Em mais um movimento de evolução do sistema financeiro nacional, o banco BV destaca-se como uma das principais instituições bancárias no desenvolvimento e na implementação do Drex, nova moeda digital que promete transformar as transações financeiras no país. Criado pelo Banco Central, que pretende lançá-lo até o fim de 2024, o Drex surge como uma plataforma para inovações em serviços financeiros e transações econômicas.
O Drex, cujo nome é derivado das palavras Digital, Real, Eletrônico e a simbologia de modernidade representada pelo "X", também ligada ao Pix, é uma moeda digital programável que transcende os limites da moeda física tradicional. Ao contrário das criptomoedas, o Drex mantém-se sob o controle e distribuição do Banco Central, garantindo segurança e confiabilidade.
A iniciativa acompanha um movimento global, com mais de 130 países já desenvolvendo suas próprias moedas digitais, dentro de um contexto que a indústria internacional tem chamado de CBDCs (Central Bank Digital Currency – ou Moeda Digital Emitida por Banco Central). De acordo com Renato Bonetti, Diretor de Riscos e Operações do banco BV, as CBDCs têm diferenciais importantes em relação à moeda fiduciária, sendo a principal a sua capacidade de programação para finalidades específicas, o que abre um leque de possibilidades e negócios para a economia.
“Um bom exemplo é o cenário de compra e venda de veículos que, hoje, ainda depende do acordo entre as partes em relação ao momento de transferência do documento e transferência do pagamento. Já utilizando o Drex será possível programar a transação financeira diante de uma condição - característica que também o difere do Pix. Ou seja, a transação só será concluída após a validação do negócio, de forma imediata e simultânea”, explica Bonetti.
BV na vanguarda
O banco BV foi escolhido para participar como um dos agentes do processo de testes e desenvolvimento no Piloto do Drex com o Banco Central. O foco é refinar cada vez mais a solução através de testes de parâmetros de programabilidade, segurança e privacidade, e esta fase piloto está prevista para ser finalizada em maio deste ano.
Bonetti afirma que o progresso tem superado as expectativas. “Já realizamos testes de transferências de títulos públicos e de valores entre bancos, tanto enviando como recebendo recursos, o que tem funcionado muito bem. A proposta das próximas fases agora é finalizar os testes de privacidade e, de fato, desenvolver testes para aplicação nos negócios”, comenta.
A maior aposta do BV é em seu principal negócio, o financiamento de veículos. “Estamos trabalhando para inserir o Drex como uma ferramenta de liquidação de empréstimos, registro de garantias e até de transferência de propriedade, simplificando processos e reduzindo custos”, revela Bonetti.
Inovação com segurança
A segurança é um dos requisitos do Drex, que está sendo desenvolvido sobre a tecnologia DLT (Distributed Ledger Technology), mesma base das criptomoedas, cuja arquitetura é altamente segura contra ataques de cibersegurança, reforçando a confiabilidade da nova moeda digital.
Embora ainda seja cedo para prever todos os desenvolvimentos futuros, o DREX também promete facilitar significativamente as transações internacionais, permitindo a conversão e a transferência de valores com agilidade, segurança e sem as tradicionais barreiras do câmbio de moedas estrangeiras.
Segundo Bonetti, o banco BV vê o Drex como parte integrante de um ecossistema mais amplo de ativos digitais que prometem não apenas transformar os serviços financeiros, mas também melhorar significativamente a experiência do usuário. “A implementação do Drex sinaliza um futuro promissor, caracterizado pela inovação, segurança e eficiência. À medida que o projeto avança, espera-se que mais aplicações e benefícios sejam descobertos, consolidando o Brasil como um importante player na digitalização econômica”, finaliza.