Com a promessa de transformar a maneira como as pessoas lidam com o dinheiro e realizam transações, a revolução dos ativos digitais vem ganhando força, especialmente no Brasil. Bancos e instituições financeiras estão na linha de frente dessa transformação, e o banco BV, com sua agenda de inovação, se posiciona como um dos protagonistas desse movimento.
Os ativos digitais são representações de instrumentos financeiros que operam de forma descentralizada e automatizada, explica Ricardo Sanfelice, diretor executivo de Clientes, Produtos e Inovação do banco BV. “É uma revolução no mercado, que neste momento demanda a adaptação tanto por parte dos consumidores quanto do próprio sistema financeiro”, diz. O executivo destaca que a tokenização é o processo pelo qual esses ativos são digitalmente representados, por meio de “tokens”, que são únicos, fragmentáveis e controlados por uma cadeia de valoração e de segurança.
Tathy Brait, superintendente de produtos de atacado do banco BV, enfatiza as vantagens operacionais dessa inovação. “O ‘token’ é programável, interoperável e rastreável, características que geram eficiência e confiança no sistema financeiro, além da capacidade de criar novas soluções”, comenta. Sanfelice acrescenta que esses diferenciais não só simplificam processos como também reduzem custos graças à rapidez de escalabilidade dos produtos digitais. “Com o avanço da tokenização, os bancos conseguirão transferir esses benefícios aos consumidores, seja em tarifas ou melhores taxas de juros, tornando as operações mais eficientes e baratas”, afirma.
Confira a entrevista completa pelo YouTube da Rádio CBN:
Impacto do DREX
O DREX, versão digital da moeda Real a ser lançada pelo Banco Central, é outro marco da transformação do sistema financeiro brasileiro e é considerado um ativo digital, dada a sua capacidade de programação, que transcende os limites da moeda física tradicional. “Imagine a compra e venda de um veículo em que a liquidação do pagamento só acontece se a transferência do documento do carro for efetuada e vice-versa. O ‘real digital’ trará esse impacto do contrato inteligente com garantia, abrindo uma nova dimensão de confiança para as transações”, ressalta Sanfelice.
Essa facilidade do DREX também poderá ser aplicada em diversas outras situações do cotidiano, desde a compra de ingressos à aquisição de imóveis e, do lado das empresas, até transações de comércio exterior, segundo destaca Brait. “A combinação da tokenização com o DREX abre uma gama de possibilidades para o desenvolvimento de novas soluções e coloca o Brasil na vanguarda das inovações financeiras globais, um reflexo do papel pioneiro do Banco Central e de instituições como o banco BV”, afirma.
Implementar essas inovações, no entanto, não é uma tarefa simples. Sanfelice reconhece os desafios tecnológicos e regulatórios envolvidos, mas acredita que o Brasil está avançando rapidamente. “Neste momento, estamos no final da fase de fundação do DREX, e a população deve começar a ver os efeitos reais dessa inovação no dia a dia em um prazo de um ou dois anos”, projeta.
Oportunidades à frente
O mercado de ativos digitais está em desenvolvimento acelerado. Hoje, já existem 130 projetos de moedas digitais no mundo, segundo estudo feito pelo Atlantic Council, com o Brasil sendo um dos países líderes dessa agenda.
O potencial dos ativos digitais não para por aí. Segundo uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial, 10% dos valores mobiliários do Brasil estarão no ambiente de tokenização até 2025. “É uma tendência de busca por inovação que não podemos ignorar”, reforça Brait.
Com sua estratégia de “dinheiro do futuro”, o banco BV está bem posicionado para liderar essa mudança, navegando pelos desafios regulatórios e tecnológicos com o objetivo de oferecer produtos e serviços que beneficiem a população. “O futuro do dinheiro será muito diferente do que conhecemos hoje, e essa revolução já está em curso”, finaliza Sanfelice.