaram familiares e apoiadores a votarem em Guilherme Boulos (Psol) para prefeito em São Paulo. O governador não apresentou provas. Ele fez a declaração ao lado do seu aliado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição e adversário de Boulos na disputa pela prefeitura de São Paulo. Psol e PT dizem que fala configura crime eleitoral e acionaram a Justiça.

Momentos após a fala do governador, Boulos convocou jornalistas para para anunciar ações na Justiça Eleitoral contra Tarcísio. O PT, que ocupa a vice na chapa de Boulos, também reagiu.

“O governador de São Paulo está utilizando sua posição para inventar algo absurdo, sem prova. Não tem precedente um governador de Estado inventar uma mentira deslavada, no dia da eleição, para tentar influenciar o resultado”, afirmou o candidato do Psol.

A campanha do Psol protocolou na Justiça Eleitoral um pedido de investigação contra o governador e Nunes, o beneficiário das declarações, por abuso de poder político e divulgação de informação falsa.

Após votar no fim da manhã deste domingo, no colégio Miguel Cervantes, na zona sul, Tarcísio afirmou que o governo do Estado – que controla as polícias Militar e Civil – teria interceptado um “salve” do PCC, vindo de dentro dos presídios, com integrantes da organização orientando o voto em Guilherme Boulos em São Paulo. Nunes estava ao lado do governador quando ele fez a afirmação.

“Quando alguém faz acusação tão grave, sendo o governador do Estado, que controla a Polícia Civil, isso está sendo forjado para intervir no processo eleitoral. O governador tenta influenciar a cabeça dos eleitores com uma mentirosa criminosa e isso é crime eleitoral. Só o desespero explica isso”, afirmou Boulos na declaração feita esta tarde em sua casa, no bairro paulistano do Campo Limpo.

O candidato do Psol afirmou estar esperançoso com a virada nas urnas contra Nunes, favorito nas pesquisas para a reeleição, e lembrou de outra mentira da qual foi alvo, na véspera do primeiro turno, quando o candidato Pablo Marçal (PRTB) divulgou um laudo falso atribuindo uma internação por abuso de drogas a Boulos.

“Não se sabe o impacto direto [dessa acusação] nas eleições, vamos saber depois. Mas isso é muito grave. Uma mentira dessa, claro, não me beneficia. Poucas vezes eu vi isso na democracia brasileira, ainda mais vindo de um governador do Estado”, afirmou o deputado sobre a atitude de Tarcísio.

O PT, aliado na chapa de Boulos, também se manifestou pedindo a prisão do governador. A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que Tarcísio deixou para “espalhar na manhã da eleição a maior ‘fake news’ de toda a campanha”. “É um dos crimes mais graves a divulgação, pelo governo de São Paulo, de bilhetes apócrifos, tentando associar a campanha de Boulos e Marta [Suplicy, vice na chapa] a uma facção criminosa”, afirmou.

Gleisi disse que é uma “armação rasteira e covarde”, típica dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apoiador de Nunes. “Além do crime eleitoral, é um ataque e uma ofensa aos eleitores de Boulos e Marta”.

O PT estadual e municipal de São Paulo afirmaram que “Tarcísio deveria ser preso por crime eleitoral” e acusaram o governador de abuso de poder, ao afirmar que o PCC apoia o candidato da oposição.

“Os fatos mostram o contrário: É Ricardo Nunes quem tem relações com o PCC, tanto nas nomeações que fez quanto nas contratações da prefeitura que são objetos de investigação do Ministério Público”, afirmaram os diretórios, em nota. “Ele [Tarcísio] deveria ser preso por usar a máquina pública para cometer mais esse crime eleitoral.”

Por meio de nota, a campanha de Nunes endossou a declaração de Tarcísio e afirma que dois portais de notícia publicaram na véspera reportagens sobre o teor bilhetes da facção criminosa. “O 'pedido de inelegibilidade' beira ao ridículo e afronta a democracia. O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), respondeu a uma pergunta de jornalista sobre a reportagem publicada ontem pelo [portal] Metrópoles”, diz o comunicado.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) — Foto: Felipe Marques/Zimel Press/Agência O Globo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) — Foto: Felipe Marques/Zimel Press/Agência O Globo
Mais recente Próxima Boulos aciona Justiça Eleitoral contra Tarcísio por fala sobre PCC

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

Paralelo a isso, a Câmara pedirá também nesta sexta-feira que Dino libere o pagamento dos recursos

Todos os trabalhadores ficarão hospedados em hotéis da região de Camaçari até que sejam finalizadas as negociações para a rescisão dos contratos de trabalho

Em pronunciamento, alagoano lembrou de uma reunião que contou com a presença de representantes dos Três Poderes, quando o compromisso foi acordado

Lira diz que decisões sobre emendas respeitaram acordos entre os três poderes

Companhia diz que decisão se deve ao não alcance do valor mínimo de subscrição e à deterioração do cenário macroeconômico

Hidrovias do Brasil cancela aumento de capital de até R$ 1,5 bilhão aprovado por acionistas em outubro

Medida é gratuita e poderá ser feita pelos tutores ou ONGs

Pets terão direito a RG com cadastro nacional

Situação gerou diversas reações nas redes sociais

ChatGPT apresenta instabilidade e fica fora do ar nesta quinta-feira

Ministro esclareceu que os equipamentos devem ser obrigatórias em alguns tipos de operações que envolvam maior risco e propensão ao uso da força

STF: Barroso atende pedido do governo de SP e estabelece regras para uso de câmeras por PMs

Prefeitura da capital paulista anunciou nesta quinta-feira que a passagem passará de R$ 4,40 para R$ 5,00 a partir de 6 de janeiro

Ministro afirmou que Silveira, além de outros endereços, "passou mais de uma hora no shopping" no domingo "reforçando a inexistência de qualquer problema sério de saúde, como alegado falsamente por sua defesa"

Moraes intima defesa de Silveira a informar motivos de descumprimento de medidas